MinervaBots da UFRJ é campeã mundial de robótica

 

A equipe de competição da Escola Politécnica da UFRJ, a MinervaBots, venceu o Torneio de Sumô Robô do Japão - All Japan Robot Sumo Tournament, na categoria Sumô Mini, tornando-se campeã mundial de robótica. Dentre as mais de 63 nacionalidades participantes, a disputa foi contra a equipe Kimáuanisso, também brasileiros do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Paulo, e o troféu foi conquistado com o robô apelidado de Zé Pequeno, que já faz parte da história do grupo, somando 13 anos de atividade e que garantiu a vitória por 2 a 0. O evento aconteceu no dia 8 de dezembro de 2024, em Tóquio, no Japão. 

As alunas que representaram a MinervaBots foram Anne Victória Rodrigues da Costa, graduanda em Engenharia Mecânica, e Lígia Calina Bueno Bonifácio, graduanda em Engenharia Eletrônica e de Computação, mostrando também a força das mulheres nas ciências e na Engenharia. “Essa conquista significa que todo esforço e dedicação valeram a pena. Mostra que meninas e mulheres como eu têm, sim, espaço na Engenharia e na tecnologia, podendo alcançar  grandes feitos, mesmo em ambientes predominantemente masculinos”, destaca Lígia. 

Segundo dados da terceira edição da pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam a menor proporção dos alunos matriculados (15,7%) e concluintes (15%) nos cursos de computação e tecnologias da informação e comunicação (TIC). Em comparação, são a maioria nos cursos de saúde (74,5%), com exceção de medicina, serviços pessoais (78,6%) e bem-estar (87,3%). Também são as principais concluintes em serviços pessoais (83,8%) e em bem-estar (91%).

A competição 

Na competição, dois robôs chamados “robôs de sumô”, “sumobots” ou apenas “sumôs” se enfrentam com o objetivo de empurrar o adversário para fora de uma arena circular — geralmente uma tábua de madeira com borda branca —, em um combate semelhante à tradicional luta japonesa.  A disputa foi na arena Ryōgoku Kokugikan, em Tóquio, palco de grandes competições esportivas dessa arte marcial.

O robô disputa na categoria “Mini Sumô 500g Autônomo”. Nela, as máquinas contam com o próprio sensoriamento e com estratégias pensadas pelo operador para eliminar o adversário da arena. Elas ainda podem contar com mecanismos que confundam o sensoriamento do oponente. No caso do robô projetado pela equipe da Escola Politécnica da UFRJ, Zé Pequeno carrega bandeiras reflexivas.

No torneio, a equipe começou com a superação de dois robôs japoneses, com grande desempenho. Na sequência, o desafio: Fiebre, robô da renomada equipe Roshi Team, do México, que é referência mundial e vencedora de outra categoria no mesmo torneio. Após uma falha técnica no robô adversário, a MinervaBots superou a equipe e avançou para a próxima etapa. Nas quartas de finais e nas semifinais, foram superadas mais duas equipes japonesas, avançando assim a final brasileira inédita contra a equipe Kimauánisso.

A MinervaBots

Criada em 2012 por um grupo de estudantes de Engenharia Eletrônica e de Computação, a fim de utilizar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula para construir robôs de diferentes categorias. No total, já conta com mais de 50 alunos, tanto da graduação como da pós-graduação, e participa de nove categorias em torneios diversos. 

O combate de robôs possui categorias divididas por peso e tamanho. A Minerva se destaca em quatro delas: combate, sumô, trekking e seguidor de linha. Na categoria de combate, na qual o objetivo é destruir ou danificar o aparelho do adversário, a equipe soma sete troféus. Na categoria disputada por Anne e Lígia, apelidada de sumô mini, vence aquele que retirar primeiro o rival da arena. Só nessa modalidade a Minerva acumula 10 aparições no pódio, sendo três delas no primeiro lugar.

A equipe atualmente é liderada por Micaela Luz, aluna de Engenharia Eletrônica e da Computação, e Ryan Sales, do curso de Engenharia de Controle e Automação. Como líderes, são eles que coordenam os responsáveis pelos projetos de cada aparelho de competição. 

Fontes: Agência Brasil, Conexão UFRJ e Politécnica UFRJ

Crea-RJ comemora o Dia do Estudante na sede do Conselho

 

Com o objetivo de comemorar o Dia do Estudante, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, por meio de sua Comissão de Educação e do Crea Júnior RJ, realiza evento, na sede do Conselho, no Centro do Rio.

Na mesa de abertura, a coordenadora da Comissão de Educação do Crea-RJ, engenheira de produção e de segurança do trabalho Gisele Saleiro; a coordenadora adjunta da Comissão de Educação, engenheira agrônoma Débora Candeias; e o assessor do Gabinete da Presidência do Crea-RJ e coordenador estadual do Crea Júnior RJ, Eduardo Santos.

“A Comissão de Educação vem realizando, ao longo de 2024, um trabalho de aproximação entre a Academia e o Conselho. Nós estamos buscando, através de reuniões e eventos, trazer temas de relevância não só para os docentes quanto para os estudantes das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências”, afirma Gisele Saleiro.

Gestão do Estudante

O coordenador do Crea Júnior RJ continua: “além de tentar se aproximar das universidades e instituições de ensino, esta nova gestão vem, também, tentando fazer a gestão do estudante desde o seu início até a sua formatura. A partir de agora, a gente cria um ambiente estudantil dentro do nosso Sistema e também a gente vem usando esse nosso novo slogan, que é “orgulho de pertencer e a responsabilidade de construir o futuro". Então, os estudantes devem estar prontos para construir o futuro desse país.”

Para Débora Candeias, “a comemoração do Dia do Estudante é muito importante para que os estudantes comecem a se integrar ao Conselho do qual eles irão fazer parte na vida profissional. Saber quais são os seus direitos, quais são os seus deveres, as suas funções e, principalmente, a sua responsabilidade com a sociedade”.

Na ocasião, foram ministradas palestras sobre ética profissional e gestão energética. 

Ética Profissional

“Do ponto de vista da Comissão de Ética Profissional, estar presente na comemoração do Dia do Estudante é fundamental. Nós precisamos que os alunos, os futuros profissionais, saiam das universidades, das faculdades, cientes de que eles têm um código a seguir. Na colação de grau, nós fazemos um juramento e ali naquele juramento nós dizemos que iremos ter uma conduta ética diante da sociedade e é isso que eu quero trazer para os alunos”, ressalta o coordenador da Comissão de Ética do Crea-RJ, engenheiro sanitarista e ambiental Davidson Ferreira.  

Gestão energética

“Nós estamos aqui no estado que tem as duas únicas usinas nucleares do país e a terceira em fase de construção. A UFRJ, que é a Universidade Federal do Rio de Janeiro, é a única no país que tem um curso de Engenharia Nuclear. É possível que este seja um mercado em expansão nos próximos anos, em que haja interesse e com certeza existe necessidade de mão de obra especializada, porque não é só a CNEN - Comissão Nacional de Engenharia Nuclear que precisa desse engenheiro. Existem outras empresas que também precisam e a gente tem projetos interessantes, importantes no setor, como, por exemplo, o submarino nuclear”, avaliou o conselheiro do Crea-RJ, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Neilson Marino Ceia.

O conselheiro do Crea-RJ, engenheiro eletricista Hugo Karam, pondera: “nós queremos fazer uma reflexão e apresentar um desafio a respeito da capacitação técnica nesses momentos de transição energética e também na área de obras que estão paralisadas para que nós possamos juntos trazer uma solução mais de Engenharia possível e de sustentabilidade”, disse 

Fala, estudante!

“Eu me sinto muito honrado por ter participado desse evento, por ter sido lembrado pelo Crea-RJ no evento o qual eles fizeram para parabenizar os estudantes. E eu queria muito que acontecesse mais vezes para que nós sejamos orientados com palestras e seminários sobre qual caminho devemos seguir”, avalia o estudante de Engenharia Mecânica da Unesa, Lucas Esteves.

Confira o vídeo