Colaboração entre CREA-RJ, Mútua-RJ e Defesa Civil de Petrópolis é discutida em reunião

Em reunião realizada recentemente, o Presidente do CREA-RJ, Miguel Fernández, a Diretora da Mútua-RJ, Ana Paula Masiero, e o Secretário de Proteção e Defesa Civil do município de Petrópolis, Rodrigo Werner, discutiram a colaboração entre as instituições por meio de cooperação técnica.

Durante o encontro, foram abordados diversos tópicos essenciais para a mitigação de desastres, incluindo a necessidade de infraestrutura por meio de obras de engenharia em contenções, drenagem e licenciamento de obras. Além disso, discutiram-se sistemas de predição de desastres, utilizando serviços técnicos de engenharia, geologia, geografia, meteorologia e hidrologia.

Como ações concretas, foi proposta a criação de um cadastro e capacitação de profissionais para atuarem em apoio à Defesa Civil. Esses profissionais teriam a oportunidade de adquirir experiência para participar de processos seletivos na área. Também foi sugerida a criação de cursos on-line para nivelamento de conhecimentos, apoio em projetos preventivos e pós-desastre, incluindo a articulação com órgãos parceiros e a participação em um projeto piloto para a busca de soluções de redução de riscos de desastres ambientais no município de Petrópolis.

Essa parceria visa fortalecer a infraestrutura e a capacidade de resposta a desastres ambientais em Petrópolis e demais municípios, beneficiando diretamente a população com ações preventivas e melhorias nas políticas de defesa civil.

Crea-RJ vai apurar a existência de responsáveis técnicos por manutenção de elevadores que registraram acidentes

Em menos de 24 horas, houve três acidentes em elevadores no Rio, dois deles em prédios públicos e outro num edifício residencial. Um ocorreu no Hospital Municipal Salgado Filho, deixando um morto, no Méier, e outro no prédio da Secretaria Estadual de Fazenda, causando ferimentos em uma pessoa, no Centro. O terceiro ocorreu em Copacabana, e resultou na morte de um homem.

Imagem: Bombeiros no local do acidente com elevador do Salgado Filho/ Reprodução

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai apurar a existência de responsáveis técnicos nos três locais. A lei 5.194, de 1966, determina que os serviços técnicos precisam ter a participação de um profissional habilitado.

 O Crea-RJ já constatou que o responsável pela manutenção do elevador que despencou no Hospital Salgado Filho não tem registro no Crea de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o que indica alguma irregularidade. A Fiscalização do Crea-RJ vai enviar equipes aos locais de acidente a fim de apurar a responsabilidade pela prestação do serviço. 

O Crea verificou que a empresa responsável pela manutenção do elevador da Secretaria de Fazenda está regularizada no Conselho, mas vai apurar o que aconteceu.

Presidente do Crea-RJ defende plano de ação das engenharias em seminário sobre ‘cidades resilientes’

Principal alvo da campanha Construindo Cidades Resilientes, liderada pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos (UNDRR), as mudanças climáticas registradas ao redor do globo foram o tema do seminário “Cidades Resilientes: Gestão de Riscos e Sustentabilidade”, realizado nesta segunda-feira, dia 24/06, na sede da Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Após agradecer o  convite feito pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade e Gestão de Riscos (CESGRi), da FGV, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, apresentou propostas para o enfrentamento dos eventos climáticos extremos.

O presidente do CREA-RJ, Miguel Fernández, participa de seminário na FGV: propostas para o setor das engenharias enfrentar os eventos climáticos, em apoio às autoridades estaduais e municipais

Como os setores de engenharia devem agir? O principal ponto é termos um plano de ação com equipes treinadas, da ponta até na recuperação emergencial necessária. Não podemos nos dar ao luxo de longos prazos para licitar, enquanto as famílias estão em condições difíceis. O Crea-RJ vem avançando num convênio com o Instituto Brasileiro de Avaliações de Perícia de Engenharia (Ibape) para obter laudos sobre as construções afetadas, no menor tempo possível. É preciso haver um componente profissional treinado para reagir com a velocidade necessária. Precisamos de projetos de engenharia dentro de uma política pública de estado, que estejam em plataformas on-line colaborativas, que tornem esses projetos perenes”, defendeu Miguel Fernández, ressaltando que os governos precisam também alertar os órgãos de controle para “se acabar com lógica da contratação de serviços pelo menor preço, mas, sim, pelo melhor preço para mantermos o mercado de engenharia nacional e regional do Estado do Rio de Janeiro”.

Participante da mesa intitulada “Os limites e possibilidades do nosso estado no planejamento para a resiliência”, ao lado do pesquisador Sérgio Ruy Barbosa, ex-secretário de Planejamento do Estado do Rio, Miguel falou sobre os desafios dos eventos climáticos para o setor das engenharias. Ele também colocou o sistema Crea-RJ à disposição do Centro de Operações Rio para colaborar com a construção de estratégias a fim de propor soluções rápidas e eficientes para lidar com os eventos climáticos extremos.

Especialista em engenharia urbana, Miguel Fernández, ressaltou que, para tornar as cidades resilientes, “as tomadas de decisão precisam ser de estado”. 

“A gente vê chuvas ou falta de chuvas, que impacta seriamente a disponibilidade hídrica, como aconteceu em São Paulo em 2015; há várias crises, sanitárias, como foi a Covid, crises sociais e de segurança pública, que a gente vive quase que constantemente aqui no Rio. A questão transcende as chuvas e deslizamentos de terra”, observou Miguel, elogiando a atitude heroica de bombeiros, policiais e integrantes da Defesa Civil na atuação emergencial.

A abertura do evento foi feita pela coordenadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade e Gestão de Riscos (CESGRi) da Fundação Getúlio Vargas, Carmen Migueles. O seminário foi promovido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade e Gestão de Riscos da FGV-EBAPE e pelo FGV In Company, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Segurança Pública do estado, e buscou apresentar soluções para aumentar a resiliência e segurança das cidades do Estado do Rio de Janeiro.

O primeiro a palestrar foi o coronel bombeiro Márcio Romano, subsecretário estadual de Defesa Civil, representando o comandante-geral da corporação, Leandro Monteiro. Romano lembrou que desde 2017 o Estado do Rio participa do programa MCR 30 (Making Cities Resilient), da ONU, que tem uma ferramenta para monitoramento da participação de cada município integrado ao programa.

Do total de 92 municípios do Estado do Rio, 73 estão participando do programa. Os 19 municípios restantes precisam ser integrados à campanha, observou o coronel Romano, mas isso só ocorrerá se cada prefeito se conscientizar da importância deste movimento em defesa das cidades. 

O Centro de Operações Rio, representado pelo chefe-executivo Marcus Belchior, apresentou todas as iniciativas adotadas pela Prefeitura do Rio no sentido de preparar a capital fluminense para eventos climáticos extremos. O chefe-executivo do COR compartilhou experiências vividas na gestão pública municipal e falou sobre os desafios e os próximos passos do equipamento público.

“O grande diferencial do Centro de Operações foi conseguir integrar diversos órgãos das esferas estadual, municipal e federal num único lugar. Após construído, ainda em 2010, fomos aprendendo a gerir o COR. E chegamos ao momento atual: dados sistematizados e metas claras de ações de mitigação e adaptação climática. Nosso desafio agora é implantar a Inteligência Artificial em até dois anos”, destacou Belchior, comprovando com números como houve aumento de eventos climáticos por ano no estado. A frequência passou de um evento a cada seis anos (entre 1931 e 1996) para um evento por ano (entre 2010 e 2024). 

Também participaram do seminário autoridades como Claudia Mello (secretária estadual de Saúde), Maurílio Nunes (subsecretário estadual de Segurança Pública), Fernando Maia (vice-presidente do Grupo Energisa) e o ex-secretário de Planejamento do estado, Sérgio Ruy Barbosa. Pesquisador associado do CESGRi, Barbosa lembrou de pesquisa da Casa Fluminense, de que 22 cidades da Região Metropolitana do Rio têm 1 milhão e 100 mil residências em áreas de alagamento, o que equivale quase um terço das habitações da Baixada Fluminense. Para Barbosa, a boa notícia é que pesquisa da Quaest constatou que 64% da população associa os desastres ambientais às mudanças climáticas.

Presidente do Crea-RJ é homenageado com a medalha Amigos da Agenersa

                                                  O presidente do CREA-RJ, engenheiro Miguel Fernández, mostra a medalha e o certificado recebidos das mãos do conselheiro Portela Filho, ao lado do presidente da Agenersa, Rafael Menezes

 

O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, foi homenageado com a medalha “Amigos da Agenersa” entregue pelo conselheiro da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro, José Antônio de Melo Portela Filho, na Casa G20 (Teatro Laura Alvim), na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na noite desta sexta-feira, dia 21 de junho. A homenagem foi decidida pelo conselho diretor e pelo presidente da agência, Rafael Menezes. 

Criada em 6 de junho de 2005, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio é a responsável pela regulação técnica, econômica e comercial dos contratos de concessão e permissões de serviços públicos nas áreas de saneamento e energia do estado. 

Fernández foi agraciado ao lado dos seguintes homenageados: o governador do estado, Cláudio Castro; o deputado federal Hugo Leal, vice-presidente da Comissão de Minas e  Energia da Câmara dos deputados; o prefeito de Macaé, Welberth Rezende; o promotor de Justiça Rodrigo Terra; o defensor público do Estado do Rio Eduardo Chow de Martino Tostes; e o presidente da Associação Brasileira de Agências Reguladoras, Vinicius Fuzeira de Sá e Benevides. 

                                                                                                                   Os sete agraciados com a medalha Amigos da Anegersa com o presidente e conselheiros da agência

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Rodrigo Bacellar; o deputado estadual Carlos Minc; o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Moreira Miccione; e o presidente da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, Luiz Zveiter, também foram agraciados, mas não puderam comparecer à cerimônia.

O presidente da Anegersa, Rafael Menezes, ressaltou que a agência funciona sobre três pilares: governança, transparência e capacitação. Um dos agraciados, o governador Cláudio Castro, destacou que tem trabalhado “para que a agência seja forte e isenta para fazer do Rio o melhor lugar para se empreender na área de energia e saneamento”. Representando os agraciados com a medalha, o deputado Hugo Leal reforçou a importância de as agências de regulação “serem organismos de estado e não de governo”.

Concedida pela primeira vez, a medalha “Amigos da Agenersa” foi criada pelo presidente da Agência, Rafael Menezes, por meio de portaria em 23 de outubro do ano passado. A medalha de bronze tem formato circular. Ao centro, tem a logomarca da Agenersa (o desenho de uma gota d’água) e no verso a inscrição Dia Mundial do Meio Ambiente. A homenagem é concedida a quem prestou relevantes serviços na área de energia e abastecimento de água no estado.

                                                                                                                                                                    A medalha foi concedida pela primeira vez

“Estou recebendo essa homenagem de uma instituição de extrema relevância para os setores das engenharias, a Agenersa, na minha área de atuação profissional. Desejamos todo sucesso aos colegas que estão à frente da agência, num momento fundamental com novos desafios com as concessões de abastecimento de água e saneamento. Podem contar conosco, no Crea”, afirmou Miguel Fernández.

Com 41 anos, Miguel Fernández é o presidente mais jovem da história do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), autarquia federal que completou em 5 junho 90 anos. O Conselho tem hoje cerca de cem mil engenheiros em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Miguel Fernández é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2009) e tem Mestrado em Engenharia Urbana também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2019). É engenheiro civil hidráulico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor do curso de Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ. 

Ele tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Recursos Hídricos e Saneamento, já tendo trabalhado anteriormente no setor na empresa de projetos/consultoria da Aquacon Engenharia (2006-2010) e na Companhia Estadual de Esgotos e Água do Rio de Janeiro, Cedae (2010-2015). 

 

 

Crea-RJ presta esclarecimentos aos parentes de jovem que morreu no Riocentro

Assessorado por uma equipe multidisciplinar, o chefe de gabinete da presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), Rodrigo Machado, recebeu na sexta-feira passada, dia 7 de junho, parentes do jovem João Vinícius Ferreira Simões, de 25 anos, que sofreu um choque e morreu depois de encostar num food truck durante forte chuva no festival de música “I Wanna Be Tour”, na madrugada do dia 10 de março passado, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio.

 

A mãe da vítima, Roberta Isaac Ferreira, é a segunda da esquerda para a direita. Em primeiro plano, Rodrigo Machado, chefe de gabinete da Presidência, e Cosme Chiniara gerente de fiscalização do CREA-RJ

 

Realizada na sede do Crea-RJ, no Centro do Rio, a audiência foi solicitada pela mãe do jovem, Roberta Isaac Ferreira, que havia enviado e-mail pedindo informações sobre o andamento da fiscalização feita pelo Crea-RJ. Depois de manifestar condolências a Roberta Ferreira, Rodrigo Machado destacou que “a atual gestão do Crea-RJ é comprometida com a missão de proteger a sociedade” e por isso mesmo criou uma comissão de fiscalização de grandes eventos, que já atuou também no desfile das escolas de samba e no show de Madonna. Além de Machado, participaram da reunião o gerente de fiscalização do Crea-RJ, Cosme Chiniara; procuradora-geral do Crea, Karen Cristina; e a representante da Ouvidoria, Jacqueline Frinhani.

Após a reunião, Roberta Isaac Ferreira, a mãe do rapaz, enviou e-mail à Ouvidoria do Crea-RJ, agradecendo pela atuação da fiscalização do Conselho:

“A atuação rápida e eficiente de todos os envolvidos foi crucial para assegurar que os padrões éticos e profissionais da engenharia fossem mantidos. Agradeço pelo compromisso do CREA em zelar pela integridade e pela qualidade dos serviços prestados à sociedade.
A fiscalização e a subsequente apuração dos fatos não só reforçaram a confiança na profissão, mas também serviram como um lembrete importante da responsabilidade que cada profissional de engenharia tem perante a sociedade”, afirmou Roberta.

Desde que o episódio veio a público, a Gerência de Fiscalização do Crea-RJ tem feito intenso trabalho com levantamento de informações sobre a situação das empresas e profissionais de engenharia envolvidos no caso. O Crea-RJ verificou a contratação de oito empresas que atuaram no evento, assim como oito responsáveis técnicos. Esses profissionais registraram um total de nove Anotações de Responsabilidade Técnica (ART).

A fiscalização produziu um relatório de 82 páginas, que tem anexado o relatório da perícia de local feita pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que apontou falhas nas instalações elétricas em caixas subterrâneas usadas para a passagem de cabos e num trailler, onde a vítima levou o choque.

A fiscalização constatou também que o engenheiro responsável pelas instalações elétricas é o mesmo que seria responsável pelo aterramento elétrico, que tem a função de proteger o usuário do equipamento das descargas atmosféricas. Este profissional de engenharia tem registro no Crea-SP, e é um dos 13 indiciados pelo inquérito da Polícia Civil. Se a Câmara de Engenharia Elétrica encaminhar o caso para a Comissão de Ética, a infração prevê punições que vão da censura reservada até a cassação do registro profissional.

“A Fiscalização do Crea-RJ conseguiu reunir toda a documentação solicitada pela Câmara Especializada em Engenharia Elétrica, produzindo um relatório que foi enviado à própria câmara. Neste momento, a Câmara vai analisar se encaminha ou não o caso à Comissão de Ética do Crea”, destacou o gerente da fiscalização do Crea-RJ, Cosme Chiniara, acrescentando ter obtido todos os elementos necessários para balizar a análise da Câmara de Engenharia Elétrica.Cosme Chiniara observou também que “o caso contribuiu para tornar mais rigorosa a fiscalização dos grandes eventos, especialmente quanto à responsabilidade técnica relacionada às instalações elétricas e de aterramento”.

O gerente da fiscalização do Crea-RJ afirmou também que o episódio comprova a importância em “haver uma fiscalização atuante e que seja capaz de rastrear os responsáveis e assim garantir a proteção da sociedade e o exercício legal da profissão”.

Dia do Geólogo


Os geólogos são profissionais que se dedicam ao estudo da Terra, bem como a  matéria que a compõe, o seu mecanismo de formação, as alterações que ocorrem desde sua origem e a estrutura que a superfície possui atualmente. Eles também são responsáveis por garantir a disponibilidade de materiais essenciais para a economia e o desenvolvimento, assim como avaliar riscos e desenvolver estratégias para minimizar os impactos de terremotos, vulcões e outros eventos geológicos. 

Esses profissionais desempenham um papel fundamental na sociedade, pois atuam, principalmente, na exploração e gestão de recursos naturais, como minerais, petróleo, gás e água subterrânea, além de serem essenciais no estudo da contingência de desastres naturais, como terremotos e deslizamentos de terra.  

O curso de Geologia foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais formados na área foram normatizadas pela Resolução Nº 1.010, pela Lei Federal Nº 4.076, publicada em 23 de junho de 1962 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). 

Em 30 de maio, comemora-se o Dia do Geólogo.

Graduação

O curso confere o título de bacharelado e licenciatura, possuindo cerca de quatro a cinco anos de duração. Trata-se de uma jornada que prepara os alunos para se tornarem especialistas no que se diz respeito ao planeta Terra, suas composições, estrutura e processos. Neste caminho, os estudantes são introduzidos a disciplinas como mineralogia, petrologia, paleontologia, estratigrafia, geofísica, entre outras matérias que servem como base para o conhecimento prático do geólogo. 

 

Pós-Graduação

A pós-graduação em Geologia, assim como o mestrado e doutorado, oferece oportunidades para que o profissional possa entender os processos geológicos e aplicar seus conhecimentos em contexto prático e em pesquisa, bem como técnicas avançadas utilizadas para a análise da superfície terrestre, classificação de rochas e solos, batimetria e geodésia, análise de laboratório e modelagem teórica, assim como realizar exames químicos e físicos de materiais. O geólogo pode se especializar nas seguintes áreas:

 

  • Mineralogia: se dedica ao estudo dos minerais, suas propriedades, metamorfismo, estrutura, gênese e meteorização. Nesse cenário, o profissional mineralogista identifica e classifica minerais usando técnicas avançadas e investiga processos geológicos que levam a sua formação, aplicando o seu conhecimento em indústrias tecnológicas e ambientais, além de conduzir pesquisas em universidades e institutos. 

 

  • Petrologia: se dedica ao estudo de rochas ígneas, metamórficas e sedimentares para entender sua formação, composição e transformação. Os profissionais desta área utilizam técnicas como microscopia e análise química para analisar a composição e textura das rochas, além de investigar processos geológicos que formam as rochas e reconstruem as condições ambientais durante sua formação. 

 

  • Geologia do Petróleo: foca na exploração e produção de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural). O profissional desta área trabalha com a identificação e mapeio de reservatórios potenciais de petróleo e gás utilizando dados sísmicos, geofísicos e geológicos, assim como o volume de hidrocarbonetos presentes nestes reservatórios, planejar e supervisionar a perfuração destes poços para a extração de petróleo e gás.  Além disso, eles avaliam e mitigam os impactos ambientais associados à exploração e produção do produto. 

 

  • Sismologia: atua na investigação de terremotos e da propagação de ondas sísmicas na Terra. Os profissionais desta área monitoram a atividade sísmica e desenvolvem sistemas de alerta precoce, além de analisar dados sísmicos para compreender a estrutura interna da Terra e os processos tectônicos. 

 

O Crea-RJ reconhece e valoriza o papel dos geólogos na mitigação e adaptação às mudanças climáticas, nas boas práticas ambientais e nas perspectivas futuras que garantem a segurança e o bem-estar da população. Parabenizamos todos esses profissionais por sua incansável busca pelo conhecimento e pela verdade científica.

88 anos de fundação do IBGE

Em 29 de maio de 1936, o Brasil testemunhou um marco histórico: a fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Nascido sob o nome de Instituto Nacional de Estatística (INE), o órgão federal viria a se tornar um pilar fundamental para o desenvolvimento do país, fornecendo dados precisos e confiáveis sobre o território e a população brasileira.

A criação do IBGE não foi um evento isolado. Desde o período imperial, o Brasil já reconhecia a importância de coletar e analisar dados estatísticos. Em 1871, a Diretoria Geral de Estatística foi fundada, mas a necessidade de um órgão mais abrangente e coordenado se tornou cada vez mais latente, especialmente após a implantação do registro civil em 1888.

Em 1934, o então presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto nº 24.609, instituindo o INE. Essa data marca o início oficial da história do IBGE, que viria a ser oficializado em 1940. A partir de então, o órgão se dedicou a realizar pesquisas e levantamentos abrangentes sobre o Brasil, abrangendo desde a demografia e economia até a Geografia e Cartografia.

O Censo Demográfico

Um dos primeiros grandes projetos do IBGE foi o Censo Demográfico de 1940, o primeiro realizado em todo o território nacional. Esse censo forneceu dados importantes sobre a população brasileira, como tamanho, distribuição espacial, composição racial e etnia, nível educacional e condições de vida. As informações coletadas se tornaram essenciais para o planejamento de políticas públicas e investimentos em áreas estratégicas.

 

Ao longo dos anos, o IBGE se consolidou como uma instituição de referência no cenário nacional e internacional. O órgão expandiu seu escopo de atuação, realizando pesquisas e levantamentos cada vez mais complexos e abrangentes. Entre os principais trabalhos do IBGE estão:

 

  • Censos Demográficos: realizados a cada dez anos, fornecem um panorama detalhado da população brasileira.
  • Produção Agrícola Municipal (PAM): coleta dados sobre a produção agrícola em todo o país.
  • Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): investiga as condições de saúde da população brasileira.
  • Pesquisa Mensal de Comércio (PMC): acompanha o desempenho do setor de comércio varejista.
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): mede a inflação no país.

 

A Importância do IBGE para o Brasil

O IBGE é peça fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Seus dados subsidiam a formulação de políticas públicas em diversas áreas, como educação, saúde, infraestrutura, segurança e desenvolvimento social. As informações coletadas pelo órgão também são utilizadas por empresas, instituições de pesquisa e a sociedade civil para embasar decisões estratégicas e promover o bem-estar da população.

Ao longo de sua história, o IBGE se consolidou como um símbolo de conhecimento e transparência. Seus dados são essenciais para o planejamento do futuro do Brasil e para a construção de uma sociedade mais justa e próspera. A instituição se dedica a garantir a qualidade e a confiabilidade de suas informações, utilizando metodologias rigorosas e tecnologias de ponta.

 

O Crea-RJ homenageia o IBGE por seu papel de referência nacional e internacional na produção de conhecimento, fornecendo dados cruciais para o desenvolvimento brasileiro. Nosso reconhecimento extensivo ao notável quadro técnico de geógrafas e geógrafos, cujas dedicação e  proeminência têm sido imprescindíveis para esse processo de disseminação e valorização da Geografia no país.

Seaerj tem proposta de alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal: obra duraria quatro anos e custaria cerca de R$ 1 bilhão

Em seminário a ser realizado hoje, a Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj) vai apresentar a proposta de uma alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal – que abastece dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, e sofreu uma paralisação no mês passado por causa de uma tragédia ambiental no Rio Guapiaçu. Criado em 1954, portanto há 70 anos, esse sistema opera em sua capacidade máxima.

– Até agora ninguém conseguiu descobrir a origem da poluição por tolueno e caso isso volte a acontecer o abastecimento de água será novamente afetado. É preciso que haja uma alternativa, que seja feita uma grande obra, com a construção de um túnel-adutor de 48 quilômetros, ligando o Rio Paraíba do Sul a Guapimirim – afirma o vice-presidente da Seaerj, o engenheiro Francisco Filardi, que será o mediador do seminário “Reforço e garantia de abastecimento de água para a Região Metropolitana da Grande Rio e Grande Niterói”, que vai acontecer às 17h30m desta quarta-feira, dia 22, na sede da entidade, na Glória. 

O projeto de construção do sistema alternativo de abastecimento de água prevê quatro anos de obras a um custo aproximado de R$ 1 bilhão e 100 mil. Filardi observa que esses recursos poderiam ser obtidos por meio de financiamento do BNDES e do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Formado pela Universidade Federal Fluminense em 1961, Francisco Filardi ingressou em 1963 como engenheiro no Departamento de Estradas de Rodagem da Guanabara (DER-GB), responsável por soluções para o tráfego rodoviário que crescia na época, como resultado da expansão da indústria automobilística nacional. O engenheiro lembra ter trabalhado com o governador Carlos Lacerda, que construiu o sistema Guandu, prometendo água para o Rio até o ano 2000. Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o sistema passou a atender também a Baixada Fluminense. Vinte e quatro anos depois, o sistema Guandu já dá sinais de 

O evento contará com a presença dos engenheiros Carlos Eduardo Siqueira Nascimento, Flávio Miguez de Mello e Isaac Volschan Junior. O seminário tem o apoio de diversas entidades, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), a  Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), a Associação dos Antigos Alunos da Politécnica (A3P); a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RJ), a Academia Nacional de Engenharia (ANE), e o IE – Instituto de Engenharia. (IE)

O evento é aberto ao público e será transmitido ao vivo no Canal da Seaerj no Youtube:

https://www.youtube.com/@seaerjoficial4648

MAIS INFORMAÇÕES 

Engenheiro Francisco Filardi cel (21) 99985-4835

Saiba mais sobre os palestrantes:

Carlos Eduardo Siqueira Nascimento foi engenheiro do Setor de Hidrologia da Eletrosul, de 1976 a 1997. Também atuou nas disciplinas: Hidrologia, Hidráulica I e Obras Hidráulicas, 2000/2001 na Escola de Engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina. É consultor em hidrologia.

Flavio Miguez é engenheiro civil com especialização em hidráulica, pela UFRJ, e mestre em Ciência em Geologia pela mesma instituição. Flávio é referência em Engenharia de barragens e hidrelétricas. Atuou em projetos hidroelétricos em países da América do Sul, África e Europa. Atuou como professor visitante ou convidado em diversas universidades, dirigiu associações técnicas no Brasil e no exterior. 

Isaac Volschan é o professor Titular do Depto. de Recursos Hídricos e Meio Ambiente – Escola Politécnica da UFRJ, também já foi coordenador em cursos da UFRJ, coordenador em pesquisas no âmbito de programas da FINEP, CNPq, CAPES, FAPERJ, CYTED e Fundação COPPETEC. É atualmente Diretor de Engenharia da Aquacon Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda.

Crea-RJ comemora os 170 anos da ferrovia no Brasil em evento na Aenfer

Foi uma data histórica para a área tecnológica: 170 anos da ferrovia no Brasil. O Crea-RJ foi à sede da Aenfer –  Associação dos Engenheiros Ferroviários prestigiar o evento comemorativo, que também celebra o Dia do Ferroviário.

O presidente da Aenfer, engenheiro eletricista Marcelo Freire da Costa, abriu as comemorações. “No decorrer destes 170 anos tivemos muitas vitórias, mas também foi muito difícil. A ferrovia nesses últimos anos atravessa um momento crucial. Ela está numa encruzilhada e nós temos que olhar para frente. Nós temos que olhar que é importante a inovação tecnológica para trazer a ferrovia de novo para perto da população”.

Representando o presidente do Crea-RJ, engenheiro civil Miguel Fernández, que estava cumprindo outra agenda, compareceu ao evento o 1º vice-presidente, engenheiro de produção Alberto Balassiano. “A ferrovia é um modal muito importante para o nosso país, embora ele não esteja tão desenvolvido quanto a gente gostaria. Por isso é importante estarmos prestigiando aqui esta solenidade”. 

Além de Balassiano, do Crea-RJ também estiveram presentes o diretor Alexandre Almeida e os conselheiros Licinio Machado, Therezinha Magalhães e Lilian Borges. 

“A rede ferroviária ajudou muito no desenvolvimento do país, levando tanto riquezas, distribuindo mercadoria e até, na época, numa data mais longínqua, até de trem que fazia o pagamento no interior do país”, lembra Lilian Borges.

O conselheiro Licínio Machado, que fez parte da Comissão de Mobilidade Urbana do Crea-RJ,  afirma: “Sem trilho, a gente nunca vai conseguir resolver o problema dos transportes. Então, vamos mudar essa tendência, a do rodoviarismo, e criar mais transporte ferroviário para que todos possam viver melhor aqui no Rio de Janeiro’.

Para a conselheira Therezinha Magalhães, engenheira ferroviária de carreira, a situação do transporte ferroviário no Rio de Janeiro é muito triste. “Aqui foi muito sucateado e nós esperamos que tanto a parte de carga quanto a de transporte de pessoas melhore”. 

Ao longo da celebração, que contou com a participação do grupo vocal Som Bonde Carioca, ex-presidentes da Aenfer receberam medalhas comemorativas pelos 70 anos de ferrovia no Brasil.

Ferroviários apaixonados tinham muitas histórias para contar e fizeram questão de dar seu depoimento, como a presidente da Federação das Associações de Engenheiros Ferroviários, Clarice Soraggi. “Os exemplos dos que passaram e deixaram nos trilhos, nos ferros, as suas marcas de trabalho, nos dá a certeza de que não foi em vão e que enquanto tivermos a vida, a vida será através dos nossos trilhos”.

Ex-presidente da Aenfer, Ruben Eduardo Ladeira, também deu a sua fala. “Eu, realmente, tenho uma paixão muito grande pela ferrovia, mas espero que a iniciativa privada desenvolva a ferrovia porque é o modal mais importante para transporte não só de passageiros como também de carga”. 

Ex-ferroviário, escritor e associado da Aenfer, Mauricio Fernandes Gomes de Souza declarou seu amor pela ferrovia. “A ferrovia fez parte da minha vida e como tal ela está dentro de mim. E para o país, considero ser vital”.

Associado mais jovem da Aenfer, o engenheiro do Metrô Rio Henrique Carou faz parte da nova geração de ferroviários.  “Sou dessa turma que está chegando para render a turma que já fez tanta coisa nessa ferrovia. Nós esperamos fazer a ferrovia e o Brasil se desenvolverem  em cima dos trilhos”. 

O vice-presidente técnico, cultural e de preservação da memória ferroviária da Aenfer, Helio Suêvo, acredita na retomada da ferrovia no Brasil: “Além de muita luta e muito empenho, nós esperamos e estamos ansiosos para que o governo brasileiro defina a retomada do desenvolvimento da ferrovia no Brasil. Por isso a gente precisa muito do apoio político e, principalmente, da mobilização da sociedade civil”.

Ao final da cerimônia, o presidente da Aenfer descerrou a placa comemorativa alusiva aos 170 anos da ferrovia no Brasil. Foi um dia de reencontros, comemoração e muita emoção.

 

A Aenfer

Com 87 anos de história, a origem da Aenfer é a Associação de Engenheiros da Estrada de Ferro Central do Brasil – AECB, que foi  fundada em 19 de junho de 1937. Em 26 de março de 1992, juntando-se a outras associações de engenheiros – Administração Geral da Rede Ferroviária Federal, AEAG e Companhia Brasileira de Trens Urbanos, AECBTU – deu origem à Aenfer.

Desde o princípio, seu quadro associativo esteve aberto a todos os ferroviários: inicialmente aos da Estrada de Ferro Central do Brasil e, posteriormente, no período AENFER, aos ferroviários de todo o Brasil. Sempre esteve presente na defesa da classe ferroviária, dos destinos da ferrovia nacional e da preservação de sua memória histórica. 

Participa ativamente no Crea-RJ, onde ocupa uma cadeira no Plenário da Câmara Especializada de Engenharia Civil, com um representante e um suplente.

Tendências de tecnologias e a neoindustrialização do Brasil é tema de encontros no Clube de Engenharia

O Clube de Engenharia realiza na próxima quarta-feira, dia 6 de março, às 18h, a 32ª edição do evento “Encontros com Tecnologia”, que reúne profissionais de diversas áreas, sempre com o objetivo de trocar informações e experiências sobre o universo tecnológico. A entidade realiza o evento toda primeira quarta-feira do mês – exceto feriados –, trazendo especialistas para conversar sobre temas que interessam a todos que lidam com ciência, tecnologia e inovação e empreendedorismo de base tecnológica. A informação foi dada pela assessoria de comunicação do Clube de Engenharia, localizado na Avenida Rio Branco 124, no Centro do Rio.

O encontro também permite a oportunidade de networking temático, estimulando a interação entre os participantes, que enriquecem o evento com seus conhecimentos e experiências.

O tema de março é “Tendências de Tecnologias e a Neoindustrialização do Brasil”.
O país vive fase crucial na medida em que precisa retomar seu processo de desenvolvimento econômico e social. A queda participação da indústria no PIB, o alto desemprego e subemprego e a crise pela qual passaram instituições de ensino e de pesquisa são fatores que propiciam a estruturação de uma nova visão estratégica, que resgate a vocação do Brasil para a ciência e a tecnologia e encontre as oportunidades adequadas para o crescimento dentro do cenário atual das transformações vividas pelo mundo. Para falar sobre essa perspectiva desafiadora e promissora, foi convidado o engenheiro Fernando Peregrino, atual Chefe de Gabinete da FINEP e coordenador da Comissão Temática da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, no tema da Neoindustrialização.

Fernando Peregrino é também o idealizador dos seminários sobre o tema, que estão sendo promovidos pela FINEP com o objetivo de gerar subsídios para a 5ª CNCTI. Engenheiro pela UFF, com mestrado e doutorado pela COPPE/UFRJ em engenharia de produção em Gestão e Inovação, já exerceu os cargos de Presidente da FAPERJ, do PRODERJ e secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro. Escreveu diversos artigos e capítulos de livro da área de ciência, tecnologia e inovação. Ex-Presidente do Fórum dos Secretários de Estado de Ciência e Tecnologia, é também diplomado pela RNP – Rede Nacional de Pesquisa – como construtor da Internet.br. Coordenou, ainda, a implantação do Projeto I-2000, o maior complexo de pesquisa em engenharia do Centro de Tecnologia da UFRJ.

Inscrições no link abaixo

https://www.sympla.com.br/evento-online/encontros-com-tecnologia-tendencias-de-tecnologias-e-a-neoindustrializacao-do-brasil/2347783?referrer=engenhariaemrevista.com.br