Crea-RJ já começou a fiscalizar exercício legal da profissão no show da Madonna

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) já começou a fiscalizar o exercício da profissão de engenheiro no show da Madonna, que deverá reunir cerca de um milhão de pessoas no próximo dia 4, em Copacabana. Fiscais do Crea estiveram na semana passada no local do megaevento e enviaram ofício aos organizadores, pedindo os nomes dos engenheiros e das empresas prestadoras de serviço.

– É importante ressaltar que o trabalho de fiscalização do Crea tem a função principal de garantir o exercício legal da profissão. Com isso, rastreamos os responsáveis técnicos por todo tipo de serviço executado por eles no evento – observa o superintendente técnico do Crea-RJ, o engenheiro Leonardo Dutra.

Dutra lembrou que na próxima terça-feira, dia 30, fiscais do Crea-RJ, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ) e do Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT) vão ao local do megaevento fiscalizar o exercício legal da profissão de cada conselho. É a primeira vez que acontece uma fiscalização em conjunto, o que é resultado de uma parceria também inédita firmada pelos presidentes dos três conselhos. 

– Esse trabalho em conjunto dá maior agilidade e rapidez na apuração se há responsável técnico por uma atividade e qual o conselho ao qual esse profissional pertence – explica Leonardo Dutra.

Na atual gestão do presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, foi criado um grupo de trabalho para a fiscalização de megaeventos, com o objetivo de coibir o exercício ilegal das profissões ligadas ao conselho por leigos, fato que ainda hoje acontece. Esta ação tem o objetivo de proteger preventivamente o público usuário de equipamentos culturais e de entretenimento, na medida em que se garante que apenas profissionais e empresas habilitadas atuem nessas atividades. A experiência já foi bem-sucedida no desfile das escolas de samba do carnaval deste ano, quando fiscais do Crea-RJ montaram uma base no Sambódromo, e puderam acompanhar de perto a execução dos serviços por 300 engenheiros de cerca de cem empresas.  No carnaval, o Crea atuou em conjunto com o CAU.

Valorização profissional: Crea-RJ promove lançamento de livro de professor de Engenharia

A Inspetoria de Niterói do Crea-RJ foi palco para o lançamento oficial do livro “Diretrizes de Logística Urbana para as Cidades Brasileiras: Fundamentos e Proposições”, do professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense (UFF), engenheiro eletricista Antônio Carlos Sá de Gusmão. 

O evento ocorreu no dia 25 de abril e contou com a presença de professores e alunos da universidade, e também de outros profissionais da área. A tarde de autógrafos, além de prestigiar o autor, foi uma oportunidade para conversar sobre a operação logística de carga urbana, que deve ser considerada uma questão de relevância no planejamento das cidades.

Segundo a Editora Dialética, responsável pela publicação do livro, a pesquisa é relevante para a área de logística e oferece soluções concretas para os desafios enfrentados nos centros urbanos brasileiros, pois aborda de forma clara e embasada as diretrizes de carga urbana, considerando aspectos como sustentabilidade e eficiência.

A obra é resultado da tese de doutorado do professor Antônio Gusmão, apresentada para obtenção do título de Doutor em Engenharia de Transportes no Programa de Engenharia de Transportes do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE/UFRJ. 

Com mais de 40 anos de experiência, o autor vem se dedicando à pesquisa e estudos em Logística Urbana (City Logistics), tendo sido professor colaborador no Laboratório de Sistemas Inteligentes de Transportes na COPPE/UFRJ, no período de março de 2016 a março de 2021, quando aperfeiçoou sua expertise no assunto.

Para o professor Gusmão, o livro é sua forma de colaborar com o setor. “O objetivo foi trazer uma contribuição, por meio da proposição das diretrizes, e preencher uma lacuna, ainda existente, de publicações específicas na área de Logística Urbana, especialmente no Brasil, no que concerne a diretrizes para a eficiência da distribuição de mercadorias nas cidades, sejam elas, de grande ou médio porte.

 

Sobre a obra

Os impactos causados por meio do transporte rodoviário na distribuição de mercadorias sobre o sistema viário e de transportes em área urbana merecem uma análise mais apropriada, pois ainda existe a problemática da eficiente distribuição da carga nos diversos centros urbanos, em especial, no Brasil.

A concepção Logística Urbana, que vem sendo empregada em diversas cidades ao redor do mundo com sucesso, é um campo de conhecimento que tem como objetivo a otimização global das operações logísticas em áreas urbanas e que pode trazer benefícios relevantes na sua prática para as cidades brasileiras.

Neste contexto, em que as políticas públicas atuais praticadas no planejamento urbano ainda requerem diretrizes que possibilitem a eficiência da distribuição de mercadorias nas cidades, o presente livro tem por objetivo contemplar um conjunto de diretrizes, com base na pesquisa com profissionais da área de transportes, e que contribuirão para o desenvolvimento da movimentação de carga na área urbana, levando a um desenvolvimento sustentável das cidades.

Para adquirir o livro, acesse aqui o site da editora.

Fiscais do Crea-RJ começam a debater propostas para atualização do manual de fiscalização

Grupo de fiscais se reúne na sede do Crea-RJ para discutir a atualização do manual de fiscalização

Grupo de fiscais se reúne na sede do Crea-RJ para discutir a atualização do manual de fiscalização

Um grupo de fiscais das regiões Metropolitana 1 (Rio de Janeiro e Zona Oeste da cidade) e Serrana se reuniu na quinta-feira, dia 25, no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) com o objetivo de discutir propostas para a atualização do Manual de Fiscalização do Conselho.

– Com a chegada dos novos colegas, agentes de fiscalização, nós temos dois aqui hoje, na supervisão, nós sentimos a necessidade de atualizarmos nosso manual de fiscalização, que foi lançado em 2001. Então nós chamamos os colegas da Região Serrana para vir participar dessa segunda reunião da discussão do Manual – explicou o fiscal Alex José Ferreira, que é supervisor da Superintendência Metropolitana Regional Serrana.

Há 38 anos no Crea, Alex atuou na investigação do caso do desabamento do Edifício Palace II, ocorrido em 1998. Na ocasião, Alex José descobriu quem era o calculista da obra, que acabou sendo um dos responsáveis pela tragédia. Ele obteve essa informação porque havia feito uma fiscalização na obra.

A reunião dos fiscais, ocorrida na sede do Crea-RJ, no Centro do Rio, é apenas uma das várias que ainda vão ocorrer. O objetivo do debate é apresentar à Gerência de Fiscalização propostas de atualização dos normativos e de padronização da abordagem, além das formas de fiscalizar cada área da engenharia e agronomia. Com cerca de 50 fiscais, o setor de fiscalização tem como foco principal o exercício ilegal da profissão. O Manual de Fiscalização do Crea, com 129 páginas, não é atualizado desde 2001.

O gerente da fiscalização do Crea, Cosme Luiz Chiniara Junior, destacou a importância da iniciativa de se atualizar o Manual da Fiscalização:

– É uma excelente oportunidade de debater os assuntos ligados à fiscalização, trazendo melhorias e inovações com foco na qualidade do serviço realizado – afirmou Cosme.

O número de autos de infração registrados pela fiscalização passou de 3.143 em 2022 para 3.269 no ano passado. O número de denúncias de irregularidades no exercício profissional também subiu, de 2.302 em 2022 para 3.470 no ano passado – um aumento de 51%. A apuração das denúncias também aumentou, passando de 2.256 (2022) para 3.422 no ano passado.

No cumprimento da legislação que regula o exercício das profissões relacionadas à Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, é por meio da fiscalização que o Crea-RJ verifica se as obras e serviços estão sendo conduzidas tecnicamente por profissionais e empresas legalmente habilitados. Ao responsável técnico cabe exercer a sua profissão em observância aos princípios éticos, tecnológicos e ambientais compatíveis com as necessidades da sociedade.

Ao fiscalizar as obras e os serviços técnicos relacionados às diversas profissões libgadas ao Sistema Confea/Crea, o Crea-RJ busca também salvaguardar a sociedade de possíveis danos que possam vir a ocorrer a pessoas e a bens por ocasião de sua execução. A legislação que rege a fiscalização das profissões estabelece que somente os profissionais habilitados podem executar obras e serviços de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia. Esses profissionais estão aptos a oferecer à sociedade um acompanhamento idôneo e tecnicamente correto.

SERVIÇO SOBRE A FISCALIZAÇÃO

ART na obra/serviço
Uma via ou cópia da ART deve, obrigatoriamente, permanecer na obra/serviço, enquanto esta durar. O objetivo é identificar o responsável técnico do empreendimento, evitando autuações por parte do Crea-RJ.

Placa na obra/serviço
A fixação da placa na obra/serviço, mais que uma exigência legal (art. 16 da Lei nº 5.194, de 1966), é um bom instrumento de divulgação do profissional e/ou empresa responsável pela execução ou pela elaboração dos projetos.

A placa também serve para informar à sociedade sobre a atuação de profissionais habilitados no empreendimento.

A placa da obra/serviço deve ser visível e legível ao público e conter as seguintes informações:

  • Nome do autor e/ou co-autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, instalação ou serviço;

  • Título, número do registro e/ou do visto do profissional no Crea-RJ;

  • Atividade técnica pela qual o profissional é responsável;

  • Nome da empresa executora da obra, instalação ou serviço, se houver, com a indicação do respectivo número do registro ou visto no Crea-RJ.

Conheça os lagos atmosféricos

Em tempos de mudanças climáticas extremas, é interessante conhecer e entender o que são os lagos atmosféricos. Essas vastas reservas de vapor de água, suspensas em altitudes elevadas, podem gerar chuvas torrenciais, inundações repentinas e diversos outros impactos socioambientais. Compreender os mecanismos, prever sua trajetória e minimizar seus efeitos é importante para a segurança da população e a gestão eficaz dos recursos hídricos.

Rios voadores

Também conhecidos como rios voadores ou rios no céu, os lagos atmosféricos são sistemas complexos formados por grandes concentrações de vapor de água em altitudes elevadas, geralmente acima de cinco mil metros. Essas reservas de água podem ter centenas ou milhares de quilômetros de extensão e transportar volumes consideráveis de água, equivalentes a um rio caudaloso.

A formação dos lagos atmosféricos está relacionada a diversos fatores, incluindo a convergência de ventos úmidos e quentes de diferentes regiões da atmosfera, a presença de montanhas e cordilheiras que forçam a elevação do ar úmido, favorecendo a condensação do vapor e a influência da circulação atmosférica global, incluindo sistemas de alta e baixa pressão.

Impactos positivos e negativos

Os lagos atmosféricos podem trazer diversos impactos, tanto positivos quanto negativos. Em algumas regiões, podem desencadear chuvas torrenciais e inundações repentinas, causando danos materiais, perdas agrícolas e até mesmo mortes. 

Em outras regiões, podem contribuir para o aumento da disponibilidade hídrica, especialmente em áreas áridas e semiáridas, e influenciar o clima regional, impactando a temperatura, a umidade e a pluviosidade.

 

No Brasil

Embora os estudos específicos sobre lagos atmosféricos no Brasil sejam limitados em comparação com outras regiões do mundo, sabe-se que o país experimenta fenômenos atmosféricos semelhantes, especialmente nas regiões costeiras e na Amazônia.

Nas regiões litorâneas do Brasil, como a costa leste e nordeste, as condições climáticas e a topografia propiciam a formação de lagos atmosféricos. A convergência de ventos úmidos do Oceano Atlântico com massas de ar quente e a presença de serras e montanhas ao longo da costa podem favorecer a condensação do vapor da água e a formação desses lagos. Já na Amazônia, a evapotranspiração intensa da floresta tropical contribui para a umidade atmosférica regional. A convergência de massas de ar úmido, combinada com o relevo montanhoso da região, pode levar à formação de lagos atmosféricos que transportam umidade para áreas remotas do interior.

Assim como em outras partes do mundo, os lagos atmosféricos no Brasil podem ter impactos significativos no clima regional, influenciando os padrões de chuva, a temperatura e a umidade do ar. Além disso, esses fenômenos podem contribuir para a ocorrência de eventos extremos, como chuvas intensas e inundações, mas também podem fornecer umidade essencial para ecossistemas locais e atividades agrícolas.

Desafios

Prever a trajetória e a intensidade dos lagos atmosféricos é um desafio para a ciência climática. Diversos modelos numéricos e técnicas de monitoramento estão sendo desenvolvidos para aprimorar a previsão desses eventos e minimizar seus impactos, incluindo modelos numéricos que simulam a dinâmica da atmosfera, monitoramento por satélite para observar a presença e evolução dos lagos, e redes de observação que monitoram parâmetros atmosféricos essenciais.

Embora a ciência climática esteja avançando na compreensão dos lagos atmosféricos, diversos desafios ainda precisam ser superados, como o aprimoramento dos modelos de previsão, a melhoria da comunicação e do alerta para a população, o investimento em infraestrutura resiliente e a cooperação internacional para compartilhamento de dados e conhecimentos.

Os lagos atmosféricos desempenham um papel importante no ciclo hidrológico e climático do Brasil e no mundo, afetando as condições meteorológicas e a disponibilidade de água em diferentes regiões do país. O estudo e monitoramento desses fenômenos são essenciais para uma gestão eficaz dos recursos hídricos e a adaptação às mudanças climáticas.

O Crea-RJ é o Conselho profissional dos meteorologistas, profissionais que trabalham para entender e prever os caminhos do tempo e do clima e valoriza a importância vital desta ciência e seu conhecimento para a preservação do planeta e para a continuação da vida!

Milton Jacob Mandelblatt: um ícone da Engenharia Brasileira

Milton Jacob Mandelblatt formou-se em Engenharia Civil pela antiga Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, em 1960, e em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - Puc-Rio, em 1975.

Com mais de cinco décadas de experiência, tem atuação destacada na área de Perícias Judiciais, sendo uma das principais referências em Engenharia Legal e de Avaliações no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil.

Ao lado do também Engenheiro Civil Sérgio Antônio Abunahman, desenvolveu o consagrado "Modelo Mandelbatt", amplamente utilizado em diversos países da América Latina. Esse modelo recebeu merecido destaque no livro "Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações" de Abunahman, demonstrando a influência significativa de Mandelblatt no campo.

É reconhecido não apenas por sua expertise técnica, mas também por suas qualidades éticas e morais. Sua contribuição relevante estende-se à sua participação ativa no Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Rio de Janeiro (IBAPE-RJ) e no Crea-RJ.

Destacou-se em obras hidráulicas pela Escola Nacional de Engenharia e pela Empresa Brasileira de Engenharia S/A. Também prestou serviços à Caixa Econômica Federal, TELERJ, Empresa PROJEM, SERVENCO, CRONUS, KREIMER Engenharia, Indústrias Reunidas CANECO e ao Estado do Rio de Janeiro, onde desempenhou o cargo de Chefe do Departamento de Engenharia no Departamento Imobiliário do Estado.

Trabalha como Perito Judicial junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e sua expertise se estende como Assistente Técnico em diversos escritórios de advocacia e órgãos governamentais em todas as esferas.

Realizou trabalhos técnicos em instituições de ensino, como a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), a Universidade Santa Úrsula (USU) e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ).

Como reconhecimento de sua trajetória, recebeu a Medalha Pedro Ernesto, considerada a principal honraria concedida pelos vereadores do município do Rio de Janeiro e entregue a pessoas e entidades que possuem atuação destacada na sociedade brasileira ou internacional. Em 2023, recebeu o Prêmio Láurea ao Mérito do Crea-RJ por reconhecimento ao trabalho desempenhado em prol da Engenharia Nacional.

Sua carreira continua a ser fonte de inspiração para as diversas gerações na área da Engenharia Civil e Perícias Judiciais.

Em entrevista à TV Alerj, presidente do Crea-RJ informa que vai digitalizar processos no Conselho

A convite da TV Alerj, o presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, deu entrevista ao vivo, nesta quarta-feira, dia 24, na Avenida Rio Branco, em frente ao Edifício da Avenida Central. Miguel informou que pretende implementar a digitalização de todos os processos no Crea, ainda este ano.

– A ideia é que nosso banco de dados seja acessível no celular – afirmou Miguel, que falou ao vivo durante cinco minutos.

O presidente do Crea-RJ informou também que já criou um grupo de trabalho para a fiscalização de megaeventos, que já atuou no carnaval, com a participação direta de 300 profissionais, indireta de outros mil e cerca de cem empresas de engenharia. “Queremos fazer uma fiscalização diferenciada; traçamos uma estratégia para isso”.

Indagado pelo repórter Paulo Victor Viviani, da TV Alerj, Miguel Fernández voltou a alertar que uma chuva forte pode prejudicar novamente o abastecimento de água do sistema Imunana-Laranjal em consequência da contaminação por tolueno do Rio Guapiaçu. Esse sistema atende cerca de dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá.

A entrevista foi exibida pelo programa Bom Dia Alerj, que vai ao ar ao vivo de segunda a sexta-feira pelo canal 12 da Claro TV, pelo canal 10.2 UHF e pelo canal da TV Alerj no YouTube. Fundada em 2000, a TV Alerj prioriza a transmissão ao vivo de sessões do Poder Legislativo, audiências públicas de comissões e CPIs, além de entrevistas e documentários.

Presidentes de conselhos profissionais se reúnem com deputados para discutir mudanças em projeto de autovistoria predial

O presidente  do Crea-RJ, Miguel Fernandez, o Deputado Estadual Luiz Paulo, a Deputada Estadual Martha Rocha, o presidente do CAU, Sydnei Menezes, e Mario Jorge Campos da Silva, conselheiro do CRT-RJ

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernandez, o Deputado Estadual Luiz Paulo, a Deputada Estadual Martha Rocha, o presidente do CAU, Sydnei Menezes, e Mario Jorge Campos da Silva, conselheiro do CRT-RJ

Duas semanas após a assinatura de protocolo de intenções entre os conselhos regionais de Engenharia, Arquitetura e de Técnicos Industriais do Rio, ocorreu nesta sexta-feira, dia 19 de abril, o primeiro resultado prático da parceria. Houve na Assembleia Legislativa do Rio uma reunião de trabalho entre os representantes dos três conselhos e os deputados Luiz Paulo e Martha Rocha, que estão empenhados em fazer alterações no projeto de lei 1.556, de 2019, que propõe mudanças na autovistoria predial.

O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, que participou da reunião, afirmou ser muito importante a união dos três conselhos em torno da discussão para mudanças da autovistoria predial. Uma das modificações será a incorporação no serviço dos 90 mil técnicos registrados no Conselho Regional de Técnicos Industriais (CRT). Atualmente apenas engenheiros e arquitetos estão autorizados a fazer a autovistoria predial, no Rio.

Esse projeto a ser apresentado na Alerj vai permitir não só a inclusão dos técnicos, mas permitir uma espécie de certificação dos profissionais qualificados para o serviço, além de dar maior transparência ao trabalho, facilitando o acesso de todos aos laudos de autovistoria e não só o síndico de cada prédio – observou o engenheiro Miguel Fernández.

Engenheiro e técnico em estradas, o deputado Luiz Paulo, autor da lei de autovistoria criada em março de 2013, destacou a importância de que um substitutivo ao projeto seja resultado do consenso entre os três conselhos profissionais.

O projeto de lei, de autoria do deputado Rodrigo Bacellar, prevê a inclusão dos técnicos. A próxima etapa será apresentar a proposta aos presidentes dos conselhos – explicou o deputado Luiz Paulo.

Além do presidente do Crea e do deputado Luiz Paulo, participaram da reunião a deputada Martha Rocha, autora de duas emendas ao projeto de Bacellar; o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Sydnei Menezes; e de representantes do CRT. A reunião durou cerca de duas horas.

Feriado de Tiradentes: o martírio do republicano mineiro

O feriado do dia 21 de abril celebra um dos maiores nomes da história do Brasil: Tiradentes. O apelido, dado a Joaquim José da Silva Xavier, tem origem em uma das diversas outras atividades que também exerceu, entre ela a de minerador, comerciante e alferes da cavalaria de Dragões Reais de Minas, a força militar atuante na Capitania de Minas Gerais e subordinada à Coroa Portuguesa.

O que tornou Tiradentes conhecido como um herói nacional, entretanto, foi o fato de ter sido um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento contra os impostos exacerbados cobrados no  Brasil, pela Coroa Portuguesa, que durou de 1789 a 1792.

Tiradentes nasceu na Capitania de Minas Gerais, em 12 de novembro de 1746 e, apesar da pouca instrução, era um republicano convicto e adepto dos ideais do Iluminismo. O movimento dos inconfidentes, organizado em 1788, foi consequência do contato dos colonos brasileiros com os ideais iluministas divulgados na Europa, ideais que haviam, por sua vez, inspirado o movimento de independência dos Estados Unidos. Os historiadores atribuem a divulgação do pensamento iluminista no Brasil ao contato de estudantes brasileiros com o Iluminismo ao serem enviados por suas famílias da elite econômica da colônia para estudarem na Universidade de Coimbra, em Portugal. 

Além da propagação dos ideais iluministas, a Inconfidência Mineira aconteceu em consequência da insatisfação das elites da Capitania de Minas Gerais com a pesada política de cobrança de impostos estabelecida por Portugal sobre os colonos.

Contexto histórico

Durante o período colonial, o Brasil gerava muitos lucros à Coroa Portuguesa, através da exploração do ouro mineiro, que era quase totalmente destinado à metrópole. Além disso, ainda eram cobrados altos impostos da população. O quinto, por exemplo, equivalia a cerca de 20% do total de ouro extraído. Com o passar do tempo, a capacidade de mineração foi diminuindo — e a arrecadação de impostos passou a aumentar. Em 1788, Portugal nomeou o 6º Visconde de Barbacena como governador da capitania para promover a derrama, ou seja, a cobrança obrigatória dos impostos atrasados sobre a extração do ouro, o que permitia, inclusive, que oficiais confiscassem bens materiais dos devedores.

Essa derrama havia sido determinada por Portugal em razão das dívidas acumuladas dos impostos que não estavam sendo pagos. A intransigência portuguesa na arrecadação de impostos manteve as cobranças altas, mesmo com a queda na extração de ouro na região, o que acabou por gerar o acúmulo de dívidas.

Inconfidência Mineira

A insatisfação das elites da capitania com esse contexto gerou a mobilização contra o domínio português. Os inconfidentes planejavam assassinar o governador da capitania e proclamar o republicanismo na Capitania de Minas Gerais. Tiradentes era um dos envolvidos na conspiração, pois, além de ser um defensor dos ideais iluministas, também havia sido prejudicado pela gestão do visconde de Barbacena ao ser destituído do comando da cavalaria, que fiscalizava uma importante estrada da região.

O movimento conspirado pelas elites mineradoras, entretanto, não chegou a acontecer. Todos os envolvidos foram denunciados por Joaquim Silvério dos Reis, que optou por denunciar o movimento para se livrar das dívidas pessoais que havia adquirido com a Coroa Portuguesa. Assim, em 1789, o visconde de Barbacena suspendeu a derrama e prendeu os envolvidos na conspiração – entre eles, Tiradentes.

O processo de julgamento dos envolvidos na Inconfidência estendeu-se por três anos. Durante esse período, muitos dos presos negaram sua participação no movimento, com exceção de Tiradentes, que reconheceu abertamente seu envolvimento. A sentença dos inconfidentes saiu em 1792 e determinava a pena de morte por enforcamento a dez pessoas. Entretanto, por intermédio da Rainha D. Maria I, nove dos envolvidos na Inconfidência foram perdoados e condenados ao degredo (expulsos do Brasil), enquanto a sentença de morte foi mantida para apenas para Tiradentes.

Entre muitas possibilidades para ele ter sido o único a chegar de fato à pena capital, duas são mais consideradas. A primeira por ele não pertencer à elite mineradora e, portanto, não possuir influência na Coroa e a segunda possibilidade é a de que, por falar abertamente do seu envolvimento na conspiração durante o interrogatório, Tiradentes foi considerado um elemento perigoso pela Coroa e, por isso, deveria ser eliminado.

Tiradentes foi usado como bode expiatório, sendo enforcado na manhã de 21 de abril de 1792, na cidade do Rio de Janeiro. Em seguida, teve o corpo esquartejado em quatro partes e espalhado pela estrada de acesso a Ouro Preto. Sua cabeça foi exibida em uma estaca colocada na praça central da cidade. A condenação de Tiradentes foi utilizada como demonstração de força da Coroa para evitar que futuras rebeliões acontecessem.

Tiradentes como herói

A figura de Tiradentes permaneceu esquecida durante o resto do período colonial e também no período imperial, principalmente pelo caráter republicano dos envolvidos na Inconfidência Mineira. A imagem de Tiradentes como herói foi construída com a Proclamação da República, quando os republicanos desejavam exaltar as figuras de brasileiros que haviam se contraposto aos tempos de monarquia. Republicano convicto, Tiradentes foi exaltado como um mártir do movimento republicano e, portanto, um herói nacional.

Em consequência disso, o dia de sua execução, 21 de abril, foi estabelecido como feriado, e sua imagem passou a ser retratada, muitas vezes, parecida com a de Cristo crucificado, uma forma de relacionar Tiradentes como mártir e herói."

Homenagem do Crea-RJ

Assim como Tiradentes lutou com convicção por liberdade e justiça, o Crea-RJ se empenha diariamente em promover a excelência e a ética no exercício das profissões que regulamenta. Neste Dia de Tiradentes, reafirmamos nosso compromisso com a construção de um futuro onde a integridade e a inovação caminhem lado a lado, honrando o legado daqueles que não mediram esforços para ver o Brasil próspero e independente. Que a memória de Joaquim José da Silva Xavier inspire não apenas os profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua, mas a todos, a buscarem os ideais de liberdade e progresso.

Nowcasting reúne tecnologias de ponta para precisão meteorológica

A previsão de curtíssimo prazo, também conhecida como "nowcasting", tem se destacado cada vez mais no campo da Meteorologia, oferecendo uma abordagem inovadora para antecipar eventos atmosféricos iminentes em um período de até duas horas. Esse termo, em alta no linguajar meteorológico, tem sido fundamental para alertar sobre condições climáticas extremas que podem resultar em desastres ou situações de calamidade pública em regiões específicas.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o nowcasting emprega uma combinação de tecnologias de ponta, redes observacionais e técnicas de sensoriamento remoto para proporcionar uma visão mais precisa e imediata das condições atmosféricas.

Dados provenientes de diversas fontes, como radar meteorológico, satélites, observações de superfície e modelos numéricos de alta resolução, são processados em tempo real para identificar padrões e tendências. Além disso, a utilização de sensores de descargas atmosféricas e inteligência artificial acrescenta uma camada adicional de precisão à previsão, permitindo uma avaliação mais detalhada da cobertura de nuvens, tamanho, forma, intensidade, velocidade e direção de fenômenos climáticos.

O investimento em computadores de última geração tem impulsionado significativamente a capacidade de processamento e análise de dados meteorológicos em tempo real. Essa infraestrutura tecnológica avançada tem possibilitado uma melhor compreensão e previsão de eventos atmosféricos severos, contribuindo para a mitigação de danos financeiros e, mais importante, para a preservação de vidas.

O nowcasting não apenas fornece alertas precoces sobre condições climáticas adversas, mas também oferece às autoridades e comunidades informações essenciais para o planejamento e a implementação de medidas de precaução e resposta em tempo hábil. Com isso, torna-se uma ferramenta crucial para a gestão de riscos e a proteção da população em face das crescentes ameaças relacionadas às mudanças climáticas.

A Meteorologia

Tamanha é a importância da Meteorologia, que a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão especializado que reúne 193 países membros e foi estabelecido com o objetivo de coordenar, normalizar e melhorar em benefício das diversas atividades humanas os serviços que presta à área, no mundo inteiro.

A ideia é demonstrar a importância dessa ciência para o bem-estar da humanidade e valorizar o trabalho dos meteorologistas e cientistas do clima, cuja dedicação é fundamental para compreender e prever os padrões climáticos que influenciam tudo, desde as atividades diárias até os ecossistemas globais.

A Terra enfrenta desafios cada vez maiores, como as mudanças climáticas, a escassez de água e a intensificação de eventos climáticos extremos. Diante desse cenário, é fundamental o trabalho integrado para a proteção do planeta e garantia de futuro sustentável para as próximas gerações.

O Crea-RJ é o Conselho profissional de todos os profissionais que trabalham para entender e prever os caminhos do tempo e do clima e valoriza a importância vital desta ciência e seu conhecimento para a preservação do planeta e para a continuação da VIDA!

Crea-RJ presente na celebração dos 90 anos do Crea de Minas Gerais

Na noite de 15 de abril, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais foi palco de uma solenidade especial: a entrega de uma Placa Comemorativa em celebração ao 90° aniversário de fundação do Crea-MG. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças do Sistema Confea/Crea e Mútua, incluindo os presidentes do Confea e dos 27 Creas, representantes de diversos conselhos profissionais, bem como parlamentares e demais representantes das áreas de engenharia, agronomia e geociências.

Entre os presidentes, Miguel Fernández do Rio de Janeiro, comemorou a data, lembrando que o Crea-RJ é um dos regionais que completa 90 anos em 2024.

Colégio de Presidentes

A solenidade comemorativa foi seguida pela realização da 3ª Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua, realizada nos dias 16 e 17 de abril, em Belo Horizonte/MG.

Entre os assuntos da pauta do primeiro dia, foram destacadas ações do Confea junto ao Conselho Federal de Química, informes sobre as Comissões Nacionais de Educação e Atribuição Profissional - CEAP, de Ética e Exercício Profissional - CEEP, de Organização, Normas e Procedimentos - CONP, além de discussões sobre revisões de algumas Resoluções do Confea, como a 1.137/2023, a 1.066/2015 e a 1.007/2003.

Engenheiros químicos

Sobre as ações junto aos profissionais da Engenharia Química para registrarem-se no Sistema Confea/Crea e Mútua, foram detalhadas as estratégias de comunicação para a área. Estão sendo planejadas ações de divulgação, o levantamento de profissionais, além do envolvimento de conselheiros com acesso a instituições de ensino, visando à realização de palestras sobre o papel do Sistema Confea/Crea para os futuros engenheiros químicos.

Grande incentivador das ações de comunicação como forma de trazer os profissionais e as empresas para perto do dia a dia do Sistema, o presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, apoia as campanhas que falam diretamente com esse público-alvo.

Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas

O coordenador adjunto da Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Engenharia Química, conselheiro do Crea-RJ, Erick Galante, está presente na 2ª Reunião de coordenadores da CCEEQ, que ocorre simultaneamente, em Brasília, nos dias de 15, 16 e 17.
A valorização da modalidade de Engenharia Química junto ao Sistema tem permeado as discussões da CCEEQ, levantando a interferência de outros conselhos em atribuições destes profissionais. Foi ainda verificado que houve um incremento de serviços que hoje estão fora da Tabela de Obras e Serviços (TOS), que é adotada no preenchimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), constatando-se a necessidade de incluir serviços para a ART Múltipla.

Convênio com FGV

Um dos assuntos levantados no último dia do CP foi a aprovação de uma proposta para que o Confea realize tratativas junto à Fundação Getúlio Vargas, no sentido de promover um convênio que possa disponibilizar gratuitamente aos profissionais e empresas registrados os indicadores econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), como os índices de confiança, de incerteza e de produção industrial.

A justificativa é a crescente demanda por este tipo de serviço no segmento da construção e a necessidade de reorganização de toda a cadeia produtiva, com base na análise desses índices de variação mensal.