Dia Internacional da Matemática

No dia 14 de março, é comemorado o Dia Internacional da Matemática. A data foi oficializada pela Unesco em 2019 e criada pela União Internacional da Matemática, com objetivo de incentivar instituições de ensino, museus e outras entidades a promover atividades para demonstrar como a matemática está presente em todos os aspectos da vida cotidiana. 

Neste dia também é celebrado o Dia Internacional do Pi, constante matemática iniciada com 3,14, já que no padrão norte-americano, o mês é escrito antes do dia. O Pi é um número irracional (a representação decimal é um dízima não periódica) e é encontrado quando se divide o comprimento de uma circunferência pelo seu diâmetro, sendo muito utilizado em cálculos geométricos de figuras que possuem formatos circulares.  

A Unesco também destaca que a matemática é primordial para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e o tema da primeira edição foi “Matemática está em tudo”. Um dos exemplos concretos do uso da matemática no dia a dia, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global), ferramentas de pesquisa na internet, exames médicos e até o design de montanhas-russa. Outras aplicações citadas são busca por vida extraterrestre, sistema de tráfego aéreo, criptografia, análises de epidemias, lançamento de satélites e foguetes para o espaço. 

 Atenta ao fenômeno mundial de baixa inserção de mulheres nas ciências exatas, a entidade também incentiva que no Dia Internacional da Matemática sejam relembradas as trajetórias e contribuições de importantes pesquisadoras como Hipátia de Alexandria, considerada a primeira matemática na Grécia antiga; a norte americana Mary Winston Jackson, engenheira aeroespacial negra da NASA que trabalhou na missão que levou o homem à Lua; a iraniana Maryam Mirzakhani, primeira e única mulher a ganhar a Medalha Fields, e a norte-americana Karen Uhlenbeck, primeira mulher receber o Prêmio Abel, que reconhece o pioneirismo científico em conquistas matemáticas.  

Breve história da matemática

A matemática surgiu da necessidade das pessoas de medir e contar objetos, é uma relação do ser humano com a natureza. A forma como é conhecida hoje, surgiu no Antigo Egito e no Império da Babilônia, cerca de 3.500 a.C, para edificações, impostos, colheita e observação de astros. A partir do movimento do Sol e da Terra, os egípcios estabeleceram os 365 dias e que o dia tinha duração de 24 horas. 

Já na pré-história, o homem primitivo já sentia a inevitabilidade de medir a distância entre as fontes de água ou para capturar algum animal. E quando este se tornou sedentário, fixo no mesmo lugar, passou a quantificar a quantidade de alimento para consumir e entender o ciclo das estações do ano para plantar e colher. 

Na Grécia Antiga, os gregos também utilizaram a matemática para fins filosóficos, como o Tales de Mileto que descobriu que a interseção entre duas retas paralelas e transversais formam segmentos proporcionais. Nos estudos sobre a arché, o princípio do universo, o filósofo pré-socrático Parmênides afirmou que os números são a essência de todas as coisas existentes e que as leis que regiam o cosmos também eram relações matemáticas.

Os romanos continuaram com a base matemática dos gregos e a aplicaram nas construções e no sistema de cobrança de impostos. Os números romanos são simbolizados por letras e o seu método de multiplicação facilitou cálculos mais complexos. 

Na Idade Moderna, Isaac Newton descreveu a lei da gravidade através dos números e da própria geometria,confirmando o modelo heliocêntrico que até hoje é estudado com as Leis de Newton. Nesse período também, a calculadora foi desenvolvida pelo francês Blaise Pascal, que também escreveu sobre geometria no “Tratado do Triângulo Aritmético” e até sobre fenômenos físicos sobre a lei das pressões sobre determinado líquido. 

Na contemporaneidade, a Revolução Industrial impulsionou ainda mais o uso da matemática. As universidades se transformaram em um lugar para descobertas e estudos sobre novos teoremas. No século XX, a  Teoria da Relatividade de Albert Einstein desafiou os matemáticos a expressarem em números as suas ideias, colocando uma nova perspectiva sobre a compreensão do tempo e do espaço. Nas Engenharias, a matemática também se torna um item importante para a criação e manutenção de novas tecnologias que vão facilitar o funcionamento de diversas áreas da vida em sociedade. 

 

 O Crea-RJ celebra o Dia Internacional da Matemática e parabeniza todos os profissionais que a utilizam para novas descobertas e fazem suas aplicações nos estudos e pesquisas para um mundo mais evoluído. 

 

Fontes: Unesco, Mentalidades Matemáticas

 

 

Parabéns ao município de Carapebus, por seus 30 anos!

A origem de Carapebus encontra-se ligada à de Macaé, município ao qual pertencia até recentemente como sede distrital. O início da colonização ocorreu em 1627, quando a Coroa portuguesa concedeu a militares portugueses, que lutaram na expulsão dos franceses da baía de Guanabara, as terras entre o rio Macaé e o cabo de São Tomé. 

A ocupação da área remonta à primeira metade do século XVII, tendo o núcleo inicial de Macaé progredido com base na economia canavieira, em torno da antiga fazenda dos jesuítas, constituída de engenho, colégio e capela, situada no morro de Santana. Já na segunda metade do século XVIII, 20% das terras de Carapebus pertenciam, na forma de sesmarias,onde se plantava as culturas de feijão e mandioca e se dedicava à criação de gado, além de arrendar grande parte da área. No final do século XVIII, parte das terras foi vendida, constituindo-se a fazenda de São Domingos. 

No início do século XIX, com o crescimento da cultura de cana-de-açúcar na região, aquela fazenda passou a ser uma das mais prósperas do Norte Fluminense. Outras importantes atividades econômicas da região foram a agropecuária e a pesca. O desenvolvimento da localidade de Macaé motivou sua elevação à categoria de vila em 1813, sob o nome de São João de Macaé, cujo território foi desmembrado dos municípios de Cabo Frio e Campos. 

No período colonial, a vila evoluiu rapidamente, favorecida pela posição geográfica de maior acessibilidade ao Norte Fluminense, passando à categoria de cidade em 1846. O alicerce da economia de Macaé foi, por muitos anos, o cultivo da cana-de-açúcar, que respondeu por um crescimento demográfico expressivo nos séculos XVIII e XIX. O município chegou a desempenhar o papel de porta de entrada e saída do Norte Fluminense, favorecido pela ligação com Campos dos Goytacazes, através do canal Macaé-Campos e da implantação da ferrovia ligando essas duas sedes municipais. 

A usina de Carapebus foi fundada nos idos de 1927, época em que ainda existiam na região muitas outras usinas de açúcar, sendo a primeira fonte de renda e de emprego do então terceiro distrito de Macaé. Carapebus adquiriu sua autonomia municipal em 19 de julho de 1995, em face da edição da Lei nº 2.471, e foi instalado em 1º de janeiro de 1997. 

O Crea-RJ parabeniza Carapebus por seus 30 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Nota de Apoio: CREA-RJ defende valorização dos engenheiros e agrônomos nas IFEs

 

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) manifesta seu apoio integral às Emendas 123, 207 e 270 da Medida Provisória 1286/2024, que propõem a adequação da carga horária dos engenheiros e agrônomos que atuam nas Instituições Federais de Ensino (IFEs). As emendas estabelecem uma jornada de 20 horas semanais, com possibilidade de ampliação para 40 horas mediante remuneração proporcional, garantindo mais equilíbrio e reconhecimento para esses profissionais.

As emendas buscam corrigir uma desigualdade histórica, garantindo que engenheiros e agrônomos tenham uma jornada compatível com a relevância de seu trabalho nas Instituições Federais de Ensino. Esses profissionais desempenham um papel essencial na manutenção, modernização e ampliação da infraestrutura acadêmica e de pesquisa, contribuindo diretamente para a qualidade do ensino superior.

Além de promover justiça e valorização profissional, a aprovação dessas emendas contribuirá para a retenção de engenheiros e agrônomos nas IFEs, garantindo que suas competências sejam aproveitadas de forma adequada e alinhadas às necessidades institucionais. Em um momento em que o Novo PAC prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões nas instituições federais, é essencial assegurar um quadro técnico qualificado para planejar e executar melhorias na infraestrutura universitária.

O CREA-RJ reafirma seu compromisso com a defesa da engenharia, da agronomia e das geociências e conclama as autoridades a aprovarem essas emendas, garantindo condições de trabalho justas e compatíveis com a relevância desses profissionais para o desenvolvimento do país.

Profissionais do CREA-RJ participam de Diretoria de Mudanças Climáticas da OAB-RJ que será empossada nesta sexta-feira

A nove meses da realização da COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), em Belém (PA), a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, instala a Diretoria de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, que será dirigida pela advogada ambiental Monique da Fonseca Mello Frota. A diretoria é integrada por 25 profissionais, entre os quais dois meteorologistas e uma engenheira florestal, que são registrados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ) – o professor adjunto da Uerj, Lúcio de Souza, William Cossich e a engenheira florestal Adriana Reis.

Souza é meteorologista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001), Mestre (2004) e Doutor (2010) em ciências em Engenharia Civil - Engenharia Ambiental (área de concentração de Ciências Atmosféricas em Engenharia) pela Coordenação dos Programas de Pesquisa e Pós Graduação em Engenharia COPPE-UFRJ. Cossich é meteorologista com pós-doutorado em sensoriamento remoto e experiências com a meteorologia no setor elétrico e na defesa civil. Adriana Reis é Engenheira Florestal pela UFRRJ (2001), mestre em Engenharia de Transportes (2011) e especialista em Desastres Ambientais e Engenharia de Defesa (2018), pelo IME, pesquisadora no Programa de Pós Graduação em Dinâmica dos Oceanos e da Terra da UFF e responsável pelo cumprimento da MARPOL pela Bureau Veritas Group.

A líder do grupo é a advogada ambiental Monique Frota, que é mestranda em biociência e saúde na Fiocruz e por isso mesmo vai ressaltar as principais consequências para a saúde dos eventos climáticos e meteorológicos extremos no Rio de Janeiro e no país.

“Vamos discutir a questão ambiental, mas também buscarmos parceria com outras instituições para a criação de um protocolo de enfrentamento aos eventos climáticos extremos”, afirma Monique Frota, preocupada com a necessidade de se tomar medidas práticas de prevenção para se enfrentar as consequências para a saúde das ondas de calor extremo assim como os desastres ambientais.

A Diretoria de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável foi criada pela atual presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio, a primeira mulher a dirigir a entidade fundada há 94 anos. 

A diretora Monique Frota também defende que o Rio de Janeiro retome o protagonismo na questão ambiental. Entre suas principais propostas à frente da Diretoria de Mudanças Climáticas, está a busca de diálogo permanente com entidades como as prefeituras e as secretarias de Defesa Civil a fim de ampliar o fortalecimento da sociedade civil no enfrentamento às mudanças climáticas.

A Diretoria de Mudanças Climáticas da OAB-RJ toma posse nesta sexta-feira, dia 14 de março, na sede da OAB-RJ. A diretoria é formada por 25 pessoas, entre advogados, meteorologistas, biólogos e engenheiros. 

Participarão da mesa da solenidade de posse a presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio; Monique Fonseca Mello, a diretora de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável da OAB-RJ; o presidente do CREA-RJ, engenheiro Miguel Fernández; o conselheiro da Seccional Leandro Mello Frota; e Marçal Cavalcanti, presidente da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) e o deputado estadual Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente. 

Durante o evento será lançado o livro “Direito Ambiental Empresarial”, coordenado por Monique Fonseca Mello Frota, Leandro Mello Frota e Jean Marc Sasson, advogado,  vice-diretor de Mudanças Climáticas e Mestre pela PUC-RJ. 

Programa Mulher CREA-RJ lança Campanha de Conscientização pela Não Violência contra a Mulher

Mais de 21 milhões de mulheres foram vítimas de algum tipo de violência nos últimos 12 meses no Brasil. O dado alarmante faz parte da pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgada nesta semana. 

Esse é o maior número já registrado desde o início da série histórica do estudo, em 2017, e revela um cenário preocupante para a segurança das mulheres no Brasil, que é o quinto colocado na triste lista dos países que mais matam mulheres no mundo.

No Rio de Janeiro, a recente edição do  Dossiê Mulher do Instituto de Segurança Pública do Governo do Estado traz um estudo aprofundado sobre o tema e reúne estatísticas oficiais de segurança pública sobre a violência contra a mulher. De acordo com o dossiê, somente em 2023, 140.910 mulheres fluminenses foram vítimas de violência.

Diante desta situação alarmante, o Programa Mulher CREA-RJ  lança hoje, 11 de março, uma campanha de conscientização pela não violência contra a mulher. 

Como agir diante de um caso de violência contra a mulher?

Especialistas reforçam que a denúncia é um dos passos mais importantes para romper o ciclo da violência. O CREA-RJ reforça algumas orientações essenciais para mulheres em situação de violência e para quem deseja ajudar:

  • Denuncie: Ligue para 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (Polícia Militar)
  • Busque apoio: Procure Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) ou centros de acolhimento.
  • Não se cale: O silêncio perpetua a violência. Compartilhe informações e incentive denúncias.
  • Apoie vítimas: Se você conhece alguém que sofre violência, ofereça apoio e informação sobre onde buscar ajuda.
Assista ao vídeo de lançamento da Campanha Pela Não Violência contra a Mulher do Programa Mulher CREA-RJ

Parabéns ao município de Barra do Piraí, por seus 125 anos!

 

Situada em território inicialmente habitado pelos índios coroados, Barra do Piraí é citada pela primeira vez em 1843, por ocasião da compra de um sítio na foz do rio Piraí pelo dono da fazenda São João da Prosperidade, em Ipiabas, onde se produzia café. 

O núcleo que deu origem ao município acha-se historicamente ligado ao aparecimento de aglomeração formada em 1853 com o objetivo de construir uma pequena ponte de madeira sobre o rio Piraí. Pouco depois, na margem oposta do rio Paraíba, surge o pequeno povoado de Sant’ana. 

A inauguração da estrada de ferro D. Pedro II, em 1864, e a posterior expansão dos ramais em direção a São Paulo e ao norte de Minas Gerais concorreram para que o povoado se tornasse uma das principais praças comerciais do interior, favorecendo a criação da freguesia de São Benedito da Barra do Piraí, pertencente ao município de Piraí e, mais tarde, pela deliberação de 11 de dezembro de 1886, o distrito de paz. 

As mercadorias destinadas aos centros urbanos e propriedades rurais do Médio Vale do Paraíba eram transportadas por barcaças que utilizavam o rio como principal via de transporte. A carga de retorno, predominantemente de café, também chegava pelo rio até a barra para então ser embarcada nos trens. 

A atividade cafeeira diminuiu com o passar dos anos e as fazendas passaram paulatinamente da agricultura para a pecuária. Com a Proclamação da República e a mudança do poder político, Barra do Piraí foi elevada a município em 10 de março de 1890, tendo suas terras desmembradas dos municípios vizinhos. 

A sede municipal situa-se na confluência dos rios Piraí e Paraíba do Sul, trecho em que a topografia é conhecida como mar de morros, estando as áreas planas inteiramente ocupadas pelo centro comercial e administrativo. A cidade foi seccionada pela via permanente da RFFSA (atualmente sob gestão da MRS) e, na área mais central, ocorre o entroncamento das ligações ferroviárias com São Paulo e Minas Gerais. 

O trem continuou a ser um meio de ligação importante entre os municípios vizinhos e a capital até os anos 50, quando, por opção dos governos estadual e federal, as estradas de rodagem passaram a ser valorizadas. Muitas das linhas férreas que cruzavam Barra do Piraí foram desativadas ou perderam sua importância. A cidade, porém, manteve o comércio variado, serviços bancários, indústrias e facilidade de transporte rodoviário e ferroviário. O turismo natural e cultural está em expansão, com a adesão de proprietários das antigas fazendas de café do município, algumas abertas à visitação, outras se tornando pousadas.

 

O Crea-RJ parabeniza Barra do Piraí por seus 125 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Dia do Telefone

No dia 10 de março, é celebrado o Dia do Telefone. Um meio de comunicação indispensável na contemporaneidade, a data é uma homenagem à primeira transmissão elétrica de fala realizada por Alexander Graham Bell, cientista e professor norte-americano de origem escocesa, em parceria com Thomas Augustus Watson, em 10 de março de 1876. 

Realizado como um aprimoramento do telégrafo, criado em 1835 por Samuel Finley Morse, que já permitia a transmissão de uma mensagem por vez, o primeiro telefone era composto por um transmissor e um receptor conectados por um fio e marcou a comunicação à distância. Sendo assim, para transmitir a voz, era necessário um microfone primário que transformava o som em sinais elétricos, que viajavam do fio até o receptor. Quando o som chegava a esse receptor, era transformado de volta em som audível. 

Outros inventores, como Antonio Meucci e Elisha Grey desenvolveram tecnologias semelhantes. Grey no mesmo ano já trabalhava no seu próprio protótipo de telefone, registrou a patente horas depois de Graham Bell, no dia 14 de fevereiro de 1876, e Meucci, italiano que vivia nos Estados Unidos, ainda conseguiu apresentar a versão inicial de seu dispositivo em 1854, mas não conseguiu patentear por questões financeiras. 

História da invenção

Na primeira transmissão, a partir de seu telefone que estava no sótão, Bell conseguiu falar com Watson, de outro cômodo a seguinte frase: “Senhor Watson, venha aqui, preciso vê-lo!”. Após esse feito, Graham Bell levou o telefone para a Exposição Universal da Filadélfia (Centennial Exhibition), que aconteceu em 1876 em homenagem aos cem anos dos Estados Unidos.

E foi nessa exposição que Dom Pedro II reconheceu Bell, já que os dois já haviam se conhecido na escola de surdos-mudos em Boston, local onde Bell lecionava. O Imperador ficou interessado no telefone, e participou da demonstração. Bell ficou à distância com o aparelho transmissor, e começou a recitar os versos de Shakespeare: “Ser ou não ser”, e com isso Graham Bell conseguiu atrair os jurados, a imprensa e o público para o que viria revolucionar a forma de se comunicar. 

Em 1877, Graham Bell e seu sogro Gardiner Hubbard fundaram a Companhia Telefônica Bell (Bell Telephone Company), atualmente a American Telephone & Telegraph (AT&T), sendo responsável pela implantação e difusão do telefone nos Estados Unidos e ao redor do mundo.

O telefone no Brasil

Dom Pedro II foi o primeiro a comprar ações da companhia de Bell e no mesmo ano aconteceu a instalação dos primeiros telefones no Brasil, localizado no Palácio Imperial da Quinta da Boa Vista, ingressando em território nacional um ano depois de sua criação, em 1877. As primeiras redes foram instaladas no Rio de Janeiro, capital do Império, e São Paulo e o país foi o primeiro país após os Estados Unidos a possuir linhas telefônicas. 

A primeira companhia brasileira foi fundada em 1883, a Companhia Telefônica Brasileira, que veio a se tornar a Telerj, voltada para os serviços na área do Rio de Janeiro. A privatização das empresas estatais ocorreu nos anos de 1990 e a ativação dos primeiros celulares foi em São Paulo, em 1998. A telefonia celular democratizou o acesso ao telefone no país, diminuindo as distâncias e levando vozes a lugares remotos.

Evolução do telefone 

Até o modelo móvel e com acesso a internet, foi um longo caminho de evolução tecnológica. Em 1880, surgiram os primeiros telefones com discagem manual e início da criação das primeiras linhas telefônicas conectadas por operadores. Já em 1915, foi feita a primeira ligação transcontinental nos EUA, conectando Nova York a São Francisco. 

O ano de 1940 ficou marcado pela introdução dos telefones rotativos, garantindo mais autonomia aos usuários para que eles discassem diretamente o número desejado, sem a necessidade de passar para uma telefonista da central para fazer o redirecionamento para o local desejado. Em 1963, o sistema de discagem por tom (DTMF) foi melhorado para o sistema de discagem rotativa. 

A mobilidade começou a dar seus primeiros passos com o lançamento do telefone sem fio em 1980 e com a expansão da tecnologia de telefonia celular, aumentou o número de usuários móveis. Na década dos anos 2000 e 2010, foram desenvolvidos os smartphones, que revolucionaram ainda mais a forma de se comunicar, mais rápido e eficiente, como se fossem mini computadores na palma da mão. Internet, câmera e aplicativos se tornaram partes indispensáveis desse aparelho. Atualmente, a tecnologia 5G está sendo ampliada para proporcionar mais velocidade de conexão e ainda mais recursos nos celulares. 

 

O Crea-RJ celebra o Dia do telefone e destaca a importância do conhecimento para o desenvolvimento de novas tecnologias que possam facilitar a vida de todos, otimizar processos e dissolver barreiras para que cada vez mais todos avancem juntos. 

 

 

Parabéns ao município de Cantagalo, por seus 211 anos!

Cantagalo fazia parte do grande sertão de Macacu. Teve como primeiros habitantes os índios coroados e goitacases, que desapareceram da região por volta de 1855. A colonização iniciou-se em meados do século XVIII, em função da febre do ouro que atraiu aventureiros de todos os cantos.

O crescimento de Cantagalo, contudo, não foi interrompido pelo fim da febre do ouro. Se a terra era pobre em metais, por outro lado era extremamente fértil. Surgia por toda a serra a cultura do café, transformando a localidade em uma das mais importantes da província. O município foi, então, emancipado por alvará de 9 de março de 1814 e instalado em 8 de outubro do mesmo ano, recebendo o nome de São Pedro de Cantagalo. 

Por iniciativa do barão de Nova Friburgo, e praticamente por ele patrocinado, foi construído o ramal ferroviário entre Cantagalo e Nova Friburgo, concluído em 1883. Em 1891, uma epidemia de febre amarela dizimou grande parte da população e, em consequência, foram implementadas obras de saneamento e melhoramentos na cidade, modernizando seu sítio urbano. 

A partir da crise das lavouras cafeeiras, passaria o município por um longo período de decadência e estagnação. A emancipação de velhos distritos lhe causaria significativa perda territorial. Famílias arruinadas abandonaram suas antigas fazendas e casarões. O gado, em regime extensivo, substituiria o café no solo enfraquecido por quase um século de plantio e a população chegaria a diminuir. 

Somente nas últimas décadas do século XX o calcário entraria em cena, arrojando Cantagalo em novo ciclo de ascensão econômica. Atualmente, a indústria assume a liderança na geração de renda, com destaque para o setor cimenteiro, mas a pecuária ainda constitui importante aspecto econômico do município. 

 

O Crea-RJ parabeniza Cantagalo por seus 211 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Dia Internacional da Mulher

No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional das Mulheres. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 8 de março de 1975, com o objetivo de combater as desigualdades e discriminação de gênero em escala global, representando também a luta histórica. No período de sua oficialização, no movimento operário, as mulheres lutavam por melhores condições de trabalho e para que seus salários fossem equiparados aos dos homens. 

Apesar dos avanços ao longo dos anos, como o direitos ao voto, ao trabalho, à educação e, principalmente o controle de seus direitos reprodutivos, ainda há uma igualdade plena entre os gêneros. De acordo com os dados da pesquisa realizada pelo Instituto Brasieliro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao quarto trimestre de 2023, revelam que o Brasil contava com 90,6 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, das quais 47,8% milhões faziam parte da força trabalho e seu rendimento chega a apenas a R$4.600, enquanto a média salarial desses homens é de R$7.268, ou seja, elas receberam 63,3% do rendimento dos homens, em razão do rendimento habitual. 

E também de acordo com a  pesquisa divulgada na terceira edição do estudo Estatística de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, em 2023, mulheres são minoria em funções gerenciais, em uma relação de 60 por 40. A diferença aumenta com a idade – quando se considera pessoas de 60 anos ou mais, só 27,1% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres. O percentual de mulheres na Câmara dos Deputados é mais um exemplo de desigualdade entre gêneros. Hoje, só 17,9% das cadeiras da Casa Baixa são ocupadas por parlamentares do sexo feminino.

Contexto histórico

Clara Zetkin sugeriu a criação do Dia Internacional das Mulheres em 1910. Ela era uma ativista, defensora dos direitos das mulheres no âmbito trabalhista e membro do Partido Comunista Alemão, e tinha como objetivo possibilitar que o movimento operário desse maior atenção às mulheres trabalhadoras. A ideia foi proposta durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague. Haviam 100 mulheres, de 17 países e elas concordaram com a sugestão por unanimidade.

Mas já em 1908, 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York exigindo a redução das jornadas de trabalho nas fábricas, o aumento salarial e o direito ao voto. Em 1909, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Internacional das Mulheres. 

No dia 25 de março de 1911 aconteceu um incêndio na fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova York, nos Estados Unidos. Foi um grande acidente industrial que causou a morte de centenas de pessoas, com um número estimado entre 130 a 150 trabalhadores, em sua grande maioria mulheres. Como as portas na fábrica de tecido eram trancadas para impedir os funcionários de sair durante as pausas dos turnos, todos morreram queimados. O evento marcou não só a história, mas também o mês de março. 

No mesmo ano o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional das Mulheres e a data foi celebrada pela primeira vez na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Não existia uma data fixa, porém na guerra de 1917, o dia foi formalizado após uma greve realizada por mulheres russas que exigiam "pão e paz". Quatro dias depois da greve, passando para o dia 8, o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.

A data foi oficializada em 1975, quando reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nela é celebrado o engajamento na política e os avanços econômicos das mulheres na reivindicação por igualdade salarial.

Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento

O tema deste ano para o Dia das Mulheres representa um chamado para ações que possam ampliar a igualdade de direitos, poder e oportunidades para todas, e um futuro feminista que nenhuma mulher seja deixada para trás. O empoderamento da próxima geração é a parte central para a ideia expressa no tema.

O ano de 2025 é um momento decisivo na busca global pela igualdade de gênero e pelo empoderamento das mulheres, já que marca o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. Adotado por 189 governos ao fim da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em 1995 na cidade de Pequim, o documento continua sendo o instrumento mais progressista para a promoção dos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo, contando com amplo apoio. A Plataforma orienta políticas, programas e investimentos que impactam áreas críticas, como educação, saúde, paz, mídia, participação política, empoderamento econômico e eliminação da violência contra mulheres e meninas. Junto com prioridades emergentes relacionadas à justiça climática e ao poder das tecnologias digitais, se torna urgente ao ser abordado essa temática porque faltam apenas cinco anos para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2030.

Sob a bandeira da campanha global da ONU Mulheres para marcar o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, “Para TODAS as Mulheres e Meninas”, o Dia Internacional da Mulher deste ano é um chamado à mobilização em três áreas principais: promover os direitos de mulheres e meninas; promover a igualdade de gênero e fomentar o empoderamento. 

O Programa Mulher 

O Programa Mulher do Sistema Confea/Crea e Mútua foi criado para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, mais especificamente o ODS n°5, que visa à equidade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas e o n°10, que tem como objetivo reduzir as desigualdades dos países, entre várias outras metas que preconizam a defesa dos direitos das mulheres. 

O Programa Mulher Crea-RJ tem como objetivo orientar, capacitar e encontrar maneiras de estimular a participação feminina e seu protagonismo dentro do Sistema Confea/Crea, por meio de políticas e iniciativas que sejam atrativas para o gênero, bem como incentivar o registro profissional de mulheres nas áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências em sua jornada profissional e acadêmica. O Programa Mulher foi instituído no Confea em setembro de 2019 e já está em pleno funcionamento nos 27 Conselhos Regionais, no Crea-RJ, já há mais de 10 anos.

O Crea-RJ parabeniza e apoia todas as mulheres por suas lutas e conquistas por igualdade ao longo de suas trajetórias e os espaços que elas abrem para que cada vez mais a geração futura possa se inspirar e o conhecimento seja plural e abrangente. 

Fontes: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Tribunal Regional Eleitoral - PR e ONU Mulheres

ÚLTIMOS DIAS para inscrições no evento especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Atenção! Últimos dias para inscrições no evento especial em homenagem ao Dia Internacional da Mulher!

O Programa Mulher do CREA-RJ promoverá, no dia 10 de março, um evento especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, com o tema "Da Luta à Liberdade: Celebrando a Evolução dos Direitos e a Autenticidade Feminina", que será realizado na sede do Conselho (Rua Buenos Aires, 40, 4º andar), das 9h30 às 12h.

A iniciativa, que tem como objetivo reafirmar o compromisso do Programa Mulher CREA-RJ com a promoção da equidade de gênero e a construção de um ambiente profissional mais justo e inclusivo,  marca o início de um mês de atividades voltadas ao fortalecimento da participação feminina no Sistema Confea/Crea e na Mútua, além de proporcionar um espaço de reflexão sobre os avanços e desafios na luta pelos direitos das mulheres.

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