Aula de Defesa Pessoal Gratuita em comemoração ao Dia Internacional da Mulher: inscreva-se!

No contexto do Dia Internacional da Mulher, é essencial promover a valorização e o empoderamento das profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências, muitas vezes inseridas em ambientes predominantemente masculinos. Oferecer um momento de integração, aprendizado e bem-estar é fundamental. 

Este evento será realizado por meio de uma parceria entre a Mútua-RJ e o CREA-RJ, no âmbito do Programa Mulher. Essa colaboração institucional reforça a importância de ações conjuntas para promover a igualdade de gênero e o protagonismo feminino em um setor tradicionalmente desafiador para as mulheres.

A aula de defesa pessoal é um evento voltado à prática da autodefesa, não apenas como forma de garantir a segurança pessoal, mas também auxiliar as mulheres vítimas ou ameaçadas de violência física, além de servir como um instrumento de fortalecimento da confiança e autonomia feminina.

“Vamos fechar o mês de celebração do Dia Internacional das Mulheres com uma aula de defesa pessoal. Pensando na prática da autodefesa não apenas como forma de garantir a segurança pessoal, mas também de auxiliar as mulheres vítimas ou ameaçadas de violência física, além de servir como um instrumento de fortalecimento da confiança e autonomia feminina”, afirma a diretora da Mútua-RJ e coordenadora do Programa Mulher Crea-RJ, Ana Paula Masiero.

O objetivo do evento é promover o empoderamento feminino através de uma manhã de atividades que envolvam defesa pessoal, networking e reflexão sobre autonomia e segurança, alinhando bem-estar físico e emocional com o fortalecimento da comunidade feminina nas áreas tecnológicas e científicas.

A aula acontecerá no dia 29 de março, das 8h30 às 11h30, na Quinta da Boavista.

 

Inscreva-se!

Inscrições abertas para o curso MBE Energia da PUC-Rio

O curso MBE Energia é um curso de pós-graduação Lato Sensu do Departamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio em parceria com a Universidade do Setor de Petróleo e Gás (UnIBP) e o Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC), sendo este o responsável pela coordenação acadêmica. O M.B.E. se destina àqueles que se interessam pela área de energia. 

Serão considerados elegíveis para inscrição os profissionais de engenharia, administração, economia, direito e áreas afins, formados em instituições de ensino devidamente reconhecidas pelo Ministério de Educação e portadores de diploma legalmente reconhecido para exercício de suas profissões no Brasil.

O objetivo é contribuir para a capacitação técnica de profissionais de nível superior na área de engenharia, planejamento e regulação no setor de energia. Os alunos ao concluírem o curso estarão aptos a exercer diferentes atividades associadas à avaliação dos projetos, ao planejamento e à consistência regulatória, com conhecimentos gerais e específicos para entender, discutir, tomar decisões e colaborar em projetos e sistemas tratados no ambiente do curso. Esses assuntos englobam as fases de estudos preliminares de projetos, seus aspectos introdutórios a viabilidade técnico-econômico e regulatória.

O início do curso será em março, com aulas às terças e quintas, das 17h às 20h.

Profissionais do Crea-RJ em dia com a anuidade 2025 têm 5% de desconto no valor do curso. 

Mais informações no portal do CCE PUC-Rio

10 curiosidades sobre a Agricultura Brasileira

A agricultura é um dos setores que mais movimenta a economia no Brasil.Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o PIB da agropecuária cresceu 11,3% no primeiro trimestre de 2024, quando comparado ao trimestre anterior. No primeiro trimestre de 2023, ano em que o país registrou safra recorde de grãos, o crescimento do PIB do setor foi de 16,2%, na mesma base de comparação. 

A alta da agropecuária influenciou o crescimento do PIB brasileiro, que cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024. Com o resultado, a participação da agropecuária subiu de 6,7% para 7,4% do PIB total. E esse resultado ficou acima do esperado em relação à expectativa do mercado. A Bloomberg previa 0,7% de crescimento, a LCA tinha esperado alta de 0,5% e a Agência Estado, de 0,7%. 

E em 2023, a agropecuária brasileira cresceu 15,1%, com um total de R$677,6 bilhões. O setor teve a maior alta entre as atividades e refletiu diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 2,9% em relação ao ano anterior, com R$10,9 trilhões, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Brasil, o celeiro do mundo

O Brasil é líder mundial em diversos produtos agrícolas. O país ocupa o 1º lugar na produção e exportação de soja, café, açúcar e suco de laranja; o segundo maior em carnes bovina e o terceiro de frango.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States of Agriculture - USDA), o país é responsável por aproximadamente 59% das exportações totais de soja, 31% de café, 48% de açúcar e 76% de suco de laranja.  

O país também é o terceiro maior exportador mundial de produtos agropecuários, aproximadamente USD 150,1 bilhões, atrás apenas da União Europeia e Estados Unidos (TradeMap, ITC, 2023). Além disso, o volume das exportações de produtos agropecuários cresceu 21,2% e suas receitas em dólar 7,3% em 2023, quando comparado ao ano anterior. Só para a China, o crescimento foi de 57,2% em volume, e 19,3% em receita.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE) revelou que várias culturas registraram crescimento de produção no ano de 2023, tendo como destaque a soja (27,1%) e o milho (19,0%), que alcançaram produções recordes na série histórica.

Agricultura sustentável

A agricultura brasileira se divide principalmente entre o agronegócio e a agricultura familiar, dois modelos produtivos com impactos distintos na economia e na sociedade. O agronegócio se caracteriza pela produção em larga escala, voltada principalmente para exportação, com alto nível de mecanização e aplicação de tecnologia de ponta. Ele é responsável por grande parte do PIB agrícola do país e pelo abastecimento dos mercados internacionais.

Já a agricultura sustentável apresenta um carácter tridimensional – ambiental, econômico e social – aplicado a atividades agrícolas que atendam a promoção da satisfação contínua das necessidades básicas de alimento e abrigo da população. Cerca de 70% das propriedades agrícolas no Brasil são familiares. Muitas delas adotam práticas sustentáveis, como o plantio direto e a rotação de culturas. 

É esse modelo o responsável pela quase totalidade da produção dos alimentos consumidos internamente, como feijão, mandioca, hortaliças, frutas e leite. Além disso, a agricultura familiar adota práticas sustentáveis, como o plantio direto, a rotação de culturas e o uso reduzido de agroquímicos, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a geração de empregos no campo.

A importância das abelhas

As abelhas são fundamentais para a segurança alimentar. Elas são responsáveis por 70% da polinização das plantas agrícolas no Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Através desse serviço ambiental, elas atuam na regeneração das florestas e da biodiversidade, tendo ainda importância fundamental na alimentação humana e proporcionando a existência de muitos alimentos presentes no cotidiano.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization - FAO), 70% das culturas agrícolas dependem das abelhas. A polinização é fundamental para garantir a alta produtividade e a qualidade dos frutos em diversas culturas agrícolas. Um levantamento feito pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicou que 100% das espécies de amêndoas, 90% das maçãs e mirtilos, 48% dos pêssegos, 27% das laranjas, 16% do algodão e 5% da soja dependem das ações das abelhas para se desenvolverem. 

 O Brasil é o maior consumidor de arroz fora da Ásia

Além de ser um dos principais produtores de arroz do mundo, o Brasil é o maior consumidor per capita deste alimento fora do continente asiático. Em 2024, foram produzidas 10,58 milhões de toneladas de arroz, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa). Apesar dos preços baixos do arroz no período de pré-pandemia e, com isso, a migração para outras culturas como soja e milho, além das enchentes no rio Grande do Sul em 2023, o setor ainda mostra sua capacidade de adaptação.

O uso crescente de agricultura de precisão, sistemas de irrigação eficientes e ferramentas de monitoramento de solos permite otimizar a produção e reduzir desperdícios, tornando o processo menos dependente de recursos naturais. Esse manejo integrado, além de garantir uma gestão mais sustentável da lavoura, possibilita que os produtores tomem decisões mais rápidas e assertivas, minimizando riscos e maximizando o uso de insumos.

 Biomas Diversificados

A agricultura brasileira ocorre em diferentes biomas, como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica, cada um com características únicas que influenciam as práticas agrícolas. O bioma Amazônia ocupa cerca de 49% do território brasileiro e a Amazônia possui a maior floresta tropical, contendo uma diversidade de espécies de flora e fauna. Também contém 20% da disponibilidade mundial de água e grandes reservas minerais. 

A Mata Atlântica ocupa aproximadamente 13 % do território brasileiro. Por se localizar na região litorânea, ocupada por mais de 50% da população brasileira, é o Bioma mais ameaçado do Brasil. Apenas 27% de sua cobertura ­florestal original ainda está preservada. Já o Cerrado, ocupa cerca de 24% do território brasileiro. A partir da década de 1960, com a transferência da Capital Federal, do Rio de Janeiro para Brasília, e a abertura de uma nova rede rodoviária, a cobertura vegetal natural deu lugar à pecuária e à agricultura intensiva.

O milagre da irrigação

O projeto de irrigação do Vale do Rio São Francisco, no sertão da Bahia e de Pernambuco, transformou uma região semiárida em uma área produtiva, especialmente para a fruticultura. A produção dos projetos públicos de irrigação mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) alcançou em 2023 a marca de 4,11 milhões de toneladas de alimentos. 

E houve o crescimento de 4% das áreas cultivadas, que sustentaram 343,2 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. No período, o valor bruto de produção (VBP) chegou a R$5,48 bilhões, com destaque para a fruticultura. Os dados fazem parte do balanço de produção consolidado pela Área de Irrigação e Operações da Companhia.

Agronegócio é tech

O Brasil é líder em tecnologia agrícola, com uso crescente de drones, sistemas de monitoramento, irrigação automatizada e agricultura de precisão. Em relação ao aumento da produção, a automação de tarefas, o uso de maquinário avançado e a implementação de sistemas de informação permitem que os agricultores realizem suas atividades com rapidez e precisão, otimizando os processos e aumentando a quantidade e qualidade dos produtos.

Na tomada de decisões, fornece ferramentas e sistemas de coleta, análise e gestão de dados, permitindo que os produtores obtenham informações precisas e atualizadas sobre suas culturas, condições climáticas, mercado, entre outras variáveis. Com essas informações, também é possível a prevenção e o controle de pragas e doenças. 

A mandioca é milenar

A mandioca é uma planta nativa do Brasil e é cultivada há mais de 5.000 anos. Hoje, é um dos principais alimentos básicos do país. A mandioca é nativa do Brasil e ao longo de milhares de anos, diversas espécies e variedades surgiram da interação com os povos indígena e demais agricultores que povoaram as terras do país. É um produto da agricultura familiar brasileira, e patrimônio de comunidades e povos tradicionais. 

Apesar da inegável importância, o principal alimento na mesa do brasileiro hoje é o trigo, um hábito que ganhamos na colonização europeia. E 85% do trigo que é consumido, proveniente de grandes monoculturas, a partir de variedades modificadas e uso intensivo de deserbantes, conservantes e agrotóxicos. Uma receita que resulta em um gasto de 1 bilhão de reais por ano.

Cinco estados que mais produzem grãos no Brasil

Em primeiro lugar está o Mato Grosso, contribuindo com 17%  do Valor Bruto da Produção (VBP). Em seguida vem São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024, segundo a estimativa de março do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), segundo o IBGE. A liderança do Mato Grosso é impulsionada pela soja, sendo um estado beneficiado pelo clima favorável e pela sua infraestrutura logística. 

O estado do Paraná é relevante na produção de milho e trigo, enquanto o Rio Grande do Sul se destaca pelo arroz, trigo e milho, além da produção de carne bovina e suína, ambos tendo facilidade no escoamento da produção, com exportações relevantes no setor agropecuário. Já em Minas Gerais, seu destaque é na produção de café, leite, feijão e milho. Em 2022, o PIB do agronegócio mineiro cresceu 6,3%, representando mais de 22% do PIB total do estado.

A produção de soja é a principal commodity do País e caiu 1,6% na comparação com o previsto em fevereiro e deve chegar a 146,9 milhões de toneladas. Essa quantidade equivale a uma retração de 3,3% na comparação com o total produzido em 2023. O resultado negativo pode ser explicado pela presença de fenômenos climáticos como o El Niño.

 Agro corresponde a 20% do PIB brasileiro

O setor agrícola é um dos mais importantes para a economia brasileira, gerando empregos e renda para milhões de pessoas. Fechou em 2024 correspondendo a 20% do PIB Brasileiro e a expectativa é que cresça 5% em 2025. O agronegócio corresponde a cadeias produtivas que vão desde a produção agrícola até a agroindústria e o transporte de mercadorias. Em 2024, manteve sua relevância na economia e a expectativa para 2025 é de um crescimento de 5%, impulsionado pelo aumento da demanda global por alimentos e pela adoção de novas tecnologias no campo.

A agricultura é um dos pilares da economia brasileira e um setor estratégico para o desenvolvimento do país. Profissionais como engenheiros agrônomos, engenheiros florestais e engenheiros ambientais desempenham um papel fundamental no manejo, na modernização e na sustentabilidade da produção agrícola. 

O Crea-RJ, como o Conselho Profissional que regulamenta essas profissões, trabalha com foco na qualidade dos serviços prestados e na segurança alimentar, buscando conscientizar sobre a importância do avanço tecnológico aliado à proteção dos recursos naturais.

Engenheiro abolicionista que modernizou o abastecimento de água no Rio ganha exposição na Biblioteca Nacional

André Rebouças. Reprodução Internet

O engenheiro André Rebouças (1838-1898) foi fundamental na modernização do abastecimento de água no Rio de Janeiro durante o Império. No século XIX, a cidade enfrentava sérios problemas de abastecimento, especialmente com o crescimento populacional e a precariedade dos antigos sistemas de distribuição.

Até então, o abastecimento da cidade dependia do Aqueduto da Carioca, construído no período colonial, e de chafarizes públicos. No entanto, com a urbanização e o aumento da população, esse sistema tornou-se insuficiente, resultando em falta d’água e proliferação de doenças, como febre amarela e cólera.

Como engenheiro militar e especialista em infraestrutura, André Rebouças propôs e coordenou a construção de um novo sistema de captação e distribuição de água para o Rio de Janeiro. Sua principal contribuição foi a Adução do Rio do Carioca, um projeto de engenharia avançado para a época, que melhorou a captação, transporte e distribuição da água potável.

Além disso, Rebouças projetou e implementou um sistema de canalização subterrânea, garantindo que a água chegasse a diferentes bairros de forma mais eficiente. Ele também defendeu a proteção das nascentes e cursos d’água para evitar a contaminação.

Graças ao seu trabalho, o abastecimento de água na capital imperial foi significativamente ampliado, reduzindo as crises hídricas e melhorando as condições sanitárias da cidade. André Rebouças não só deixou sua marca na infraestrutura urbana, mas também se destacou como abolicionista e defensor do progresso social.

Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Por tudo isso, André Rebouças foi incluído, em outubro do ano passado, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. A inclusão foi feita por projeto de lei sancionado pelo presidente Lula. Criado em 1992, o livro reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram suas vidas ao país em algum momento da história.

A inclusão do nome do engenheiro no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é também um reconhecimento da luta negra contra a escravidão. André Rebouças foi um dos primeiros engenheiros negros do país. Formado em engenharia militar em 1861, pela Escola Militar da Praia Vermelha, André foi um dos pioneiros da engenharia no país e contribuiu significativamente para projetos de modernização, como a construção de estradas de ferro, pontes e sistemas de abastecimento de água. Sua habilidade técnica e visão progressista o tornaram uma figura influente na corte imperial, onde foi consultor do imperador Dom Pedro II. 

Carta assinada pelo engenheiro André Rebouças. Acervo Técnico da Biblioteca Nacional

Exposição na Biblioteca Nacional

O vulto histórico agora ganha uma exposição de documentos históricos sobre sua trajetória, aberta na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. A exposição pode ser visitada até o final de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, na Divisão de Manuscritos. A entrada é franca.

Ana Lúcia Merege, bibliotecária da Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional e uma das curadoras da exposição, destaca o que é possível aprender sobre Rebouças visitando a mostra.

Engenheiro e abolicionista André Rebouças ganha exposição na Biblioteca Nacional

“O que a gente aprende sobre André Rebouças é que ele foi, sim, um dos nossos maiores abolicionistas, mas ele também teve outras áreas de atuação nas quais ele obteve grande destaque, e isso é pouco conhecido do grande público”, afirma Ana Lúcia, acrescentando a importância do engenheiro para a história do Brasil.

“É uma pessoa sobre a qual é muito interessante conhecer mais. Ele foi um visionário, além do seu tempo, com essas ideias. É uma pessoa que nós temos muito orgulho de ter um acervo do Rebouças e poder disponibilizar para o nosso público”, explica Ana Lúcia.

Nascido na Bahia, em 1838, André Rebouças foi responsável por grandes projetos como a ferrovia Curitiba-Paranaguá e a construção original do Armazém Docas Dom Pedro II, onde foi instalado o antigo Cais do Valongo.

Ao lado de José do Patrocínio e Joaquim Nabuco, Rebouças foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, criada em 1880. Também participou da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora.

CREA-RJ apoia o posicionamento do Clube de Engenharia a respeito da licitação do projeto da Ferrovia EF-118

 

O CREA-RJ apoia o posicionamento do Clube de Engenharia na defesa da licitação completa do projeto da Ferrovia EF-118, que liga Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, a Vitória, no Espírito Santo. A linha férrea é essencial para a integração do estado do Rio de Janeiro, uma vez que atravessa importantes cidades fluminenses, com grande potencial industrial, como o Gaslub, antigo Comperj, em Itaboraí.    

O CREA-RJ reafirma seu compromisso com o desenvolvimento da infraestrutura e a valorização da engenharia nacional, apoiando um sistema de transporte mais sustentável e estratégico para o país.

Leia o texto completo com o posicionamento do Clube de Engenharia sobre o assunto: 

https://portalclubedeengenharia.org.br/clube-de-engenharia-defende-licitacao-completa-do-projeto-da-ferrovia-ef-118/

 

 

14° Encontro de Líderes: conectando lideranças que geram soluções

Equipe do Crea Rio presente no 14º Encontro de Líderes.

Com o objetivo de incentivar reflexões sobre o papel da engenharia, agronomia e geociências no desenvolvimento do país, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) promove durante o 14º Encontro de Líderes, o Fórum de Políticas Públicas. Reunindo parlamentares e lideranças políticas de todo o país em uma tarde de debates e networking, o evento aconteceu nos dias 28 a 30 de janeiro, em Brasília (DF), no Estádio Mané Garrincha. Dividido em três paineis, teve como eixos temáticos: ‘Infraestrutura e o papel dos profissionais técnicos na construção do Brasil’, ‘Os desafios da realização da COP-30 na Amazônia’ e ‘O futuro da formação brasileira na área tecnológica’. 

Sobre o Encontro de Líderes 

Anualmente, líderes representantes dos fóruns consultivos do Sistema Confea/Crea se reúnem em Brasília para a realização de suas primeiras reuniões do ano. É durante este encontro que o Colégio de Entidades Nacionais, o Colégio de Presidentes e as Coordenadorias de Câmaras Especializadas definem calendários, planos de trabalho e os coordenadores do ano. 

A realização do encontro obedece à Lei nº 5.194/1966, cujo artigo 53 estabelece que os Conselhos Federal e Regionais se reúnam pelo menos uma vez por ano para estudar e estabelecer providências para o aperfeiçoamento da aplicação da Lei. Dispositivos de regulamentação do Encontro de Líderes são encontrados nas Resoluções nº 1.012/2005, 1.056/2014, 1.088/2017 e 1.110/2018. 

A abertura 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, ofereceu aos profissionais presentes à abertura do 14º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, nesta terça-feira (28/1), a oportunidade de conhecer o andamento das cinco Rotas de Integração Sul-Americana, planejadas pelo novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. 

Se o local escolhido para a palestra magna do evento, em uma obra de arte da recente engenharia brasiliense, o estádio Mané Garrincha, já representava o reencontro dos profissionais com suas criações, a temática da palestra magna do evento acabou possibilitando vislumbrar não apenas os novos projetos que tanto despertam o interesse de todos os profissionais do Sistema, mas possibilitou até mesmo despertar ou reencontrar um sentimento de integração com os nossos vizinhos sul-americanos.

A ministra buscou sistematizar um conjunto de atividades que envolvem nada menos do que 190 projetos, a grande parte já em andamento, e que proporcionarão a integração econômica de diversos estados do país com os principais corredores de produção e de exportação do país e do continente sul-americano. "Não é uma palestra magna, magno é o evento, a partir do título: conectando lideranças que geram soluções. Sou uma pessoa de diálogo. E tudo o que o Brasil precisa é de união. E o Brasil precisa de vocês. A solução dos problemas do Brasil não está só na classe política, mas na atuação de todos nós. Vocês são os construtores do Brasil, no campo ou na cidade. Vocês são o PIB do Brasil", considerou Tebet, sob o aplauso dos espectadores.

As Rotas de Integração Sul-Americana

Rota 1 — Ilha das Guianas: exportação de alimentos e bens de consumo final para a Venezuela e a Guiana, além da Ásia e do Mercado Comum e Comunidade do Caribe;
Rota 2 — Amazônica: exportação de produtos da bioeconomia, máquinas, equipamentos e bens de consumo de Manaus para Peru, Equador e Colômbia, além da Ásia e América Central;
Rota 3 — Quadrante Rondon: exportação de alimentos, máquinas, equipamentos e bens de consumo final para a Peru, Bolívia e Chile, além do mercado asiático;
Rota 4 — Bioceânica de Capricórnio: exportação de alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Paraguai, Argentina e Chile, além do mercado asiático; e
Rota 5 — Porto Alegre–Coquimbo: exportação e importação de insumos, alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Argentina, Uruguai e Chile, além do mercado asiático.

Jovens lideranças na política e no Sistema

Na quarta-feira (29), o segundo dia do 14º Encontro de Líderes teve início com o painel “Jovens lideranças no Sistema e na política: como incentivar?”. O objetivo do painel foi promover reflexões e debater ideias e projetos que incentivem os futuros profissionais a se engajarem com o Sistema e, eventualmente, com a política nacional. A formação de novas lideranças é essencial não apenas para o fortalecimento da engenharia, mas também para o desenvolvimento do país. O painel contou com a participação dos conselheiros federais Gutemberg Farias e Maycon Juan, da coordenadora nacional do Crea Jr., Thays Casais, e do coordenador do Crea Jovem-AP, Ângelo Rodrigues.

Empreendedorismo e segurança para a sociedade

Empreendedorismo foi o tema central da primeira palestra da quarta-feira (29), no Espaço Conexões do 14º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua. Com foco na prevenção de incêndio, o assunto foi ministrado pela engenheira de segurança do trabalho Elaine Figueiredo, colunista de referência nacional na maior revista do segmento no Brasil – Cipa&Incêndio e do Blog da Engenharia. Com base na experiência de atuação em todo o Brasil, Elaine sugeriu investir na profissionalização e buscar conhecimento técnico e normativo prático, identificar o nicho de mercado e onde há poucos profissionais atendendo, se posicionar com autoridade, saber usar ferramentas tecnológicas para acelerar os resultados e entregar a melhor solução para o cliente.

Engenheiros na gestão pública 

Também no segundo dia, quarta-feira (29), o debate sobre “A importância de profissionais técnicos na gestão pública” foi destaque no Espaço Conexões. A discussão, baseada nas experiências dos participantes na gestão pública, teve como objetivo promover uma reflexão sobre a relevância de se ocupar cargos técnicos com profissionais devidamente habilitados. O debate enfatizou como essa prática influencia diretamente o desenvolvimento das cidades e a qualidade de vida da população. O painel foi mediado pelo renomado engenheiro civil e professor Murilo Reis, autor do livro "Precisa-se de Engenheiro: Como construir sua carreira em bases sólidas!”.

Lideranças femininas

Como construir espaços para lideranças femininas em cargos de decisão” foi o tema da palestra ministrada pela advogada e influenciadora Fayda Belo, na quarta-feira (29). Criminalista especializada em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, Fayda é pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal e tem se destacado pela sua atuação voltada ao combate à violência contra a mulher com ênfase em questões relacionadas à raça.

Apesar de a lei afirmar que homens e mulheres são iguais, apenas 28% das profissionais na área de STEM — sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática — são mulheres, e apenas 13% ocupam cargos de liderança. Segundo Fayda, de alguma forma, persiste no imaginário coletivo a ideia de que existem profissões definidas por gênero, reforçando a discriminação. "Quando uma mulher ocupa espaços tradicionalmente masculinos, ela enfrenta hostilidade, assédio e a sensação de não pertencimento. Um estudo de 2011 mostra que, desde a primeira infância, as crianças são direcionadas para determinadas áreas: meninos para STEM, meninas para outras funções. E essa realidade se replica no mercado de trabalho.", afirma a advogada. 

Painel de Políticas Públicas 

No encerramento do segundo dia, o Fórum de Políticas Públicas contou com três paineis diferentes. O primeiro foi “Infraestrutura e o papel dos profissionais técnicos na construção do Brasil”, com mediação do presidente do Confea, Vinicius Marchese e os debatedores foram: Frederico Felini, secretário de Administração de Mato Grosso do Sul, Zé Adriano, deputado federal pelo Acre; e o engenheiro Maia Júnior, ex-secretário de infraestrutura do Ceará.

Já “Os desafios da realização da COP-30 na Amazônia”, o segundo painel do Fórum de Políticas Públicas contou com a moderação da presidente do Crea-PA, eng. civ. Adriana Falconeri. O estado sediará Conferência das Partes (COP-30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, entre 10 e 21 de novembro deste ano. Os debatedores abordaram os projetos que estão sendo realizados pelo Estado para receber o evento, principalmente relacionados à infraestrutura e saneamento básico.

E no último painel, “O Futuro da Formação Brasileira na Área Tecnológica”, envolveu a Diretora Nacional do Sebrae e ex-vice governadora do Piauí, Margarete Coelho; o secretário estadual de Indústria, Ciências e Tecnologia do Acre, eng. eletric. Assubarnípal Barbary de Mesquita, e ainda o diretor de Articulação e Fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Claudio Alex. A mediação foi do conselheiro federal e coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional do Confea (Ceap), eng. civ. Osmar Barros Júnior. 

Fator Amazônico

O painel “Fator Amazônico” foi um dos destaques do Espaço Conexões, no último dia do evento. A deputada Professora Goreth (PDT-AP) comandou a palestra. A deputada listou diversas iniciativas voltadas à conscientização sobre o Fator Amazônico, entre elas a entrega de uma carta aberta sobre o tema a ministros e a tramitação do PL 1660/2024. Além disso, convidou o Sistema a participar do 2º Seminário sobre o Fator Amazônico, na Câmara dos Deputados, e a integrar um estudo em andamento na Casa.

Encerramento 

O jornalista Iberê Thenório, criador do canal Manual do Mundo, que aborda o tema de ciência e tecnologias voltados para o público jovem, ministrou a palestra de encerramento do 14º Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua. 

Para Iberê, a mensagem que deve ser passada para as novas gerações é de que engenharia não é uma carreira, é um propósito, e de que esse propósito é melhorar a vida das pessoas. “É por causa da engenharia que a gente toma banho quente, que a gente fala com as pessoas do outro lado do mundo, que a gente está vivendo uma revolução de inteligência artificial. Se quando conversamos com um engenheiro e o linguajar técnico bate em uma pessoa que não entende, cria-se uma carapaça. Vejo pouco engenheiro falando sobre as coisas que acontecem no mundo”. Ele citou como exemplo a ponte que caiu entre os estados do Maranhão e do Tocantins. “Aí não se explica como é feita a manutenção de uma ponte e o engenheiro sai como o vilão, o culpado pela tragédia, e não a pessoa responsável pela solução”.

Engenharia Pública

A palestra foi seguida pela assinatura do acordo de cooperação técnica entre Confea e Caixa Econômica Federal para o aprimoramento e o desenvolvimento da engenharia pública no Brasil. “Isto não é só uma formalização, isto é uma responsabilidade”, afirmou o presidente do Confea, Vinicius Marchese, ao assinar o documento. “A Caixa não é um banco, é uma empresa de engenharia. Há mais de dois mil engenheiros na Caixa, estamos conectando profissionais em uma frente de trabalho muito grande, promovendo melhoria de projeto e de execução. Compartilho essa responsabilidade com os presidentes de Crea, porque tem obras no Brasil inteiro. Este acordo é um passo importantíssimo e histórico na nossa história”.

Tendências para a construção civil em 2025: novas tecnologias e materiais

Após 2024 ter sido um ano de superação no setor de construção no Brasil, as previsões para 2025 apontam cenários que podem ser ainda melhores. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a construção civil teve crescimento de 3,5% no segundo trimestre de 2024, destacando-se em comparação ao avanço geral de 1,4% da economia brasileira no mesmo período.  Depois do reaquecimento do mercado, iniciado em 2023, após o período da pandemia de Covid-19, delineia-se o aumento de empreendimentos e a retomada de grandes obras e reformas em 2025.

A tecnologia tem desempenhado um papel muito importante em aprimorar diversos setores, e a construção civil não é exceção. Diante dos importantes avanços tecnológicos que se fazem presentes em todos os setores produtivos, grandes inovações devem começar a fazer parte da rotina das grandes obras no Brasil. Algumas tendências prometem revolucionar o setor, trazendo mais produtividade com menos impacto ambiental. A impressão 3D segue como uma das grandes promessas, permitindo a criação de estruturas rápidas e com menos desperdício de materiais.

Diversas iniciativas já estão utilizando essa abordagem para construir casas e edifícios de maneira mais econômica e acessível. Além disso, novos tipos de concreto estão sendo desenvolvidos para aumentar a durabilidade e a eficiência das construções. Um exemplo é o concreto auto-regenerativo, que contém bactérias capazes de reparar rachaduras automaticamente, prolongando a vida útil das estruturas. A construção modular e pré-fabricada também tem ganhado cada vez mais espaço, permitindo a montagem de edifícios de forma mais rápida e com menos impacto ambiental. A produção fora do canteiro reduz desperdícios e melhora a qualidade da obra, uma vez que os módulos são fabricados em ambientes controlados. 

Uma grande preocupação relacionada aos assunto envolvido com a construção civil é a questão da sustentabilidade: materiais como concreto reciclado, madeira engenheirada (processo industrial para excluir nós, trincas e rachaduras, a fim de alinhar as fibras e transformar em tábuas, lâminas ou até mesmo micropartículas), bioplásticos e tijolos ecológicos estão cada vez mais em evidência, contribuindo para a redução da pegada de carbono e a preservação do meio ambiente.

A digitalização do setor está crescendo com o uso de Inteligência Artificial e automação para otimizar processos construtivos. Robôs de alvenaria, drones para monitoramento de obras e softwares de gestão baseados em IA estão ajudando a aumentar a eficiência e reduzir custos. Outro aspecto relevante é a busca por construções sustentáveis e neutras em carbono, o que tem levado à adoção de edifícios com sistemas de captação de água da chuva, energia solar e design bioclimático. 

A certificação de construções verdes está se tornando um diferencial competitivo no mercado. Outro avanço que vem sendo adotado é o uso da realidade aumentada e virtual na engenharia, permitindo melhor planejamento e visualização das obras antes mesmo de sua execução. Essa tecnologia facilita a identificação de falhas, melhora a comunicação entre as equipes e reduz retrabalhos. 

Ferramentas como drones, robôs e softwares avançados estão transformando completamente os processos de planejamento e de execução de projetos, proporcionando maior precisão, eficiência e economia. Contudo, muitos negócios, especialmente os menores, ainda mostram resistência em adotar essas soluções tão eficazes.

Mesmo frente às inúmeras vantagens que a modernização oferece, a construção civil ainda conta com muitos métodos tradicionais, e isso tem gerado atrasos, desperdícios e aumento de custos. Muitos gestores enxergam a adoção de novas tecnologias como algo caro ou complexo, sem perceber que essas ferramentas foram criadas justamente para simplificar o trabalho.

Apesar dos desafios a serem enfrentados em 2025, como elevação da taxa de juros no país, a escassez de mão de obra qualificada, a reforma tributária, o acesso ao crédito e as mudanças climáticas, o ano promete transformações significativas na construção civil, com a incorporação de tecnologias que aumentam a eficiência e reduzem os impactos ambientais. Investir em atualização tecnológica é estar preparado para os desafios do futuro e contribuir para um setor com mais qualidade e inovador e sustentável.

 

Fiscalização do CREA-RJ marca presença no Seminário Turismo RJ: Segurança e Tecnologia em Grandes Eventos

A Fiscalização do CREA-RJ marca presença no Seminário “Turismo RJ: Segurança e Tecnologia em Grandes Eventos”. Cerca de 30 agentes de fiscalização do CREA-RJ, de todas as regiões do estado, compareceram ao evento. O objetivo foi a atualização a respeito da atuação de diversos órgãos e instituições públicas em grandes eventos no Rio de Janeiro.

Para o Gerente de Fiscalização do CREA-RJ, Cosme Chiniara, esses eventos de capacitação são extremamente importantes para a fiscalização. “Os fiscais precisam estar atualizados sobre as tendências, a magnitude dos eventos e, principalmente, o tipo de evento, uma vez que quanto mais pessoas estão reunidas, maior a possibilidade de ter um sinistro de uma escala maior. Hoje, com a equipe de grandes eventos do CREA-RJ, a fiscalização está mais focada e se especializando cada vez mais em fiscalizar eventos pelo Rio de Janeiro inteiro”.

O Supervisor de Fiscalização da Regional Metropolitana do CREA-RJ, Alex José, também esteve presente. “É uma oportunidade de aprendizado, onde vamos junto aos outros órgãos saber da responsabilidade de cada um na fiscalização dos eventos na cidade de Rio de Janeiro. É um nicho muito importante da engenharia, como foi mostrado nos eventos do final do ano: Natal e Réveillon”, afirmou.

Da esq. para a dir.: Patricia Alemany, Leila Sterenberg, Nilo Sergio Felix, Antonio Florencio de Queiroz Junior, Coronel Maurílio Nunes e José Domingo Bouzon

O seminário contou com a presença de diversas autoridades do setor, como o presidente de Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz Junior; o subsecretário de operações integradas da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Coronel Maurílio Nunes; e o subsecretário de estado de turismo do Rio de Janeiro, Nilo Sérgio Félix. 

“A Secretaria de Estado de Turismo vem desenvolvendo um papel fundamental. Tivemos um crescimento de 26,8% no turismo internacional. Abraçamos todo o interior do Estado. As cinco principais regiões turísticas: Costa do Sol, Costa Verde, Região Serrana, Vale do Café, Região Metropolitana, mostrando as riquezas do nosso interior e, mais do que isso, hoje também fomentando e captando grandes eventos. O Rio de Janeiro é um destino importantíssimo nesse mercado de grandes eventos”, analisou. 

E completou: “Eu quero aqui também registrar a participação do CREA-RJ nessa fiscalização, de mostrar mais uma preocupação em estar nos grandes eventos, bem arrumado, para que possamos trazer a segurança para a população, para os que vem nos visitar, para os que frequentam e participam desses grandes eventos no Rio de Janeiro, que é o cenário mais importante do Brasil”. 

O Seminário foi dividido em dois painéis. O primeiro tema foi “Segurança e turismo: o papel da segurança para alavancar o turismo em um estado com vocação para receber viajantes do mundo todo”. E o segundo foi “Segurança e tecnologia: estratégias, recursos tecnológicos e desafios das polícias do estado do Rio para a realização de grandes eventos como o Réveillon. 

O evento foi realizado pela Editora Globo com o apoio da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, no Hotel Hilton, em Copacabana. Foi uma manhã de muito aprendizado, troca de informações e confraternização entre os agentes de fiscalização do CREA-RJ.

Dia do(a) Engenheiro(a) Ambiental 

A Engenharia Ambiental é a área responsável por desenvolver técnicas e soluções voltadas à preservação do meio ambiente e à saúde pública, ao acompanhar a exploração dos recursos naturais, diminuindo seu impacto na natureza, tal como desmatamento, contaminação de bacias hidrográficas, erosão do solo e poluição da água e do ar, incluindo a poluição sonora. 

Os profissionais da Engenharia Ambiental são importantes para lidar com os impactos no contexto das mudanças climáticas, por promoverem medidas para reduzir o efeito do ser humano na natureza, com sustentabilidade e uso racional dos recursos disponíveis. Também administram sistemas de tratamento de esgoto, distribuição de água para o consumo, descarte correto do lixo, otimização de técnicas para a preservação do meio ambiente, avaliação de projetos e suas implicações ao ambiente que ele se encontra, laudos técnicos e planejamento energético. 

O curso de Engenharia Ambiental foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais na área foram normatizadas pela Resolução Nº 447, de 22 de setembro de 2000, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). 

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a) Ambiental. A data foi escolhida devido ao Projeto de Lei n°615, de 2007, e em homenagem à primeira turma de graduação na Universidade Federal de Tocantins (UFT), em 1997.  

Graduação

O curso de Engenharia Ambiental confere o título de bacharelado e possui duração média de cinco anos. Os alunos que escolherem seguir essa carreira terão a oportunidade de estudar disciplinas que envolvem Biologia, Química, Física, Hidrologia, Geomorfologia, Hidrologia, Ecologia, Legislação e Planejamento Ambiental, como: Auditoria e Perícia Ambiental; Bioclimatologia; Cálculos; Eletricidade Aplicada; Geoprocessamento Ambiental; Gestão de Recursos Hídricos; Hidráulica; Microbiologia e outras que podem variar dependendo da instituição de ensino. 

Os estudantes também estarão preparados para atuar em indústrias, empresas de consultoria ambiental, assim como de energias e de saneamento, instituições de pesquisa para aprimoramento da profissão e a busca de novas soluções para reequilibrar os processos da natureza.    

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia Ambiental, assim como o mestrado e o doutorado, oferece diversas oportunidades, tanto na área de pesquisa quanto na atuação no mercado de trabalho, inovando em tecnologia, ensino e sustentabilidade, capacitando profissionais para atuar nas mais diversas frentes, como: 

- Auditoria, Perícia e Licenciamento Ambiental: nesta especialização, os(as) engenheiros(as) se voltam para as questões legais, de licenciamento ambiental e perícia, estudando conceitos de Sustentabilidade Ambiental, Inovações Tecnológicas, Análise de Risco e Recuperação de Áreas Degradadas e Estudos de Conflitos Ambientais. 

- Educação Ambiental: área do desenvolvimento da educação e das ciências da natureza, seu foco é no desenvolvimento de políticas e ações educativas para a conservação ambiental. O(A) profissional vai aprender a avaliar políticas públicas em educação ambiental, como aplicar conceitos de sustentabilidade no cotidiano e analisar os impactos de intervenções humanas, tanto no que ele degrada quanto que é conservado. 

- Gestão Ambiental: esses profissionais avaliam os impactos de projetos e atividades, realizando editorias com estratégias de conservação e proteção. E a partir de seu conhecimento, tomam decisões nos projetos considerando os aspectos políticos, econômicos e sociais. Com a legislação ambiental, podem desenvolver estratégias direcionadas a causas específicas, contribuindo ainda mais na redução de riscos ao meio ambiente e no controle desses impactos. 

- Saneamento básico: necessário para a saúde da população e do desenvolvimento sustentável das cidades, esta área realiza o uso adequado dos recursos hídricos, buscando reduzir o consumo de água que não seja necessário; tratamento adequado dos efluentes, como esgotos, com objetivo de remover poluentes e sua localização no meio ambiente; a gestão integrada dos resíduos sólidos, potencializando a reciclagem e compostagem e prevenção da poluição do ar, água e solo, provenientes das atividades de saneamento. 

 

O Crea-RJ parabeniza todos(as) os(as) Engenheiros(as) Ambientais pelo trabalho desenvolvido, ao pensar tanto no bem-estar da sociedade em suas inovações e planejamentos de novos meios de viver - que impulsionam o seu conforto e seu desenvolvimento, quanto ao agir para minimizar o impacto no meio ambiente e respeitar os seus ciclos para a manutenção de todo ecossistema. 

Confira o vídeo!