Presidente do Crea-RJ defende parceria com a Aneel para evitar apagões na rede elétrica do Rio

Sidney Rezende entrevista o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, ao vivo

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, está convencido de que é possível prevenir no Rio de Janeiro um apagão como o que aconteceu em São Paulo e durou mais de sete dias. Em entrevista a Sidney Rezende, do Jornal da Tupi, na Super Rádio Tupi (FM 96,5), na tarde desta quarta-feira, dia 16, Fernández afirmou que pretende criar uma plataforma para monitorar todas as operações de manutenção do sistema de fornecimento elétrico, por meio de um acordo de cooperação técnica com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“É fundamental termos um inventário, um acompanhamento do que está acontecendo, qual foi o ano de implantação de determinado equipamento, qual o serviço de manutenção que vem sendo feito periodicamente, qual o melhor período de troca de equipamentos. Informações como essas ajudam o tomador de decisão e para o próprio controle da manutenção. Essa tem sido nossa proposta junto à Aneel”, informou Miguel Fernández, observando que o acordo ainda não foi efetivado pelo fato de o Crea ser regional e a Aneel ser nacional. 

Apesar disso, o presidente do Crea-RJ informou que a fiscalização do órgão já está acionando todas as fornecedoras de energia elétrica do estado do Rio.

Indagado pelo jornalista e apresentador Sidney Rezende se o apagão ocorrido em São Paulo pode se repetir no Rio de Janeiro, o presidente do Crea-RJ reconheceu que há essa possibilidade.

“A Enel – concessionária de energia de São Paulo – é responsável pela concessão no fornecimento de energia elétrica de praticamente dois terços dos municípios do Rio de Janeiro. Então, a gente fala de um problema que infelizmente está atrelado a uma questão de condição climática extrema, mas a Engenharia existe exatamente para mitigar e evitar essas consequências”, explicou Fernández.

Participaram do programa o jornalista Maurício Bastos e o comediante Marcelo Madureira, que é formado em Engenharia de Produção pela UFRJ, em 1983.

Para prevenir a incidência de apagões no estado do Rio, Miguel Fernández reforçou a importância de ser feito diariamente um monitoramento da manutenção do sistema elétrico.

“É necessário ter um inventário. Nossa ideia é criar essa plataforma, onde a gente possa ter um inventário, onde cada serviço de manutenção seja apontado ali, georreferenciado, com a Anotação de Responsabilidade Técnica, quem é o profissional, para que a gente possa acompanhar o que está acontecendo e a fiscalização seja feita de forma mais inteligente “, explicou Fernández.

Em visita aos estúdios da Super Rádio Tupi, o presidente do Crea-RJ destacou a importância da manutenção dos serviços de fornecimento de energia elétrica, pois “a falta de energia em grandes regiões dificilmente se dá por queda de árvore, mas, sim, por problemas que têm a ver com a Engenharia de Manutenção”.

“A primeira coisa que a gente tem que entender é que um sistema elétrico precisa tanto de manutenção preventiva quanto de obras que garantam redundância também para o fornecimento de energia. Então, é esse controle de acompanhamento se a manutenção preventiva está sendo realizada de forma adequada, por empresas que são devidamente registradas e habilitadas, por profissionais com essa devida competência”, afirmou Miguel Fernández, lembrando que no Rio já foram registrados problemas com a Light, que resultaram na falta de energia na Ilha do Governador, bairro da Zona Norte da cidade. 

Fernández acrescentou que o monitoramento da manutenção permite mitigar os problemas:

“Existe um desafio muito grande para Engenharia, que muitas vezes não é debatido de forma adequada, sobre a vida útil de um material, de um equipamento, de uma obra até. A gente considera que aquilo é eterno e muitas vezes não entende que aquilo tem um tempo de durabilidade. Equipamentos eletroeletrônicos têm uma vida útil mais curta. Não só pela questão da atualização, mas pelo próprio desgaste natural. Então, você tem um momento em que fazer manutenção inclusive não adianta mais. Tem que comprar um equipamento novo. Esse debate é muito complexo e muitas vezes não está na equação das concessões”, observa o engenheiro Miguel Fernández.

O comediante Marcelo Madureira, que participa como comentarista do Jornal da Tupi, perguntou ao presidente do Crea-RJ sobre a questão das redes de transmissão de energia subterrâneas que alcançam apenas 11% da cidade do Rio de Janeiro.

O engenheiro Miguel Fernández explicou que “a rede subterrânea é indiscutivelmente melhor”, mas destacou que problemas de falta de energia em grandes cidades dificilmente ocorre por queda de árvores, mas, sim, por problemas de Engenharia de Manutenção.

Crea-RJ leva Praia de Copacabana ao maior evento da Engenharia em Salvador

Maior evento nacional de valorização dos profissionais do Sistema Confea/CREA, a Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (SOEA) é também uma espécie de feira multicultural que apresenta a diversidade regional do país. Realizada este ano em Salvador, a SOEA exibe um pouquinho de Brasil, iá, iá, deste Brasil que canta e é feliz, como diria o baiano João Gilberto.

Entre os estandes que se destacaram este ano estão o do Crea-RJ, que levou um pedaço da Praia de Copacabana, com mate e tudo; o de São Paulo, que instalou um espelho cheio de pompa para o profissional se valorizar ainda mais; o do Crea do Amazonas, que trouxe artesanatos indígenas e peixes regionais empalhados; o do Crea do Espírito Santo, que vai ser o anfitrião da próxima SOEA; e da Bahia, anfitrião deste ano, que mostrou bem o que a baiana tem, na figura de Marinalva Ribeiro, uma exuberante baiana e seus balangandãs.

Engenheiras posam para selfie no estande do Crea-RJ

No estande do Crea-RJ, a atração foi o ambiente instagramável que reproduziu a princesinha do mar, Copacabana, uma das praias mais famosas do mundo, e seu emblemático calçadão, com direito a vendedor de mate e limonada em galões e biscoito Globo fresquinho por causa da embalagem Premium.

“Olha o mate!”, gritava o vendedor de uma das mais tradicionais bebidas das praias do Rio de Janeiro.

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), engenheiro civil Miguel Fernández, exibia naturalmente a alegria e a hospitalidade dos cariocas, no estande:

“Esse evento é plural, do Brasil todo. cada estande está representando um estado e o Distrito Federal, da nossa grande nação, que é uma nação com diversos brasis representados aqui com a lógica de cada um, de sua Engenharia. O Estado do Rio de Janeiro traz a nossa querida praia de Copacabana, um dos grandes marcos do Brasil para o mundo. É uma praia interessante, pois é resultado de uma grande obra de Engenharia de engorda de praias para passar o interceptor oceânico”, afirmou o presidente do Crea-RJ, acrescentando que “o segundo marco do nosso estande é a Ponte Rio-Niterói, linda, maravilhosa, um ícone da Engenharia do nosso estado do Rio de Janeiro, um momento onde se uniram os estados da Guanabara e o estado do Rio de Janeiro. A ponte tem esse simbolismo, comemora 50 anos em 2024. Sejam bem-vindos à SOEA e aproveitem bastante as discussões, o networking”.

O coordenador da Assessoria de Marketing e Comunicação do Crea-RJ, Felipe Fox, explicou como foi a concepção do estande:

“Num primeiro momento pensamos em apresentar a Comunicação do CREA RJ aos profissionais e aos outros Creas que compõem o Sistema de todo o Brasil. No planejamento fizemos a curadoria meticulosa de nossos conteúdos em vídeo desenvolvidos em nossa WebTV Crea-RJ, onde tivemos a preocupação de selecionar conteúdos que agregassem valor às classes profissionais”, disse Fox, acrescentando como surgiu a ideia de levar Copacabana para Salvador.

“Ao percebermos que ainda não tínhamos pensado no que poderíamos apresentar sobre o Rio de Janeiro, foi aí que surgiu a ideia. Já que o Cristo era muito grande pra trazer, por que não um pouco das areias de Copacabana? Trouxemos um vendedor de mate para o evento direto de Copacabana e simulamos uma experiência imersiva para que os visitantes da SOEA tivessem a chance de se sentir na Praia de Copacabana. Oferecemos também o famoso biscoito Globo, que é um lanche tradicional carioca. Pacote Premium para manter a crocância”, observou Fox.

O estande ganhou também um totem fotográfico que mostra o melhor enquadramento no ambiente imersivo, facilitando a experiência com o máximo de qualidade possível com direito a cadeiras de praia e pé na “areia”, um adesivo que transmitia o efeito real na foto. Coisa de cinema.

O estande do Crea-RJ ficou o tempo todo lotado, com fila para fotos e a confraternização de profissionais, conselheiros e funcionários. O conselheiro Henrique Frickmann, engenheiro civil com 50 anos de profissão e três SOEAs no currículo, não conseguiu conter a alegria de ver o resultado de um trabalho que envolveu cerca de 15 funcionários do Crea-RJ.

“Essa ideia foi sensacional, muito criativa e virou um point como se a gente estivesse em Copacabana. Quando passa o vendedor de mate e de biscoito Globo, o cenário atinge seu clímax”, afirmou Frickmann.

A presidente do Crea-AM, Alzira Miranda, no estande com as imagens das grandes obras do Amazonas. Foto Divulgação/Crea -AM

A presidente do Crea do Amazonas, a engenheira de pesca Alzira Miranda, fez questão de conhecer o estande do Crea-RJ, onde cumprimentou e posou para fotos com o presidente Miguel Fernández. O estande do Crea-AM também deu show de criatividade ao trazer para a SOEA artesanatos indígenas, como cestos de arumã e cocares dos bois Caprichoso e Garantido – que disputam o espetacular Festival de Parintins, além de peixes regionais empalhados, como o Tucunaré e o Cuiú-Cuiú.

“Trouxemos também imagens das grandes estruturas, as maiores obras de Engenharia, que são pontos turísticos do Amazonas, como o Teatro do Amazonas, a maior ponte estaiada do mundo, a Jornalista Phelippe Daou, o nosso calçadão que deu origem ao calçadão do Rio, e a arena da Copa do mundo”, afirmou Alzira, destacando que o artesanato indígena também é uma forma de Engenharia, considerando-se que Engenharia vem de engenho, formas de pensar”, explicou a presidente do Crea do Amazonas, que reúne 30 mil profissionais.

A estagiária Jennifer Vitali oferece os produtos do Espírito Santo tipo exportação

No estande do Espírito Santo, a estagiária Jeniffer Vitali, do alto de seus 1,83m, dava as boas-vindas, oferecendo a cachaça Santa Terezinha, o guaraná Coroa, o café Chiara e o bombom da Garoto – artigos tipo exportação. O visitante também era presenteado com um kit de cartões postais do Espírito Santo. Para completar a receptividade, o presidente do Crea daquele estado, o engenheiro Jorge Silva, distribuía simpatia.

“A gente quer no nosso estande receber os amigos, colegas, e mostrar alguma coisa que produzimos no Espírito Santo, como aguardente, café, o chocolate é exportado para o mundo inteiro. Além disso, temos muita coisa para aprender aqui. O Espírito Santo já está se preparando para receber a próxima SOEA, que vai ser na Grande Vitória. Estamos nos preparando para ser melhor do que a atual, em termos de quantidade e de qualidade”, esnobou Jorge, em tom de brincadeira.

Falando sério, Silva disse que a SOEA do Espírito Santo vem toda repaginada para receber mais de oito mil profissionais, sem contar o prato típico que é orgulho do estado. “Moqueca capixaba, o resto é peixada”. brincou Silva.

Da mesma Região Sudeste, o estande de São Paulo tinha fila para provar o tradicional café paulistano. A presidente do Crea-SP, a engenheira Lígia Marta Mackey, recebia os convidados, animada com o clima de festa.

 

A presidente do Crea-SP, Lígia Mackey, experimenta a self do espelho

“As expectativas são muito boas. Trouxemos nossa delegação com muitas inovações. A gente quer que o profissional entenda o contexto da feira que hoje está muito voltada para tecnologia e inovação. É um novo momento da Engenharia. Aqui o profissional pode fazer networking, conhecer pessoas. Todo ano a gente busca trazer alguma coisa diferente. Este ano a gente tem o espelho onde a pessoa faz uma foto com uma moldura especial, onde o profissional pode se enxergar melhor para se valorizar”, explica a presidente do Crea-SP, Lígia Mackey. 

Além do espelho – ideia da gerente de eventos Shirley Castello Branco – o estande de São Paulo oferece um delicioso café com a logo do Crea-SP impresso na espuma. 

“Cada vez mais os Creas estão investindo na valorização dos profissionais, demonstrando a importância de ser registrado”, afirmou a presidente do Crea-SP, que reúne 350 mil profissionais e 95 mil empresas registradas, o que faz do Crea-SP o maior conselho de classes da América Latina.

Anfitrião do evento, o Crea-BA teve um estande digno da tradição baiana de bem receber.  Por meio do patrocínio de empresas como Voar Turismo, Águia Branca, Unifacs e Hotel Quality foram sorteados pela roleta de prêmios brindes, passagens aéreas e hospedagem. Para participar, os visitantes deverão tirar foto no estande e marcar o Crea-BA nas redes sociais (@creaba). No local, também teve totem de fotos para eternizar os melhores momentos do evento. 

Mas a grande sensação do estande do Crea da Bahia não poderia ter sido ninguém menos que a baiana Marinalva Ribeiro, natural de Santo Amaro da Purificação, que distribuía um sorriso inigualável e promessas de bênçãos nas fitas de Nosso Senhor do Bonfim, pedidas por muita gente. Marinalva certamente foi a campeã de selfies do evento.

Os engenheiros paulistas foram ver o que a baiana tem

Logo que viram a baiana rodando a saia, os engenheiros Joel Luiz Fares (eletricista), Edmo Cardoso (civil) e Luiz Challouts (eletricista), todos do interior paulista, correram para fotografar com ela. Todos querendo saber o que que a baiana tem.

A baiana Marinalva recebe o carinho da engenheira baiana Gildélia no estande da Bahia

A engenheira baiana Gildélia Reis, consultora de Engenharia ambiental e sanitária, formada pela Universidade Federal da Bahia, sabe muito bem. 

“Temos que reverenciar a baiana, que foi quem nos deu de comer, nos ensinou a ser gente”, disse Gildélia, enquanto abraçava Marinalva, emocionada com tanto carinho. “O que que a baiana tem? (...) Tem saia engomada, tem. (...) Tem graça como ninguém”.

Fiscalização do Crea-RJ apura circunstâncias do acidente que matou engenheira em Macaé

Equipe da fiscalização no local do acidente

A fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) enviou ofício à empresa MJ2 Construções e Manutenção de Dutos Ltda a fim de obter mais informações sobre o acidente que resultou no óbito da engenheira Rafaela Martins de Araújo, 27 anos, atropelada por um rolo compressor, nesta segunda-feira (7/10), quando trabalhava em uma obra da Petrobras, em Macaé (RJ). A profissional era responsável técnica pela empresa MJ2 que presta serviços à Petrobras.

Agentes da Supervisão de Fiscalização Regional Norte e Leste do Crea-RJ estiveram no local nos dias 7 e 8 e já apuraram que a empresa está regular, com registro no Crea-RJ e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), assim como a engenheira. A fiscalização do Crea-RJ também solicitou informações à Polícia Civil.

O acidente ocorreu na estrada de acesso aos galpões da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas, na base de operações Benedicto Lacerda, em Macaé, no Norte Fluminense. A obra é de pavimentação de áreas da Petrobras. Os fiscais do Crea-RJ apuraram também que a Petrobras se colocou à disposição para auxiliar no que for necessário. 

“Estamos em contato direto com a Petrobras e solicitando informações à MJ2 a fim de esclarecermos os fatos”, afirmou o engenheiro civil Cosme Chiniara, gerente de fiscalização do Crea-RJ.

Mútua-RJ realiza nesta segunda (30/09) a palestra online “Identificação e Prevenção do Burnout”

 

A Mútua-RJ, Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, em parceria com a Qualicorp e o Crea-RJ, em alusão ao Setembro Amarelo, realizam a palestra online "Identificação e Prevenção do Burnout".

O que é burnout?

O burnout, reconhecido pela OMS como um fenômeno ocupacional, pode trazer sérias consequências à saúde mental. Neste evento, abordaremos como identificar os sinais e prevenir o esgotamento no trabalho.

A palestrante

Contaremos com a participação da Psicóloga Patrícia Regina Lima, especialista em cuidados paliativos, psicooncologia e luto, além do relato pessoal da Eng Mecânica Priscilla Carvalhinha, especialista em desenvolvimento humano, sobre sua experiência com depressão silenciosa e síndrome do pânico.

Serviço

Data: 30 de setembro
Horário: 15:00 às 16:30h

Formato: Online via Microsoft Teams

Inscrições

Inscreva-se aqui: https://forms.gle/5oysQAyZxMhyq8rRA

 

Rock in Rio teve cerca de 150 QR-Codes com acesso a informações sobre responsáveis técnicos

O superintendente técnico do Crea-RJ, engenheiro Leonardo Dutra, instala um QR-Code numa dos pontos da Cidade do Rock in Rio: fiscalização atuou todos os dias do festival

O gerente da fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), engenheiro Cosme Chiniara, fez um balanço da atuação do Crea-RJ na fiscalização do exercício legal dos profissionais de engenharia durante os sete dias de Rock in Rio, o maior festival de música e entretenimento do mundo. Para a fiscalização do Crea-RJ, a grande novidade no evento é o emprego de QR-Codes, que permitem a qualquer um com um smartphone o acesso às informações dos responsáveis técnicos pelas instalações da Cidade do Rock. Durante o festival, foram instalados pelo Crea-RJ cerca de 150 QR-Codes, que funcionam como placas virtuais com as informações sobre os profissionais responsáveis, suas empresas e as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica).

Durante o evento, agentes de fiscalização do Crea-RJ emitiram um total de 11 autos de infração, um número considerado baixo para as dimensões do Rock in Rio, que reuniu cerca de 25 mil trabalhadores. A maioria das infrações foi por falta de registro no Crea-RJ de empresas atuando nos bastidores do festival. O Conselho tem atualmente cerca de 22 mil empresas registradas.

“Assim como para o público, o festival foi um sucesso para a fiscalização do Crea-RJ, que inaugurou uma nova tecnologia como ferramenta da fiscalização, que é o QR-Code, e esteve presente de forma maciça, todos os dias e praticamente em todo o tempo”, afirmou Cosme Chiniara, gerente da fiscalização do Crea-RJ, acrescentando que a fiscalização deu atenção especial ao parque de diversões da Cidade do Rock. Segundo Chiniara, os livros de ocorrência assinados pelos fiscais não registraram qualquer problema nos cinco brinquedos.

Inovação na fiscalização do Crea-RJ, o QR-Code foi lançado e testado pelo presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, em visita técnica à Cidade do Rock, no dia 3 passado. Na ocasião, o responsável técnico pela montagem da Cidade do Rock, o engenheiro Jackson Pessanha, destacou que a presença do Crea-RJ é “um selo de garantia para a obra”.

Os cerca de 150 QR-Code permitiam o acesso a informações importantes sobre os responsáveis técnicos das instalações. Cada QR-Code exibia informações como os nomes das empresas contratantes, dos profissionais, endereço da empresa, atribuições dos engenheiros. Além disso, todos os brinquedos tinham placas com informações sobre os números das ARTs, o que facilita o acesso às informações sobre a obra ou serviço no site do Crea-RJ.

A fiscalização do Crea-RJ atualizou os números da presença dos profissionais de engenharia no evento. Foram 158 profissionais de 74 empresas e responsáveis por 428 ARTs, a  Anotação de Responsabilidade Técnica. Com a ART, as autoridades podem ser imediatamente informadas da responsabilidade pelos eventos. Isso facilita o rastreamento dos profissionais envolvidos em eventuais falhas, que podem resultar em inquéritos policiais e processos na Comissão de Ética do Conselho. 

Os profissionais do Crea-RJ no Rock in Rio se dividiram entre engenheiros civis (193), eletricistas (126), de segurança do trabalho (106), mecânicos (75) e químicos (10). Os engenheiros mecânicos e eletricistas foram os responsáveis pelas instalações do parque de diversões, que fez a festa do público no festival.

Fiocruz realiza II Seminário de Sustentabilidade

Sede da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, onde a Cogic vai promover o segundo seminário de sustentabilidade nos dias 25 e 25 deste mês. Foto: Divulgação/Fiocruz

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, participa da abertura do II Seminário de Sustentabilidade Cogic/Fiocruz, que será realizado de modo presencial e on-line no Campus Manguinhos da Fiocruz nos dias 25 e 26 deste mês. Serão realizadas mesas-redondas, oficinas e uma feira sustentável. Servidor licenciado da Fiocruz, Fernández foi convidado para falar na abertura do evento que vai reunir pesquisadores, acadêmicos e especialistas em meio ambiente. Mestre em Engenharia Urbana e engenheiro civil pela UFRJ, Fernández presidiu por quatro anos a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Seção Rio de Janeiro, de 2020 a 2023.

Com o principal objetivo de promover um ambiente de integração e diálogo, visando debater soluções para o desenvolvimento sustentável, o evento é aberto à comunidade da Fiocruz e interessados no tema. O evento será na modalidade presencial e on-line, com transmissão pelo Zoom e também, no canal da Cogic no Youtube (https://www.cogic.fiocruz.br/). O debate tem ainda o objetivo de reunir ideias para a adoção de práticas sustentáveis na gestão da infraestrutura da Fiocruz. 

A Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic) é responsável pelo gerenciamento do espaço físico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). São mais de 800 mil metros quadrados de área, no bairro de Manguinhos, subúrbio do Rio de Janeiro. A Cogic está presente em todas as atividades da instituição, prestando desde serviços básicos, como jardinagem, limpeza, controle de pragas e vetores, até executando obras, manutenção de civil e equipamentos, e segurança. Cerca de dois mil e seiscentos profissionais especializados trabalham para oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento das atividades.

Além do campus de Manguinhos, a Cogic atua em todos os campi da Fundação no Rio de Janeiro, em Brasília, Mato Grosso do Sul e Ceará. Nos Centros de Pesquisa que ficam em Minas, Amazonas, Pernambuco, Bahia, Paraná e Rondônia, ela é responsável pela área de projetos de engenharia e segurança eletrônica.

Parabéns ao município de São Gonçalo, por seus 134 anos!

O município de São Gonçalo foi fundado em 6 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves. Seu desmembramento, iniciado no final do século XVI, foi efetuado pelos jesuítas, que instalaram uma fazenda na zona conhecida como Colubandê no começo do século XVII, às margens da atual rodovia RJ-104.

Em 1646, foi alçada à categoria de paróquia, já que, segundo registros da época, a localidade-sede ocupava uma área de 52 km², com cerca de seis mil habitantes, sendo transformada em freguesia. Visando à facilidade de comunicação, a sede da sesmaria foi posteriormente transferida para as margens do rio Imboaçu.

No século XVIII, o progresso econômico atingiria grandes proporções e, ao lado das fazendas, não eram poucos os engenhos de açúcar e aguardente, da mesma forma que prosperavam as lavouras de mandioca, feijão, milho e arroz. O comércio desenvolvia-se na mesma proporção das atividades agrícolas e as dezenas de barcos de transporte de gêneros e passageiros davam maior movimento ao litoral, em constante intercâmbio com outros portos das diversas freguesias e com os do Rio de Janeiro.

Em 22 de setembro de 1890, o Distrito de São Gonçalo foi emancipado politicamente e desmembrado de Niterói, pela primeira vez. Após ser reincorporado e novamente desmembrado, em 1929, a Lei  nº  2335, de 27 de dezembro, concede a categoria de cidade a todas as sedes do município.

Nas décadas de 40 e 50, iniciou-se a instalação, em grande escala, de grandes fábricas e indústrias em São Gonçalo. Seu parque industrial era o mais importante do Estado, o que lhe valeu o apelido de Manchester Fluminense (uma referência à cidade de Manchester, na Inglaterra, caracterizada pelo seu grande desenvolvimento industrial).

O Crea-RJ parabeniza São Gonçalo por seus 134 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!

Fonte: Prefeitura Municipal de São Gonçalo

Fiscalização do Crea-RJ dá atenção especial ao parque de diversões do Rock in Rio

A tirolesa do Rock in Rio a todo vapor. Foto: Divulgação/Rock in Rio

Depois de ter atuado no período da montagem da Cidade do Rock, a equipe de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) permanece atuando todos os dias na realização do Rock in Rio, que começa hoje, celebrando os 40 anos de lançamento do que se tornou o maior festival de música e entretenimento do mundo. O gerente da fiscalização do Crea-RJ, engenheiro Cosme Chiniara, informou que os fiscais vão atuar diariamente na Cidade do Rock, com atenção especial para as instalações do parque de diversões, que conta com cinco brinquedos. A Roda Gigante é o brinquedo previsto para funcionar até mais tarde, às 2h da manhã.

A fiscalização do Crea-RJ atualizou os números da presença dos profissionais de engenharia no evento. São 158 profissionais de 74 empresas e responsáveis por 428 ARTs, a  Anotação de Responsabilidade Técnica. Com a ART, as autoridades podem ser imediatamente informadas da responsabilidade pelos eventos. Isso facilita o rastreamento dos profissionais envolvidos em eventuais falhas, que podem resultar em inquéritos policiais e processos na Comissão de Ética do Conselho. Outros dois conselhos profissionais também atuam na fiscalização do Rock in Rio: o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), com 180 Registros de Responsabilidade Técnica; e o Conselho Regional de Técnicos Industriais do Rio (CRT/RJ), que tem quatro Termos de Responsabilidade Técnica registrados. 

O superintendente técnico do Crea-RJ, engenheiro Leonardo Dutra, manifestou satisfação com todo o trabalho realizado pelos fiscais, assim como a colaboração dos profissionais do Rock in Rio.  

“A fiscalização do Rock in Rio está muito positiva. O evento é muito organizado. Eles ajudam a gente com bastante informação. A gente consegue fazer uma fiscalização ativa em que se consegue proteger o exercício legal da profissão. Todas as instalações têm responsáveis técnicos. O Rock in Rio está de parabéns junto com a Engenharia”, afirmou Dutra.

Os profissionais do Crea-RJ estão divididos em engenheiros civis (193), eletricistas (126), de segurança do trabalho (106), mecânicos (75) e químicos (10). Os engenheiros mecânicos e eletricistas são os responsáveis pelas instalações do parque de diversões, que faz a festa do público no festival. Além da roda gigante, a maior transportável da América Latina, com 36 metros de altura, há também a montanha russa, o mega download – que se sobe e desce a 30 metros de altura –, o discovery – que faz movimentos a 20 metros do solo – e a tirolesa, a grande sensação do festival. Quem nunca se emocionou ao ver a tirolesa passar diante do Palco Mundo, enquanto acontecem os shows? A tirolesa tem capacidade para cerca de 1.500 pessoas/dia, percorre uma distância de 200 metros e chega a atingir uma altura de 22 metros.

Para a fiscalização do Crea-RJ, a grande novidade no evento é o emprego de QR-Codes, que permitem a qualquer um com um smartphone o acesso às informações dos responsáveis técnicos pelas instalações da Cidade do Rock. Até o início do festival, foram instalados 95 QR-Codes, que funcionam como placas virtuais com as informações sobre os profissionais responsáveis, suas empresas e as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica).

O QR-Code foi lançado e testado pelo presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, em visita técnica à Cidade do Rock, no dia 3 passado. Na ocasião, o responsável técnico pela montagem da Cidade do Rock, o engenheiro Jackson Pessanha, destacou que a presença do Crea-RJ é “um selo de garantia para a obra”.

O presidente do Crea-RJ testa o QR-CODE na instalação da tirolesa do Rock in Rio: tecnologia e inovação para fiscalizar o exercício legal da profissão

O presidente do Crea-RJ afirmou esperar que a novidade facilite o acesso aos responsáveis técnicos pelas instalações do evento, contribuindo para dar maior segurança a todos.

“Desde o início do mandato, em janeiro, a gente vem com uma comissão de fiscalização de megaeventos e evoluindo a cada ação. E dessa vez a gente traz uma novidade, que é fazer a verificação de responsável técnico por QR-Code. Aquele profissional ou cidadão que quiser saber quem é o responsável técnico por uma obra ou serviço pode com seu próprio celular acessar as informações”, afirmou o presidente, explicando que “dessa forma, vamos garantir que sempre se tenha acesso aos responsáveis técnicos e segurança para esse grande evento que é o Rock in Rio. São milhares de profissionais trabalhando, centenas de empresas envolvidas e é uma alegria estar fazendo parte disso, mostrando um pouquinho do antes, durante e depois desse grande espetáculo no Rio de Janeiro”.

Presidente do Crea-RJ em entrevista ao vivo ao Jornal da Tupi: ‘A ação da fiscalização salva vidas’

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández (à direita na foto) em entrevista a Sidney Rezende, Chico Otávio e Maurício Bastos, do Jornal da Tupi

Em entrevista ao vivo ao jornalista Sidney Rezende, âncora do Jornal da Tupi, na quinta-feira, dia 12 de setembro, o presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, afirmou que tem investido na comunicação dos trabalhos de fiscalização do Conselho porque “a ação da fiscalização salva vidas”. Indagado por Sidney se a fiscalização do exercício legal das profissões do Sistema Confea/Crea é mesmo rigorosa, Fernández explicou que a primeira tarefa do Conselho, nesse aspecto, é educar os profissionais e a sociedade.

“Em primeiro lugar, a gente quer instruir os profissionais. Quer trazer à ciência a importância de uma obra ou serviço ter profissionais registrados. Por isso, a gente faz uma ação muito forte de comunicação e aí eu agradeço a Tupi pelo apoio a essa estratégia de informar os profissionais e à sociedade porque essa ação salva vidas, evita acidentes”, disse Fernández, acrescentando que, apesar de atuar educativamente, o Conselho também conta dispositivos legais para agir com todo o rigor em defesa da sociedade.

“A gente sabe da importância de termos empresas e profissionais devidamente qualificados, habilitados e registrados. Se permanecer a negligência, a imprudência, aí a gente tem os dispositivos legais, como a multa, podemos ajuizar. Se representar risco à sociedade, podemos até paralisar algum serviço ou obra, por meio das parcerias que temos com a Defesa Civil estadual e a Polícia Militar”, lembrou o presidente do Crea-RJ.

Os jornalistas da Tupi – Sidney Rezende, Chico Otávio e Maurício Bastos – manifestaram bastante curiosidade com a nova tecnologia empregada pelo Crea-RJ para a fiscalização do exercício legal da profissão, que foi lançada na Cidade do Rock, onde hoje começa o maior festival de música e entretenimento do mundo. O presidente do Crea-RJ explicou que a iniciativa é resultado da implantação de uma Equipe de Trabalho para Grandes Eventos, que desde janeiro já fiscalizou mais de cem eventos em todo o estado, incluindo o desfile das escolas de samba na Sapucaí e o show da Madonna, em Copacabana.

Fernández lembrou que no dia seguinte após vencer a eleição para presidente do Crea-RJ, em novembro passado, houve um show da americana Taylor Swift, em que morreu uma menina  devido ao intenso calor e a falta de água para o público. Na ocasião, Fernández foi indagado sobre como seria a ação da fiscalização do Crea. Aí surgiu a ideia de fiscalizar grandes eventos. Para isso, a equipe de fiscalização do Crea faz ações de inteligência e de campo, em que o objetivo principal é coibir o exercício ilegal da profissão para minimizar os riscos de acidentes para os próprios profissionais e para o público.

“Infelizmente existem, sim, muitos acidentes porque são estruturas montadas de forma transitória e exigem uma operação de acompanhamento antes, durante e depois. O nosso trabalho é garantir que essas empresas tenham responsáveis técnicos pelas obras e serviços, e estejam habilitadas para prestar aquele tipo de serviço e não uma de fundo de quintal. Para o profissional desempenhar esse serviço ele precisa preencher um documento chamado ART, que é a Anotação de Responsabilidade Técnica. Só um profissional devidamente habilitado e registrado no Conselho profissional pode fazer esse documento. É um documento de inteligência, onde levantamos todos os dados dos serviços de engenharia que estão ocorrendo formalmente no Rio de Janeiro”, explicou o presidente do Crea-RJ.

Na entrevista ao Jornal da Tupi, transmitido diariamente às 18h pela Super Rádio Tupi (FM 96,5), o presidente do Crea-RJ explicou que “historicamente a ART era apresentada em placas de obras de construção civil”.

“Só que isso não se aplica à nossa nova realidade. Muito menos num evento, que é passageiro. A placa agora é virtual. Através de um QR-Code qualquer pessoa com seu celular consegue ver todas as informações técnicas da empresa e do profissional. A Cidade do Rock tem cerca de cem QR-Codes indicando todas as ARTs dos profissionais. Estive lá e fui o primeiro a instalar a primeira placa virtual. Isso traz mais garantias que tem um serviço profissional prestado por uma empresa com responsabilidade”, assegurou Fernández.

Indagado pelo jornalista Chico Otávio sobre o que é priorizado em termos de fiscalização, o presidente do Crea-RJ explicou que a ação deve ser levada em conta antes, durante e depois. Segundo ele, no período anterior ao início do evento se foca na segurança do trabalho dos profissionais do nosso setor. 

“São várias as questões a serem observadas nesse quesito. Uma delas são os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que envolvem todos os equipamentos de segurança. Verificamos também se as empresas têm o profissional qualificado para determinado tipo de serviço, como a parte elétrica, de estruturas, de ignifugação, para prevenção contra incêndios, quando há shows pirotécnicos, tem o combate a incêndios e pânico. O Corpo de Bombeiros faz a avaliação do projeto, mas o Crea verifica se tem um profissional devidamente habilitado e responsável pelo serviço”, explicou Miguel Fernández.

Fernández lembrou ainda que o Crea-RJ terá fiscais durante todos os dias de realização do Rock in Rio. 

“São muitas as intervenções que acontecem durante um evento e é importante que a gente esteja sempre atento e acompanhando. Depois tem toda a parte da desmobilização, que também representa um risco aos profissionais, além da questão do meio ambiente. Para onde vão os resíduos gerados? O Conselho vem trabalhando fortemente nisso”, disse o presidente do Crea.

Também participou da entrevista o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), Sydney Meneses, que falou sobre o Plano Diretor do Rio e a importância de os candidatos nas eleições municipais estarem atentos às leis de ordenamento do território urbano. Sydney destacou que entre as questões mais importantes relativas à desordem urbana estão “a ocupação inadequada de calçadas e praças, a população de rua que ocupa todas as áreas da cidade e o problema da criminalidade”, o que inclui a ação nefasta das milícias. “Você tem hoje em áreas dominadas pelo crime organizado uma produção de construções sem controle e sem cumprir as leis”, observou Meneses.

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, lembrou também que firmou um inédito acordo de cooperação técnica com o CAU, que tem permitido uma parceria muito importante entre os dois conselhos para a discussão dos principais problemas urbanísticos do Rio. Um exemplo disso foi a associação inédita dos dois conselhos para a realização de um seminário sobre urbanismo que foi organizado pelo Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, no Rio, em agosto.

Presidente do Crea-RJ faz diagnóstico da crise hídrica no Sistema Imunana-Laranjal e propõe soluções

O sistema Imunana-Laranjal, da Cedae, opera com dificuldades por causa da seca; presidente do Crea-RJ adverte para risco de falta d'água. Foto: Divulgação/Cedae

O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, especialista em recursos hídricos, faz um diagnóstico da crise hídrica pela qual passa o Sistema Imunana-Laranjal, que abastece 2 milhões de pessoas que vivem na Grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e Paquetá. Ele defende que uma das soluções seria a realização de grande obra de infraestrutura, como uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul e a construção do chamado Túnel do Taquaril para ampliar a capacidade de abastecimento do Sistema Imunana-Laranjal. 

Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ ganhou assento no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, onde vai levar o debate sobre a necessidade dessa grande obra.

“O novo problema que está sendo alardeado por indisponibilidade hídrica na região do sistema Imunana-Laranjal é um velho conhecido dos profissionais do setor, já diagnosticado no plano de segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro há muitos anos”, afirmou o presidente do Crea-RJ.

“A verdade é que, em anos de escassez hídrica, esse sistema sempre operou no seu limite e estamos vivendo agora no momento um ano de escassez hídrica em virtude dos eventos climáticos extremos. Se não chover nos próximos dias, faltará água na região da grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá, Paquetá”, prevê o engenheiro Miguel Fernández.

Ele lembra que o problema é grave devido à ausência de investimentos em décadas.

“É um sistema que opera da mesma forma desde 1950, em que aproveitou obras de dragagem, do antigo DNOS, para transpor uma água para aquela região e que nunca foi ampliada sua capacidade. As intervenções que estão sendo realizadas agora são paliativas; o que é necessário ser feito é uma grande intervenção para trazer uma nova fonte de água para região”, afirma Fernández.

Segundo o presidente do Crea-RJ, para lidar com o problema “existem diversas opções como, por exemplo, a dessalinização ou transpor água de outras fontes”. Para ele, a mais barata e viável já estudada é uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul através de um túnel de aproximadamente 40 quilômetros que, além de resolver o problema de abastecimento de água da região resolveria também o problema do Polo Gaslub Itaboraí, que está sendo inaugurado agora e que também é um grande consumidor de água, o que agrava ainda mais a situação da região”.

O presidente do Crea-RJ assinala que o projeto do Túnel do Taquaril funcionaria também como fonte de energia renovável e sustentável “porque tem um desnível de cerca de 250 metros que pode também estar trazendo esse ganho efetivo para toda a região.”

Miguel Fernández destaca que a solução do Taquaril é a mais viável.

“É um projeto de Engenharia importante, que o Estado do Rio precisa, e que pode ser visto como uma espécie de novo Guandu, mas dessa vez para abastecer o outro lado da Baía de Guanabara”, afirma.

Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ  ganhou assento no Conselho estadual de recursos hídricos, “o que vai poder levar esse debate para os tomadores de decisão e instituições com capacidade de investimento para realização desse tipo de projeto.”