Presidente do Crea-RJ em entrevista ao vivo ao Jornal da Tupi: ‘A ação da fiscalização salva vidas’

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández (à direita na foto) em entrevista a Sidney Rezende, Chico Otávio e Maurício Bastos, do Jornal da Tupi

Em entrevista ao vivo ao jornalista Sidney Rezende, âncora do Jornal da Tupi, na quinta-feira, dia 12 de setembro, o presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, afirmou que tem investido na comunicação dos trabalhos de fiscalização do Conselho porque “a ação da fiscalização salva vidas”. Indagado por Sidney se a fiscalização do exercício legal das profissões do Sistema Confea/Crea é mesmo rigorosa, Fernández explicou que a primeira tarefa do Conselho, nesse aspecto, é educar os profissionais e a sociedade.

“Em primeiro lugar, a gente quer instruir os profissionais. Quer trazer à ciência a importância de uma obra ou serviço ter profissionais registrados. Por isso, a gente faz uma ação muito forte de comunicação e aí eu agradeço a Tupi pelo apoio a essa estratégia de informar os profissionais e à sociedade porque essa ação salva vidas, evita acidentes”, disse Fernández, acrescentando que, apesar de atuar educativamente, o Conselho também conta dispositivos legais para agir com todo o rigor em defesa da sociedade.

“A gente sabe da importância de termos empresas e profissionais devidamente qualificados, habilitados e registrados. Se permanecer a negligência, a imprudência, aí a gente tem os dispositivos legais, como a multa, podemos ajuizar. Se representar risco à sociedade, podemos até paralisar algum serviço ou obra, por meio das parcerias que temos com a Defesa Civil estadual e a Polícia Militar”, lembrou o presidente do Crea-RJ.

Os jornalistas da Tupi – Sidney Rezende, Chico Otávio e Maurício Bastos – manifestaram bastante curiosidade com a nova tecnologia empregada pelo Crea-RJ para a fiscalização do exercício legal da profissão, que foi lançada na Cidade do Rock, onde hoje começa o maior festival de música e entretenimento do mundo. O presidente do Crea-RJ explicou que a iniciativa é resultado da implantação de uma Equipe de Trabalho para Grandes Eventos, que desde janeiro já fiscalizou mais de cem eventos em todo o estado, incluindo o desfile das escolas de samba na Sapucaí e o show da Madonna, em Copacabana.

Fernández lembrou que no dia seguinte após vencer a eleição para presidente do Crea-RJ, em novembro passado, houve um show da americana Taylor Swift, em que morreu uma menina  devido ao intenso calor e a falta de água para o público. Na ocasião, Fernández foi indagado sobre como seria a ação da fiscalização do Crea. Aí surgiu a ideia de fiscalizar grandes eventos. Para isso, a equipe de fiscalização do Crea faz ações de inteligência e de campo, em que o objetivo principal é coibir o exercício ilegal da profissão para minimizar os riscos de acidentes para os próprios profissionais e para o público.

“Infelizmente existem, sim, muitos acidentes porque são estruturas montadas de forma transitória e exigem uma operação de acompanhamento antes, durante e depois. O nosso trabalho é garantir que essas empresas tenham responsáveis técnicos pelas obras e serviços, e estejam habilitadas para prestar aquele tipo de serviço e não uma de fundo de quintal. Para o profissional desempenhar esse serviço ele precisa preencher um documento chamado ART, que é a Anotação de Responsabilidade Técnica. Só um profissional devidamente habilitado e registrado no Conselho profissional pode fazer esse documento. É um documento de inteligência, onde levantamos todos os dados dos serviços de engenharia que estão ocorrendo formalmente no Rio de Janeiro”, explicou o presidente do Crea-RJ.

Na entrevista ao Jornal da Tupi, transmitido diariamente às 18h pela Super Rádio Tupi (FM 96,5), o presidente do Crea-RJ explicou que “historicamente a ART era apresentada em placas de obras de construção civil”.

“Só que isso não se aplica à nossa nova realidade. Muito menos num evento, que é passageiro. A placa agora é virtual. Através de um QR-Code qualquer pessoa com seu celular consegue ver todas as informações técnicas da empresa e do profissional. A Cidade do Rock tem cerca de cem QR-Codes indicando todas as ARTs dos profissionais. Estive lá e fui o primeiro a instalar a primeira placa virtual. Isso traz mais garantias que tem um serviço profissional prestado por uma empresa com responsabilidade”, assegurou Fernández.

Indagado pelo jornalista Chico Otávio sobre o que é priorizado em termos de fiscalização, o presidente do Crea-RJ explicou que a ação deve ser levada em conta antes, durante e depois. Segundo ele, no período anterior ao início do evento se foca na segurança do trabalho dos profissionais do nosso setor. 

“São várias as questões a serem observadas nesse quesito. Uma delas são os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que envolvem todos os equipamentos de segurança. Verificamos também se as empresas têm o profissional qualificado para determinado tipo de serviço, como a parte elétrica, de estruturas, de ignifugação, para prevenção contra incêndios, quando há shows pirotécnicos, tem o combate a incêndios e pânico. O Corpo de Bombeiros faz a avaliação do projeto, mas o Crea verifica se tem um profissional devidamente habilitado e responsável pelo serviço”, explicou Miguel Fernández.

Fernández lembrou ainda que o Crea-RJ terá fiscais durante todos os dias de realização do Rock in Rio. 

“São muitas as intervenções que acontecem durante um evento e é importante que a gente esteja sempre atento e acompanhando. Depois tem toda a parte da desmobilização, que também representa um risco aos profissionais, além da questão do meio ambiente. Para onde vão os resíduos gerados? O Conselho vem trabalhando fortemente nisso”, disse o presidente do Crea.

Também participou da entrevista o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), Sydney Meneses, que falou sobre o Plano Diretor do Rio e a importância de os candidatos nas eleições municipais estarem atentos às leis de ordenamento do território urbano. Sydney destacou que entre as questões mais importantes relativas à desordem urbana estão “a ocupação inadequada de calçadas e praças, a população de rua que ocupa todas as áreas da cidade e o problema da criminalidade”, o que inclui a ação nefasta das milícias. “Você tem hoje em áreas dominadas pelo crime organizado uma produção de construções sem controle e sem cumprir as leis”, observou Meneses.

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, lembrou também que firmou um inédito acordo de cooperação técnica com o CAU, que tem permitido uma parceria muito importante entre os dois conselhos para a discussão dos principais problemas urbanísticos do Rio. Um exemplo disso foi a associação inédita dos dois conselhos para a realização de um seminário sobre urbanismo que foi organizado pelo Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, no Rio, em agosto.

Presidente do Crea-RJ faz diagnóstico da crise hídrica no Sistema Imunana-Laranjal e propõe soluções

O sistema Imunana-Laranjal, da Cedae, opera com dificuldades por causa da seca; presidente do Crea-RJ adverte para risco de falta d'água. Foto: Divulgação/Cedae

O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, especialista em recursos hídricos, faz um diagnóstico da crise hídrica pela qual passa o Sistema Imunana-Laranjal, que abastece 2 milhões de pessoas que vivem na Grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e Paquetá. Ele defende que uma das soluções seria a realização de grande obra de infraestrutura, como uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul e a construção do chamado Túnel do Taquaril para ampliar a capacidade de abastecimento do Sistema Imunana-Laranjal. 

Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ ganhou assento no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, onde vai levar o debate sobre a necessidade dessa grande obra.

“O novo problema que está sendo alardeado por indisponibilidade hídrica na região do sistema Imunana-Laranjal é um velho conhecido dos profissionais do setor, já diagnosticado no plano de segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro há muitos anos”, afirmou o presidente do Crea-RJ.

“A verdade é que, em anos de escassez hídrica, esse sistema sempre operou no seu limite e estamos vivendo agora no momento um ano de escassez hídrica em virtude dos eventos climáticos extremos. Se não chover nos próximos dias, faltará água na região da grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá, Paquetá”, prevê o engenheiro Miguel Fernández.

Ele lembra que o problema é grave devido à ausência de investimentos em décadas.

“É um sistema que opera da mesma forma desde 1950, em que aproveitou obras de dragagem, do antigo DNOS, para transpor uma água para aquela região e que nunca foi ampliada sua capacidade. As intervenções que estão sendo realizadas agora são paliativas; o que é necessário ser feito é uma grande intervenção para trazer uma nova fonte de água para região”, afirma Fernández.

Segundo o presidente do Crea-RJ, para lidar com o problema “existem diversas opções como, por exemplo, a dessalinização ou transpor água de outras fontes”. Para ele, a mais barata e viável já estudada é uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul através de um túnel de aproximadamente 40 quilômetros que, além de resolver o problema de abastecimento de água da região resolveria também o problema do Polo Gaslub Itaboraí, que está sendo inaugurado agora e que também é um grande consumidor de água, o que agrava ainda mais a situação da região”.

O presidente do Crea-RJ assinala que o projeto do Túnel do Taquaril funcionaria também como fonte de energia renovável e sustentável “porque tem um desnível de cerca de 250 metros que pode também estar trazendo esse ganho efetivo para toda a região.”

Miguel Fernández destaca que a solução do Taquaril é a mais viável.

“É um projeto de Engenharia importante, que o Estado do Rio precisa, e que pode ser visto como uma espécie de novo Guandu, mas dessa vez para abastecer o outro lado da Baía de Guanabara”, afirma.

Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ  ganhou assento no Conselho estadual de recursos hídricos, “o que vai poder levar esse debate para os tomadores de decisão e instituições com capacidade de investimento para realização desse tipo de projeto.”

Conheça o grafeno: ‘material do futuro’ que já transforma a tecnologia hoje

O grafeno é uma forma de carbono que consiste em uma única camada de átomos dispostos em uma estrutura bidimensional de favo de mel. É o material mais fino já descoberto, mas também é incrivelmente forte, sendo cerca de 100 vezes mais resistente que o aço. Além disso, o grafeno é um excelente condutor de calor e eletricidade e tem propriedades ópticas únicas, o que o torna transparente. Devido a essas características, tem potencial para ser usado em uma ampla gama de aplicações, desde eletrônicos até materiais compósitos e energia.

Produzido através de várias técnicas, cada uma com características distintas, a esfoliação mecânica, que é a remoção de camadas de grafite com fita adesiva, foi o primeiro método utilizado para isolar o grafeno, mas que não é adequado para produção em massa. A deposição química de vapor (CVD) é um processo no qual um ou mais precursores gasosos são introduzidos em uma câmara de reação, onde ocorrem reações químicas na superfície do substrato aquecido, resultando na deposição de um material sólido. Esse é considerado promissor para a fabricação em larga escala de grafeno de alta qualidade.

Outro método é a intercalação, que separa as camadas de grafite ao inserir moléculas ou íons entre elas. Por fim, a esfoliação química usa ácidos e oxidantes para esfoliar o grafite em camadas mais finas. Cada um desses métodos enfrenta desafios relacionados à qualidade do grafeno, eficiência do processo e escalabilidade para produção industrial.

Aplicações do grafeno

O grafeno é um material versátil com ampla possibilidade de aplicações potenciais. Na eletrônica, é utilizado em dispositivos como telas sensíveis ao toque e componentes eletrônicos flexíveis, aproveitando sua alta condutividade elétrica e transparência. No campo da energia, pode melhorar a eficiência de células solares e baterias e é usado em supercapacitores para armazenamento de energia rápido. Como aditivo em materiais compósitos, aumenta a resistência e a condutividade térmica e elétrica, ao mesmo tempo que reduz o peso dos materiais. 

Na biomedicina, sua biocompatibilidade está sendo explorada para uso em dispositivos médicos e sensores. Além disso, é utilizado em membranas de filtragem para a purificação de água e outras aplicações de separação. O grafeno traz diversas vantagens para a indústria eletrônica: sua alta condutividade elétrica, que permite a criação de dispositivos mais eficientes e com maior velocidade de processamento; sua flexibilidade abre caminho para eletrônicos dobráveis e dispositivos vestíveis; sua transparência quase total o torna ideal para telas sensíveis ao toque e displays; por ser extremamente leve e resistente, pode levar à produção de dispositivos eletrônicos mais leves e duráveis; sua capacidade de dissipar calor eficientemente pode melhorar a vida útil e o desempenho dos eletrônicos.

Grafeno e nanotubos de carbono

Os nanotubos de carbono são estruturas cilíndricas formadas por átomos de carbono dispostos em uma rede hexagonal, semelhante à estrutura do grafeno. Eles podem ser classificados como de parede única (SWNTs) ou de parede múltipla (MWNTs), dependendo do número de camadas de grafeno enroladas para formar o tubo. Os nanotubos são conhecidos por suas propriedades de alta resistência à tração, condutividade elétrica e térmica e têm potencial para uso em diversas aplicações, incluindo eletrônicos, materiais compósitos e tecnologias emergentes.

Embora possuam semelhanças, as estruturas distintas do grafeno e dos nanotubos de carbono conferem a cada um propriedades únicas. O grafeno é uma única camada de átomos de carbono arranjados em uma estrutura hexagonal bidimensional. Já os nanotubos de carbono são formados por folhas de grafeno enroladas em forma de cilindros ocos, que podem ser de parede única ou múltipla. Eles possuem propriedades mecânicas impressionantes e uma resistência à tração muito alta, com condutividade elétrica que varia conforme a estrutura do nanotubo, podendo ser metálica ou semicondutora. Essas diferenças estruturais resultam em uma variedade de aplicações potenciais para cada material no campo da tecnologia e dos materiais compósitos.

O Crea-RJ é o Conselho Profissional que regulamenta o exercício tecnicamente habilitado dos profissionais da área tecnológica e entende que são as competências dos profissionais que o compõem as ferramentas para o avanço e o desenvolvimento. Técnica, ciência e pesquisa formam o tripé que mantêm a sociedade ativa, rumo ao futuro.

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Confira a gravação da palestra técnica “Os desafios e avanços da meteorologia na agricultura”

 

O setor agrícola é extremamente vulnerável às alterações climáticas, já que depende das condições ambientais favoráveis para garantir uma produção de excelência. Desta forma, a aplicação de conhecimentos e tecnologias meteorológicas podem minimizar os impactos negativos causados pelas mudanças climáticas.

Diante disso, por meio de uma palestra técnica, foram abordados os desafios provindos das mudanças climáticas no setor agrícola brasileiro. Quem ministra a palestra técnica "Os desafios e avanços da meteorologia na agricultura" é o meteorologista Luiz Felipe Rodrigues do Carmo,

A mediação é do coordenador adjunto da Câmara Especializada de Agronomia, meteorologista Anselmo Pontes.

Confira a gravação na íntegra

Crea-RJ comemora o Dia do Estudante na sede do Conselho

 

Com o objetivo de comemorar o Dia do Estudante, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, por meio de sua Comissão de Educação e do Crea Júnior RJ, realiza evento, na sede do Conselho, no Centro do Rio.

Na mesa de abertura, a coordenadora da Comissão de Educação do Crea-RJ, engenheira de produção e de segurança do trabalho Gisele Saleiro; a coordenadora adjunta da Comissão de Educação, engenheira agrônoma Débora Candeias; e o assessor do Gabinete da Presidência do Crea-RJ e coordenador estadual do Crea Júnior RJ, Eduardo Santos.

“A Comissão de Educação vem realizando, ao longo de 2024, um trabalho de aproximação entre a Academia e o Conselho. Nós estamos buscando, através de reuniões e eventos, trazer temas de relevância não só para os docentes quanto para os estudantes das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências”, afirma Gisele Saleiro.

Gestão do Estudante

O coordenador do Crea Júnior RJ continua: “além de tentar se aproximar das universidades e instituições de ensino, esta nova gestão vem, também, tentando fazer a gestão do estudante desde o seu início até a sua formatura. A partir de agora, a gente cria um ambiente estudantil dentro do nosso Sistema e também a gente vem usando esse nosso novo slogan, que é “orgulho de pertencer e a responsabilidade de construir o futuro". Então, os estudantes devem estar prontos para construir o futuro desse país.”

Para Débora Candeias, “a comemoração do Dia do Estudante é muito importante para que os estudantes comecem a se integrar ao Conselho do qual eles irão fazer parte na vida profissional. Saber quais são os seus direitos, quais são os seus deveres, as suas funções e, principalmente, a sua responsabilidade com a sociedade”.

Na ocasião, foram ministradas palestras sobre ética profissional e gestão energética. 

Ética Profissional

“Do ponto de vista da Comissão de Ética Profissional, estar presente na comemoração do Dia do Estudante é fundamental. Nós precisamos que os alunos, os futuros profissionais, saiam das universidades, das faculdades, cientes de que eles têm um código a seguir. Na colação de grau, nós fazemos um juramento e ali naquele juramento nós dizemos que iremos ter uma conduta ética diante da sociedade e é isso que eu quero trazer para os alunos”, ressalta o coordenador da Comissão de Ética do Crea-RJ, engenheiro sanitarista e ambiental Davidson Ferreira.  

Gestão energética

“Nós estamos aqui no estado que tem as duas únicas usinas nucleares do país e a terceira em fase de construção. A UFRJ, que é a Universidade Federal do Rio de Janeiro, é a única no país que tem um curso de Engenharia Nuclear. É possível que este seja um mercado em expansão nos próximos anos, em que haja interesse e com certeza existe necessidade de mão de obra especializada, porque não é só a CNEN - Comissão Nacional de Engenharia Nuclear que precisa desse engenheiro. Existem outras empresas que também precisam e a gente tem projetos interessantes, importantes no setor, como, por exemplo, o submarino nuclear”, avaliou o conselheiro do Crea-RJ, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Neilson Marino Ceia.

O conselheiro do Crea-RJ, engenheiro eletricista Hugo Karam, pondera: “nós queremos fazer uma reflexão e apresentar um desafio a respeito da capacitação técnica nesses momentos de transição energética e também na área de obras que estão paralisadas para que nós possamos juntos trazer uma solução mais de Engenharia possível e de sustentabilidade”, disse 

Fala, estudante!

“Eu me sinto muito honrado por ter participado desse evento, por ter sido lembrado pelo Crea-RJ no evento o qual eles fizeram para parabenizar os estudantes. E eu queria muito que acontecesse mais vezes para que nós sejamos orientados com palestras e seminários sobre qual caminho devemos seguir”, avalia o estudante de Engenharia Mecânica da Unesa, Lucas Esteves.

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Agenda 2030 da ONU e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

A Agenda 2030 da ONU é um plano de ação global que reúne 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas com foco na erradicação da pobreza e na promoção de uma vida digna a todos. Tudo isso sem comprometer a qualidade de vida das próximas gerações.

Os 17 ODS são:

  1. Erradicação da Pobreza
  2. Fome Zero e Agricultura Sustentável
  3. Saúde e Bem Estar
  4. Educação de Qualidade
  5. Igualdade de Gênero
  6. Água Potável e Saneamento
  7. Energia Acessível e Limpa
  8. Trabalho Decente e Crescimento Econômico
  9. Indústria, Inovação e Infraestrutura
  10. Redução das Desigualdades
  11. Cidades e Comunidades Sustentáveis
  12. Consumo e Produção Responsáveis
  13.  Ação contra a Mudança Global do Clima
  14.  Vida na Água
  15. Vida Terrestre
  16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes
  17. Parcerias e Meios de Implementação

O embrião da ideia de transformação planetária nasceu na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ficou conhecida como Rio 92. O evento reuniu mais de 100 chefes de Estado na cidade do Rio de Janeiro, em 1992, para discutir como garantir às gerações futuras o direito ao desenvolvimento. 

Vinte anos depois, 193 delegações voltaram à cidade do Rio de Janeiro para renovar o compromisso global com o desenvolvimento sustentável. Assim, foram lançadas as bases para a Agenda 2030.

O documento “Transformando Nosso Mundo”, adotado na Assembleia Geral da ONU, em 2015, foi criado coletivamente em busca de se encontrar um caminho mais sustentável e resiliente até 2030. Sigamos nesta jornada coletiva.

Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável. Nos próximos anos de implementação da Agenda 2030, os ODS e suas metas irão estimular e apoiar ações em áreas de importância crucial para a humanidade: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias.

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Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resultantes da Rio+20, a Agenda 2030 e os ODS inauguram uma nova fase para o desenvolvimento dos países, que busca integrar por completo todos os componentes do desenvolvimento sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que queremos.

O Crea-RJ, por meio dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências, segue comprometido com a prática profissional exercida de forma ética para que sejam alcançados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Em homenagem aos 90 anos do Crea-RJ, na Alerj, presidente destaca protagonismo das engenharias no Rio

Mesa da sessão solene dos 90 anos do Crea-RJ

Cinco minutos após iniciar a sessão solene em homenagem aos 90 anos do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), no plenário do Palácio Tiradentes, a sede histórica da Alerj, nesta segunda-feira, dia 5 de agosto, o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha pediu desculpas por quebrar o protocolo para anunciar mais uma medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. “Rebeca Andrade acabou de faturar o ouro”, disse Luiz Paulo, que também é engenheiro. O plenário lotado explodiu em gritos de alegria, como se o aniversário do Crea-RJ fosse presenteado com a conquista da ginasta brasileira.

Na sessão solene, da qual participaram presidentes de Crea e representantes de diversas entidades da Engenharia, foram lançados o selo e carimbo comemorativos dos Correios com a logomarca dos 90 anos do Crea-RJ, que apresenta ícones da Engenharia no Rio, como a Ponte Rio-Niterói, o bondinho do Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. 

O presidente do Crea-RJ e os convidados para a obliteração do selo comemorativo, lançado pelos Correios

Acompanhado do coordenador de operações dos Correios, José Oliveira dos Santos, o presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, entregou uma folha do selo a cinco pessoas, representando os ex-presidentes do Crea-RJ (Arciley Alves Pinheiro), os inspetores do Crea (o engenheiro Elcio da Silva Lyrio), os conselheiros (José Schipper), os funcionários do Crea (a advogada Ana Maria Sanches) e a Mútua-RJ (Jamerson Freitas). Eles participaram da obliteração de lançamento do selo.

O presidente do Crea-RJ homenageou também, com placas comemorativas, os engenheiros civis César Drucker, de 92 anos, e Paulo José Poggi da Silva Pereira, de 91 anos, representando as entidades de classe dos profissionais do Sistema Confea/Crea/Mútua, no Rio de Janeiro. Drucker é do Clube de Engenharia e Poggi, da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj).

“Temos orgulho de ser mais velhos do que o Crea e ainda estarmos atuando em nossas entidades em meio às mudanças demográficas que acontecem no mundo”, afirmou Drucker.

O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, o mais jovem eleito para o Conselho, destacou o protagonismo das engenharias no Rio de Janeiro para o desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio e do país. Em apresentação bem ilustrada, ele lembrou que a cidade do Rio de Janeiro é o berço da Engenharia, com a Escola Politécnica da UFRJ (1792) e o Clube de Engenharia (1880), e sede de grandes empresas como a Petrobras, cuja presidente atual, Magda Chambriard, é engenheira e registrada no Crea. O diretor da Petrobras, Paulo Gustavo Luz, participou da solenidade, representando a empresa.

“Em 90 anos, os profissionais do Crea-RJ participaram da construção de grandes obras que alteraram a paisagem urbana do Rio, como a Floresta da Tijuca, o Edifício A Noite, o Sistema Guandu, o Maracanã, a Ponte Rio-Niterói, o interceptor oceânico, o Sambódromo, o Porto do Açu e as usinas nucleares”, afirmou o presidente do Crea-RJ, engenheiro civil Miguel Fernández, em seu discurso na sessão solene. Ele agradeceu a presença de todos, sobretudo a de seu pai, o engenheiro Miguel Fernández, que o inspirou a se tornar engenheiro.

Ao agradecer a participação da Banda da Polícia Militar na sessão, Fernández lembrou que uma das músicas executadas foi “Cidade Maravilhosa”, marchinha de autoria de André Filho, composta em 1934, mesmo ano da fundação do Crea-RJ.

A sessão solene foi presidida pelo deputado Luiz Paulo, que idealizou a homenagem. Fizeram parte da mesa as seguintes autoridades: o presidente do Confea, Vinicius Marchese; a deputada Elika Takimoto, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj; o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández; o deputado Samuel Malafaia; a conselheira federal Carmem Petraglia; e o professor Walter Suemitsu, decano do Centro de Tecnologia da UFRJ.

A conselheira federal Carmem Petraglia lembrou que o Crea-RJ sempre foi inovador, na indução de melhorias do Sistema Confea/Crea/Mútua.

“As mulheres são mão-de-obra importante nas engenharias e hoje representam 20% dos cerca de 1 milhão e 400 mil profissionais registrados”, destacou.

O plenário do Palácio Tiradentes, no Centro do Rio, foi tomado por líderes de entidades de classe, como o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), Sydnei Meneses, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), Walter Palis; o presidente licenciado do Conselho Regional de Técnicos do Rio, Gilberto Palmares; autoridades, como o vice-prefeito do Rio, Nilton Caldeira, e o subsecretário de Agricultura do Estado do Rio, Felipe Brasil; e ex-presidentes do Crea-RJ, como Reynaldo Barros; diretores da Mútua-RJ; e integrantes da diretoria do Crea-RJ, como o vice-presidente Alberto Balassiano e as diretoras Catarina Luíza de Araújo e Denise Baptista Alves. 

Também participaram da solenidade, entre outros, o vice-presidente do Crea de São Paulo, Luis Chorilli Neto; o presidente do Clube de Engenharia, Márcio Girão; a presidente da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj), Maria isabel de Vasconcelos Porto Tostes; a presidente da Associação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas (Abea), Iara Nagle, conselheira do Crea-RJ; o presidente da Associação de Engenheiros Ferroviários (Aenfer), Marcelo Freire da Costa; o presidente da concessionária Rio + Saneamento, Leonardo Righetto; a vice-diretora do Cefet, Gisele Maria Ribeiro Vieira; e o presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração do Estado do Rio, Leonardo Salles.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e presidentes de Creas manifestaram felicitações à atual gestão do Crea-RJ pelas comemorações dos 90 anos.

Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Vinicius Marchese:

“Como instituição, chegar aos 90 anos, uma entidade jovem, e poder comemorar isso num momento de mudanças, em que o Miguel está trazendo o Crea para um nova relação com os profissionais, tem uma importância significativa para os profissionais que veem o Sistema Confea/Crea/Mútua como ferramentas presentes no dia a dia deles, que possam ser usadas para que o profissional desempenhe melhor sua função. O Crea chega aos 90 anos num momento bastante interessante, em que as atenções estão voltadas para a engenharia, para projetos de infraestrutura e políticas públicas que vão depender das engenharias. Desejamos que o Crea, durante o mandato do Miguel, que é um amigo de longa data, possa entregar muito para a sociedade e para os profissionais”.

Presidente do Crea do Distrito Federal, Adriana Resende Avelar de Oliveira:

“Quero agradecer a Deus por estar aqui presente neste momento histórico. A importância do Crea é muito grande não só para os profissionais do sistema como a segurança que é prestada à sociedade, que são um legado. Quero parabenizar o presidente Miguel e desejar que ele faça um excelente trabalho em sua gestão”

Presidente do Crea do Espírito Santo, Jorge Luiz e Silva:

“O Crea do Rio sempre foi a base do desenvolvimento sustentável do estado e dos municípios, da Região Sudeste e do país. Nós do Crea do Espírito Santo estamos com 64 anos e fazemos parte dessa história porque no passado nós éramos uma delegacia do Rio de Janeiro. Sempre em sintonia com o Crea-RJ. Queremos parabenizar os profissionais, empresas, todos os conselheiros, inspetores, todos os funcionários e o presidente do Crea-RJ, que tem feito um excelente trabalho”

Presidente do Crea de Goiás, Lamartine Moreira Júnior:

“Primeiro quero parabenizar o presidente Miguel pela belíssima fala no plenário, mostrando realmente a importância do Crea-RJ, desde seu nascimento até os dias atuais. O Crea-RJ, fazendo 90 anos, mostra sua potência e que está presente, fortalecendo não só os profissionais como a segurança da sociedade”

Presidente do Crea de Minas Gerais, Marcos Gervásio:

“Vários Crea estão completando 90 anos em 2024, inclusive o nosso, de Minas Gerais. Mas o Crea Rio tem uma singularidade. O Rio de Janeiro foi capital federal. Grandes obras da engenharia estão aqui no Rio de Janeiro, uma cidade emblemática, conhecida mundialmente. E o Crea Rio tem grande atuação. O presidente Miguel fez uma apresentação muito boa, apresentando a história e a influência do Crea-RJ no país”

Presidente do Crea de Santa Catarina, Carlos Alberto Kita Xavier:

“Estamos aqui no Crea-RJ celebrando este Crea pujante. Queremos celebrar a engenharia, a agronomia e as geociências que transformam a vida das pessoas. Estamos investindo muito na inovação, na tecnologia. A engenharia está à frente deste processo para que a gente possa transformar a vida da sociedade, trazer coisas boas e fazer a diferença. Quero parabenizar o Crea Rio pelos seus 90 anos porque onde tem a marca do Crea tem a marca da responsabilidade.”

Theatro Municipal do Rio de Janeiro celebra 115 anos

Um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro, o Theatro Municipal, inaugurado em 14 de julho de 1909, é considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Sua história mistura-se com a trajetória da cultura do País. Ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da dança, da música e da ópera.

A ideia de um teatro nacional com uma companhia artística estatal já existia desde meados do século XIX e teve em João Caetano (1808-1863), entusiasta do teatro brasileiro, além empresário e ator de grande mérito, um de seus mais contundentes apoiadores. O projeto, no entanto, só começou a ganhar consistência no final daquele século, com o empenho do ilustre dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908). 

Reforma Urbano do Rio de Janeiro

O Prefeito Pereira Passos – cuja reforma urbana iniciada em 1902 mudou radicalmente o aspecto do Centro do Rio de Janeiro – retomou a ideia e, em 15 de outubro de 1903, abriu uma concorrência pública para a escolha do projeto arquitetônico. Encerrado o prazo de inscrições, em março de 1904, foram recebidas sete propostas. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: o projeto denominado Áquila, em que o autor “secreto” seria o engenheiro Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito, e o projeto Isadora, do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.

O resultado do concurso causou uma forte polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto Áquila, suspeito de ter sido elaborado pela seção de arquitetura da Prefeitura, e do suposto favoritismo de Oliveira Passos. O projeto final foi o resultado da fusão dos dois premiados, uma vez que ambos correspondiam a uma mesma tipologia, inspirada na Ópera de Paris.

Após as alterações, o prédio começou a ser erguido em 2 de janeiro de 1905, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais está assentado. Em 20 de maio daquele ano foi disposta a pedra fundamental.

 

Um edifício obra de arte

Para participar da decoração, foram convocados alguns dos mais ilustres e consagrados artistas da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para a criação dos vitrais e mosaicos. As obras começaram em ritmo acelerado, com 280 operários revezando-se em dois turnos. Em pouco mais de um ano, já era possível visualizar a suntuosidade aliada à elegância e beleza da construção do futuro teatro.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores, foi inaugurado pelo Presidente Nilo Peçanha e pelo Prefeito Sousa Aguiar no dia 14 de julho de 1909, quatro anos e meio após o início das obras.

No início, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebia, principalmente, companhias de ópera e dança vindas em sua maioria da Itália e da França. A partir da década de 30, passa a contar com seus próprios corpos artísticos: Orquestra Sinfônica, Coro e Ballet, que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais.

Reformas e restaurações

Desde sua inauguração, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro teve quatro grandes reformas: 1934, 1975, 1996 e 2008. A primeira delas aumentou a capacidade da sala para 2.205 lugares e, apesar da complexidade da obra, foi realizada em três meses – atualmente, o Theatro conta com 2.252 lugares. Em 1975, foram realizadas obras de restauração e modernização e, no mesmo ano, foi criada a Central Técnica de Produção. 

Em 1996, iniciou-se a construção do edifício Anexo com salas de ensaios para o Coro, Orquestra Sinfônica e Ballet. A reforma iniciada em 2008 e concluída em 2010 concentrou-se na restauração e modernização das instalações.

Hoje, o Crea-RJ parabeniza o Theatro Municipal do Rio de Janeiro por seus 115 anos a esse templo que se mantém como uma das principais casas de espetáculo do país, prestando continuamente serviços da mais alta qualidade e importância para a cultura nacional.

Fonte: theatromunicipal.rj.gov.br

Dia do(a) Engenheiro(a) de Aquicultura

A Engenharia de Aquicultura é um ramo da Engenharia que desempenha atividades referentes ao cultivo de organismos aquáticos, principalmente peixes, crustáceos, moluscos, algas e outros recursos naturais aquáticos com objetivo de produção de alimentos e utilização da riqueza biológica dos mares, ambientes estuarinos, lagos e cursos d’água, visando à mitigação de impactos ambientais e preservação dos estoques pesqueiros, assim como da própria fauna aquática. 

O engenheiro de aquicultura desempenha um papel econômico e social de extrema importância para a produção de alimentos de alta qualidade nutricional, além de fomentar a indústria gerando emprego, renda e potencial promoção de equiparação social em atividades de baixo impacto ambiental.  Com o aumento da demanda por proteína animal no Brasil, especificamente pescado que excede 14,50 quilos por pessoa, aumentar a produção de alimentos respeitando os limites de sustentabilidade se tornou um dos maiores desafios da aquicultura, pois demanda profissionais que possuam conhecimento tecnológico e biológico específico para proporcionar um melhor desempenho produtivo nas atividades de produção de organismos aquáticos. 

O curso de Engenharia de Aquicultura foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução Nº 218, publicada em 29 de junho de 1973 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). 

Em 14 de julho, comemora-se o Dia do(a) Engenheiro(a0 de Aquicultura. 

Graduação

O curso de Engenharia de Aquicultura, confere o título de bacharelado e possui duração média de quatro a cinco anos. Trata-se de uma jornada que prepara os estudantes para se tornarem especialistas na criação, produção e conservação de organismos aquáticos, com disciplinas como botânica aquática, zoologia dos invertebrados aquáticos e citologia, em especial como masterizar matérias básicas como matemática, física e química. Os alunos também têm a oportunidade de realizar estágios em empresas do setor, onde podem aplicar seus conhecimentos em situações reais, desenvolvendo habilidades práticas e adquirindo uma visão aprofundada das operações diárias da indústria de Engenharia de Pesca. 

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia de Aquicultura, assim como o mestrado e doutorado, oferece diversas oportunidades para que o profissional possa se desenvolver profissionalmente, colocando em prática habilidades e competências que serão usadas futuramente, além de aprofundar sua compreensão dos princípios fundamentais da indústria, como maricultura, hidrologia e manejo de bacias hidrográficas, ciência do solo e ecologia assim como bioquímica, histologia, produção de alimento vivo, qualidade de água e tecnologia do pescado. 

O Brasil é um dos principais produtores globais de peixes em cativeiro, sendo as regiões costeiras, especialmente o Nordeste e o Sul, as mais ativas na busca por profissionais desse setor. Esses especialistas têm oportunidades de trabalho em universidades, institutos de pesquisa científica, empresas especializadas em aquicultura e melhoramento genético, órgãos públicos, além de construtoras envolvidas em projetos de conservação e impacto ambiental.

A Engenharia de Aquicultura possui uma gama de especializações que podem ser focadas em diferentes aspectos da indústria de pesca, podendo esse profissional se especializar nas seguintes áreas:

  • Biotecnologia: área focada nos estudos relacionados à Engenharia genética, produção de organismos aquáticos em sistema multitrófico, avaliação de compostos antioxidantes na aquicultura, processamento e bioprodutos extraídos de organismos aquáticos. 
  • Gestão em Aquicultura: focada nas áreas de aquicultura e pesca, com ênfase no planejamento e implementação de práticas sustentáveis para minimizar os impactos ambientais da indústria e promover a conservação desses ecossistemas. Essa especialização inclui temas como biotecnologia na reprodução e manejo de gametas, gestão de pessoas e processos, licenciamento ambiental e monitoramento ambiental (municipal, estadual e federal). 
  • Nutrição e Alimentação Aquática: estuda os requisitos nutricionais de organismos aquáticos, assim como o desenvolvimento de dietas eficientes para otimizar o crescimento e a saúde dos animais. 
  • Engenharia de Sistemas Aquáticos: foca no design, construção e gestão de sistemas aquáticos para a produção de peixes, crustáceos e plantas aquáticas, incluindo tanques de cultivo, sistemas de recirculação de água e infraestrutura para controle ambiental.