A Engenharia Sustentável dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

A Olimpíada de Paris 2024, que começa hoje, 26 de julho, estabeleceu um novo padrão sustentável para eventos esportivos de grande escala. O comitê organizador comprometeu-se a reduzir pela metade a pegada de carbono do evento em comparação às edições anteriores, exigindo uma mudança radical na forma como os locais e instalações são concebidos, construídos e operados.

Um grande desafio já que os números que envolvem o evento são impressionantes.

10.500 atletas
206 países participantes
20 mil jornalistas credenciados
45 mil voluntários
8,6 milhões de ingressos vendidos
15,3 milhões de visitantes em Paris
329 eventos
32 esportes
600 mil refeições servidas na Vila Olímpica

Algumas medidas sustentáveis:

  • a limpeza total do Rio Sena, cenário da cerimônia de abertura dos jogos;  
  • uso de energia energia eólica e/ou solar na maior parte dos locais de competição; 
  • redução do uso de plástico, com a adoção de garrafas reutilizáveis e maior número de bebedouros espalhados pela cidade. 

E mais. No ano passado, Paris aboliu os estacionamentos públicos, transformando-os em áreas verdes. Novas ciclovias, linhas de metrôs e muros antirruído foram construídos, e edifícios foram reformados com técnicas mais sustentáveis.

Uma das principais estratégias empregadas pela equipe Paris 2024 é o uso de locais já existentes e estruturas temporárias para realização dos jogos. Ao minimizar a necessidade de novas construções, os organizadores reduziram significativamente o impacto ambiental do evento. 

Alguns exemplos.

Champs-Élysées

A famosa Champs-Élysées será transformada numa ampla arena desportiva, com arquibancadas e instalações temporárias que poderão ser facilmente desmontadas e recicladas após os jogos. 

Torre Eiffel 

O Estádio da Torre Eiffel, que receberá vôlei de praia e futebol para cegos, será uma estrutura temporária que se integra perfeitamente com o seu entorno histórico.

Centro Aquático

O Centro Aquático, uma das poucas instalações construídas especificamente para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, foi projetado para ser um edifício de baixo carbono e alta eficiência energética. 

O centro possui um telhado de 5.000 metros quadrados coberto com painéis fotovoltaicos, tornando-o um dos parques solares urbanos mais importantes da França. 

A estrutura do edifício é feita com materiais ecológicos como CLT (madeira laminada cruzada) e concreto de baixo carbono, reduzindo significativamente o impacto ambiental.

Adidas Arena

Projetada para receber os eventos de badminton e ginástica rítmica seu projeto é predominantemente feito de concreto a alumínio (com alta pegada energética) e  bio-based, feitos com materiais biológicos ou biomassa. Após os jogos será a sede do Clube Paris Basketball, além de ser uma arena para shows.

Vila Olímpica

A Vila Olímpica, que abrigará atletas e dirigentes durante os jogos, foi construída utilizando uma combinação de estruturas permanentes e temporárias, enfatizando a eficiência energética e fontes de energia renováveis. 

Os edifícios, com menos de 20 metros de altura, foram projetados para maximizar a luz e ventilação naturais, reduzindo a necessidade de iluminação artificial e o uso de ar condicionado e instalação de painéis solares no topo.

A vila também contará com telhados e paredes verdes, que proporcionam isolamento e ajudam a reduzir o efeito de ilha de calor urbano. As camas são de papelão e os colchões feitos com redes de pesca recicladas. 

A vila deixará como herança habitações ecologicamente inteligentes para a população da cidade. Até 2025, as instalações terão sido convertidas em moradias e escritórios que vão acolher seis mil residentes e outras seis mil pessoas que terão lá o seu local de trabalho. 

O complexo terá apartamentos, academias, espaços verdes e até lojas e serviços à disposição da comunidade local.

Inteligência Artificial

Com aplicações que vão desde a proteção dos atletas até experiências de transmissão melhoradas e gestão eficiente de energia, a Inteligência Artificial (IA) e as inovações tecnológicas deverão impactar fortemente os Jogos Olímpicos de Paris 2024. 

Um aspecto muito importante é a proteção contra o abuso cibernético, uma vez que se espera cerca de meio bilhão de publicações nas redes sociais durante esta Olimpíada.

Medalhas com elementos da Torre

A sustentabilidade também está presente nas medalhas de ouro, prata e bronze. Elas foram concebidas em torno de três fontes de inspiração: o hexágono, que representa a forma geométrica da França; o brilho, do país-sede e dos atletas olímpicos; e a cravação, já que cada medalha olímpica e paralímpica está incrustada com um pedaço de ferro original da Torre Eiffel. 

Construída entre 1887 e 1889, a Torre passou por inúmeras reformas. Certos elementos metálicos foram removidos e conservados neste processo e agora utilizados na criação das medalhas olímpicas. 

O ferro original da Torre Eiffel é formado por um hexágono cravado no centro de cada medalha e impresso com o emblema dos Jogos de Paris 2024.

Mobilidade Urbana

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão investindo fortemente em infraestrutura e mobilidade urbana sustentável. A cidade expandiu a sua rede de transportes públicos, com novas linhas de metrô e investiu 65 milhões de euros em ciclovias, amplas áreas de estacionamento e renovação da frota de bicicletas compartilháveis.

Os organizadores também incentivam o uso de veículos elétricos e híbridos, com uma frota de ônibus e carros de baixa emissão transportando atletas e dirigentes.

Energia 100% renovável

Talvez o mais impressionante seja o fato de Paris 2024 pretender ser a primeira edição dos Jogos Olímpicos totalmente alimentados por energias renováveis. O comitê organizador fez parceria com empresas de energia para garantir que toda a eletricidade utilizada durante o evento venha de fontes renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica. 

Legado

Ao combinar tecnologia de ponta com princípios de design sustentável, engenheiros e profissionais da área tecnológica trabalharam em estreita colaboração com o comitê organizador para desenvolver soluções inovadoras que integrassem perfeitamente as instalações olímpicas, mostrando os talentos dos atletas e deixando um legado sustentável para Paris.

Fontes:
https://olympics.com/pt/paris-2024

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Ol%C3%ADmpicos_de_Ver%C3%A3o_de_2024

Crea-RJ realiza Seminário Emprego e Renda na Indústria do Petróleo

 

O Crea-RJ  realiza o Seminário Emprego e Renda na Indústria do Petróleo, nos dias 17 e 18 de Julho, no auditório do Instituto Federal Fluminense - IFF de Campos dos Goytacazes. 

O objetivo é orientar os profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua quanto à empregabilidade das engenharias no setor de petróleo e gás e dar orientações sobre as funções institucionais do Conselho

A organização é do Crea-RJ; CRT-RJ; CRQ - 3ª Região Rio de Janeiro; FUP; Mútua-RJ e Sindipetro NF.

O evento é gratuito, mas tem vagas limitadas.

Link de inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScfXk_K3qNBsPof6MU-ORLRPNqFnoY4oaYVnVspmsIWItCnAQ/viewform

Data: 17 e 18 de Julho

Local: Auditório do IFF Campos

Endereço: Rua Dr. Siqueira, 273 - Parque Dom Bosco, Campos dos Goytacazes

Confira a programação:

Dia 17

18h- Abertura

19h30- Posse dos novos inspetores do Crea-RJ e entrega de carteiras dos profissionais

20h- Coquetel

Dia 18

09h- Palestra: A Retomada dos Investimentos na Região Norte Fluminense

Palestrante: Mahatma Ramos - INEEP (Instituto de Estudos Estratégicos 

de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra)

10h30- Palestra: Mudanças na Bacia de Campos e da Categoria Petroleira no Norte Fluminense

Palestrante: Carlos Takashi - DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e Henrique Dias (Gerente Geral do Transporte Marítimo)

12h- Apresentação das instituições organizadoras 

(FUP, Sindipetro NF, CRT-RJ, CREA-RJ)

13h30- Almoço

14h30- Oficinas Suzana Soares @amocadorh (Gerente de RH do CREA-RJ e influenciadora Digital)

Oficina 01- Preparando o currículo para o mercado

Oficina 02- Como vencer o desafio da entrevista de emprego 

Oficina 03- Criando um perfil estratégico no LinkedIn

16h30- Coffee break de encerramento

Presidente do Crea-RJ empossa inspetores em Barra Mansa e dialoga com setores profissionais e científicos em Volta Redonda

Entrada da CSN, a maior indústria siderúrgica da América Latina, em Volta Redonda: concentração de engenheiros

 

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, vai empossar 20 inspetores das regiões do Sul Fluminense e da Costa Verde, em solenidade a ser realizada na segunda-feira, dia 8, na Universidade de Barra Mansa. Com uma comitiva formada pela diretora Denise Baptista; pela diretora-administrativa da Mútua (a caixa assistencial dos profissionais do Crea), Ana Paula Masiero; e pelo chefe de gabinete, Rodrigo Machado, o presidente do Crea-RJ terá também uma agenda de eventos em Volta Redonda, município que tem cerca de 10 mil profissionais de Engenharia. A região concentra engenheiros por causa da CSN, a maior indústria siderúrgica da América Latina, fundada pelo presidente Vargas, em 1941.

A posse dos inspetores será a primeira da atual gestão, que completou seis meses de implantação, marcada pelo diálogo com diversos setores da sociedade e parcerias com conselhos profissionais, prefeituras e órgãos públicos como a Secretaria de Defesa Civil do estado e o Corpo de Bombeiros. O reitor da Universidade de Barra Mansa, Bruno Lemos, confirmou presença no evento.

Os inspetores do Crea-RJ vão atuar como representantes da entidade junto a entidades públicas e privadas de suas regiões, colaborando também com a fiscalização do Conselho. A nomeação é publicada em portaria do Crea, mas os inspetores atuam como voluntários, sem remuneração. 

No dia seguinte à posse dos inspetores, a comitiva do Crea-RJ terá encontros com autoridades, como o prefeito de Volta Redonda, Francisco Netto, e representantes da comunidade científica na Universidade Geraldo di Biase e na UniFoa. A UniFoa tem curso de Engenharia Civil desde 1970. O presidente do Crea-RJ será recebido também pelo presidente do Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda – entidade que tem assento na plenária do Crea-RJ – e pela presidente da Associação de Arquitetos e Engenheiros de Volta Redonda (AEVR), Laura Jane. 

Fundado em 5 de junho de 1934, o Crea-RJ reúne cerca de 110 mil profissionais de Engenharia, Agronomia e Geociências, além de cerca de 20 mil empresas. O papel principal do Conselho é fiscalizar o exercício ilegal da profissão, reduzindo os riscos das atividades, na proteção da sociedade. 

Crea-RJ em Ação – Edição 22 de dezembro

6ª Reunião do Colégio dos Presidentes

De 18 a 20 de dezembro, o Rio de Janeiro foi palco da 6ª reunião anual do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua. O encontro reuniu líderes de todos os Regionais do país e realizou um balanço das ações de todos os Creas em 2023, bem como de debateu questões cruciais relacionadas, por exemplo, ao exercício profissional, às inovações tecnológicas e aos desafios específicos enfrentados em suas regiões de atuação.

Em seu discurso de abertura, o presidente do Crea-RJ, Luiz Antonio Cosenza, expressou sua gratidão pela presença de todos os participantes e destacou a satisfação de sediar o encontro na cidade do Rio de Janeiro, algo que não ocorria desde 2012.



O primeiro dia do evento foi marcado por votações cruciais, refletindo a importância das decisões tomadas durante a reunião. Os presidentes e representantes dos Regionais participaram ativamente das discussões, contribuindo para o desenvolvimento e aprimoramento do Sistema Confea/CREA e Mútua.

No segundo dia, as atividades continuaram com apresentações significativas, incluindo a fala de Erick Galante sobre a AGITEC, proporcionando conteúdos sobre tecnologia e inovação. O evento reforçou a importância do intercâmbio de conhecimento e experiências entre os presidentes, consolidando o compromisso com o avanço e a excelência no setor.



No último dia da reunião, os representantes debateram a importância das ARTs, implementação de novas prorrogativas para a melhoria do funcionamento da organização e outros temas relevantes para  área tecnológica.

O Colégio de Presidentes ajuda a fortalecer a atuação dos profissionais, garantindo padrões elevados de qualidade e ética. Além disso, desempenha papel fundamental na definição de estratégias para o desenvolvimento sustentável e no alinhamento de políticas setoriais, consolidando o compromisso do Sistema Confea/Crea e Mútua com a excelência e a integridade nos campos da Engenharia, Agronomia e Geociências


Visita Técnica ao Bonde do Pão de Açúcar

No fim do último dia, como parte da programação, o Crea-RJ viabilizou a integrantes do evento uma visita técnica ao Bondinho do Pão de Açúcar, marco da Engenharia na cidade.

Os participantes assistiram a uma apresentação com o Diretor de Operações do Parque, Marcelo Gomes, que palestrou sobre a história e as atividades que o espaço oferece ao público.

Depois, o grupo subiu ao Parque Bondinho Pão de Açúcar para conhecer as instalações do equipamento, que é um dos principais cartões postais do Brasil.



Curso: A Atuação dos Fiscais de Conselhos de Classe Profissional

Nos dias 19 e 20 de dezembro, o Crea-RJ realizou o curso “A Atuação dos Fiscais de Conselhos de Classe Profissional”, direcionado a agentes de fiscalização, bem como aos gestores de pessoas, responsáveis por orientar, apurar e eventualmente punir a atuação em desconformidade.

Administrado pela palestrante Lucimara Coimbra, o curso abordou diversos temas relevantes para os profissionais da área, como a administração pública com foco nas atividades de fiscalização de interesse público e poder de polícia administrativa. O conteúdo também teve como objetivo instigar o debate saudável sobre as melhores práticas de fiscalização, a ética na atuação dos agentes de fiscalização, abuso de autoridade etc.



No segundo dia do curso, a palestrante abordou de forma esclarecedora e detalhada as dificuldades e responsabilidades dos agentes de fiscalização.  Assim como atos de improbidade administrativa, técnicas de abordagem no exercício da atividade fiscal, direitos e garantias individuais, e por fim, a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público. Enfatizando em seu discurso, a relevância do dever de atuação, e conhecer os limites e os desvios de finalidade e excesso de poder na profissão.

 


Revista Ângulos

A Sociedade Brasileira de Geologia, juntando-se a várias outras instituições nacionais, homenageia os 70 anos da Petrobras, empresa símbolo do desenvolvimento nacional e que patrocinou grandes avanços para a ciência e todo o setor industrial brasileiro. Marcando décadas de sucesso e empreendedorismo em seus projetos, sendo uma delas o reconhecimento geológico da Bacia do Paraná.

O artigo desta semana da Ângulos,  a Revista do Crea Rio, aborda as atividades pioneiras de reconhecimento da Bacia do Paraná, no período entre 1953 até 1998.

Confira o artigo da revista clicando aqui