Pela primeira vez, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) e o Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro (CRA-RJ) assinaram nesta segunda-feira, dia 16 de setembro, protocolo de intenções com o objetivo de firmar uma parceria entre os dois conselhos profissionais, visando a um intercâmbio de informações para promover o aperfeiçoamento profissional e ações conjuntas de fiscalização do exercício legal da profissão nos dois Conselhos.
“Nosso objetivo com essa parceria é desenvolver nas empresas e profissionais de Engenharia ações ligadas ao setor de Administração, por meio de compartilhamento tecnológico, e assim propor soluções para o setor produtivo do estado do Rio. Sem sombra de dúvidas, essa iniciativa vai se desdobrar na melhoria do nosso ambiente de trabalho, permitindo maior geração de empregos”, afirmou o engenheiro Miguel Fernández, presidente do Crea-RJ, entidade que reúne em todo o estado cerca de 110 mil profissionais das Engenharias, da Agronomia e Geociências, além de 23 mil empresas.
O presidente do CRA-RJ, o administrador Wagner Siqueira, em seu quarto mandato à frente do Conselho, manifestou muita satisfação com a iniciativa.
"É com muita alegria que realizamos a assinatura deste protocolo de intenções com o Crea-RJ, a fim de promovermos a implementação de entendimentos mútuos e ações conjuntas que possam promover a eficiência e eficácia nas ações de fiscalização, aperfeiçoamento profissional e desenvolvimento de ambas as instituições", afirmou o presidente do CRA-RJ, entidade que reúne 52 mil profissionais.
Assinado na manhã desta segunda-feira, dia 16 de setembro, na sede do CRA-RJ, na Rua Professor Gabizo, na Tijuca, o protocolo de intenções tem prazo previsto até 31 de dezembro deste ano, podendo ser prorrogado, de acordo com o entendimento dos presidentes dos dois Conselhos. Fernández e Siqueira mantêm ótimas relações, inclusive na diretoria do Fórum Estadual dos Conselhos Regionais e Ordens de Profissões regulamentadas, do qual Siqueira é presidente até o ano que vem.
Este ano, o Crea-RJ já firmou parcerias com o Conselho de Arquitetura de Urbanismo (CAU/RJ) e com o Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT-RJ), com a finalidade de aperfeiçoar ações conjuntas de fiscalização do exercício legal das profissões.
A história do município de Casimiro de Abreu está diretamente ligada à criação, em 1502, da feitoria de Cabo Frio pela expedição comandada por Américo Vespúcio. Em apoio à ela, foram criadas no ano de 1616 a Aldeia de São Pedro e a sesmaria de Campos Novos, entre São Pedro e o Rio Peruíbe, atual Rio São João.
Em 1740, foi ocupada a área onde se encontra Aldeia Velha, hoje distrito de Silva Jardim. A sede da Freguesia foi oficialmente transferida para a Barra do Rio São João em 1801, onde se ergueu a matriz da Sacra Família. Somente em 1813 foi criado o município de Macaé, abrangendo a aldeia de Barra de São João, Leripe (Rio das Ostras), Indaiaçu (Casimiro de Abreu) e Vila de Capivary (Silva Jardim).
Em 1839, Casimiro José Marques de Abreu nasce em uma residência, onde funcionava um trapiche onde comercializava e exportava diversos produtos para o Rio de Janeiro, inclusive produtos agrícolas.
Em 1846, a região foi elevada à categoria de vila, com a denominação de Barra de São João. O município teve regular desenvolvimento da agricultura, mas com a Lei da Abolição dos Escravos, Barra de São João também sofreu um declínio notável na sua produção.
Em 31 de março de 1938, o município de Barra de São João teve o seu nome alterado para Casimiro de Abreu e a casa onde residiu o poeta Casimiro de Abreu foi doada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 18 de setembro de 1958, para ali ser instalada uma Casa de Cultura em homenagem ao poeta.
Com a emancipação de Rio das Ostras em 1992, Barra de São João tornou-se o único pedaço de litoral do município de Casimiro de Abreu.
O Crea-RJ parabeniza Casimiro de Abreu por seus 165 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!
Depois de ter atuado no período da montagem da Cidade do Rock, a equipe de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) permanece atuando todos os dias na realização do Rock in Rio, que começa hoje, celebrando os 40 anos de lançamento do que se tornou o maior festival de música e entretenimento do mundo. O gerente da fiscalização do Crea-RJ, engenheiro Cosme Chiniara, informou que os fiscais vão atuar diariamente na Cidade do Rock, com atenção especial para as instalações do parque de diversões, que conta com cinco brinquedos. A Roda Gigante é o brinquedo previsto para funcionar até mais tarde, às 2h da manhã.
A fiscalização do Crea-RJ atualizou os números da presença dos profissionais de engenharia no evento. São 158 profissionais de 74 empresas e responsáveis por 428 ARTs, a Anotação de Responsabilidade Técnica. Com a ART, as autoridades podem ser imediatamente informadas da responsabilidade pelos eventos. Isso facilita o rastreamento dos profissionais envolvidos em eventuais falhas, que podem resultar em inquéritos policiais e processos na Comissão de Ética do Conselho. Outros dois conselhos profissionais também atuam na fiscalização do Rock in Rio: o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), com 180 Registros de Responsabilidade Técnica; e o Conselho Regional de Técnicos Industriais do Rio (CRT/RJ), que tem quatro Termos de Responsabilidade Técnica registrados.
O superintendente técnico do Crea-RJ, engenheiro Leonardo Dutra, manifestou satisfação com todo o trabalho realizado pelos fiscais, assim como a colaboração dos profissionais do Rock in Rio.
“A fiscalização do Rock in Rio está muito positiva. O evento é muito organizado. Eles ajudam a gente com bastante informação. A gente consegue fazer uma fiscalização ativa em que se consegue proteger o exercício legal da profissão. Todas as instalações têm responsáveis técnicos. O Rock in Rio está de parabéns junto com a Engenharia”, afirmou Dutra.
Os profissionais do Crea-RJ estão divididos em engenheiros civis (193), eletricistas (126), de segurança do trabalho (106), mecânicos (75) e químicos (10). Os engenheiros mecânicos e eletricistas são os responsáveis pelas instalações do parque de diversões, que faz a festa do público no festival. Além da roda gigante, a maior transportável da América Latina, com 36 metros de altura, há também a montanha russa, o mega download – que se sobe e desce a 30 metros de altura –, o discovery – que faz movimentos a 20 metros do solo – e a tirolesa, a grande sensação do festival. Quem nunca se emocionou ao ver a tirolesa passar diante do Palco Mundo, enquanto acontecem os shows? A tirolesa tem capacidade para cerca de 1.500 pessoas/dia, percorre uma distância de 200 metros e chega a atingir uma altura de 22 metros.
Para a fiscalização do Crea-RJ, a grande novidade no evento é o emprego de QR-Codes, que permitem a qualquer um com um smartphone o acesso às informações dos responsáveis técnicos pelas instalações da Cidade do Rock. Até o início do festival, foram instalados 95 QR-Codes, que funcionam como placas virtuais com as informações sobre os profissionais responsáveis, suas empresas e as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica).
O QR-Code foi lançado e testado pelo presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, em visita técnica à Cidade do Rock, no dia 3 passado. Na ocasião, o responsável técnico pela montagem da Cidade do Rock, o engenheiro Jackson Pessanha, destacou que a presença do Crea-RJ é “um selo de garantia para a obra”.
O presidente do Crea-RJ afirmou esperar que a novidade facilite o acesso aos responsáveis técnicos pelas instalações do evento, contribuindo para dar maior segurança a todos.
“Desde o início do mandato, em janeiro, a gente vem com uma comissão de fiscalização de megaeventos e evoluindo a cada ação. E dessa vez a gente traz uma novidade, que é fazer a verificação de responsável técnico por QR-Code. Aquele profissional ou cidadão que quiser saber quem é o responsável técnico por uma obra ou serviço pode com seu próprio celular acessar as informações”, afirmou o presidente, explicando que “dessa forma, vamos garantir que sempre se tenha acesso aos responsáveis técnicos e segurança para esse grande evento que é o Rock in Rio. São milhares de profissionais trabalhando, centenas de empresas envolvidas e é uma alegria estar fazendo parte disso, mostrando um pouquinho do antes, durante e depois desse grande espetáculo no Rio de Janeiro”.
Em entrevista ao vivo ao jornalista Sidney Rezende, âncora do Jornal da Tupi, na quinta-feira, dia 12 de setembro, o presidente do Crea-RJ, o engenheiro Miguel Fernández, afirmou que tem investido na comunicação dos trabalhos de fiscalização do Conselho porque “a ação da fiscalização salva vidas”. Indagado por Sidney se a fiscalização do exercício legal das profissões do Sistema Confea/Crea é mesmo rigorosa, Fernández explicou que a primeira tarefa do Conselho, nesse aspecto, é educar os profissionais e a sociedade.
“Em primeiro lugar, a gente quer instruir os profissionais. Quer trazer à ciência a importância de uma obra ou serviço ter profissionais registrados. Por isso, a gente faz uma ação muito forte de comunicação e aí eu agradeço a Tupi pelo apoio a essa estratégia de informar os profissionais e à sociedade porque essa ação salva vidas, evita acidentes”, disse Fernández, acrescentando que, apesar de atuar educativamente, o Conselho também conta dispositivos legais para agir com todo o rigor em defesa da sociedade.
“A gente sabe da importância de termos empresas e profissionais devidamente qualificados, habilitados e registrados. Se permanecer a negligência, a imprudência, aí a gente tem os dispositivos legais, como a multa, podemos ajuizar. Se representar risco à sociedade, podemos até paralisar algum serviço ou obra, por meio das parcerias que temos com a Defesa Civil estadual e a Polícia Militar”, lembrou o presidente do Crea-RJ.
Os jornalistas da Tupi – Sidney Rezende, Chico Otávio e Maurício Bastos – manifestaram bastante curiosidade com a nova tecnologia empregada pelo Crea-RJ para a fiscalização do exercício legal da profissão, que foi lançada na Cidade do Rock, onde hoje começa o maior festival de música e entretenimento do mundo. O presidente do Crea-RJ explicou que a iniciativa é resultado da implantação de uma Equipe de Trabalho para Grandes Eventos, que desde janeiro já fiscalizou mais de cem eventos em todo o estado, incluindo o desfile das escolas de samba na Sapucaí e o show da Madonna, em Copacabana.
Fernández lembrou que no dia seguinte após vencer a eleição para presidente do Crea-RJ, em novembro passado, houve um show da americana Taylor Swift, em que morreu uma menina devido ao intenso calor e a falta de água para o público. Na ocasião, Fernández foi indagado sobre como seria a ação da fiscalização do Crea. Aí surgiu a ideia de fiscalizar grandes eventos. Para isso, a equipe de fiscalização do Crea faz ações de inteligência e de campo, em que o objetivo principal é coibir o exercício ilegal da profissão para minimizar os riscos de acidentes para os próprios profissionais e para o público.
“Infelizmente existem, sim, muitos acidentes porque são estruturas montadas de forma transitória e exigem uma operação de acompanhamento antes, durante e depois. O nosso trabalho é garantir que essas empresas tenham responsáveis técnicos pelas obras e serviços, e estejam habilitadas para prestar aquele tipo de serviço e não uma de fundo de quintal. Para o profissional desempenhar esse serviço ele precisa preencher um documento chamado ART, que é a Anotação de Responsabilidade Técnica. Só um profissional devidamente habilitado e registrado no Conselho profissional pode fazer esse documento. É um documento de inteligência, onde levantamos todos os dados dos serviços de engenharia que estão ocorrendo formalmente no Rio de Janeiro”, explicou o presidente do Crea-RJ.
Na entrevista ao Jornal da Tupi, transmitido diariamente às 18h pela Super Rádio Tupi (FM 96,5), o presidente do Crea-RJ explicou que “historicamente a ART era apresentada em placas de obras de construção civil”.
“Só que isso não se aplica à nossa nova realidade. Muito menos num evento, que é passageiro. A placa agora é virtual. Através de um QR-Code qualquer pessoa com seu celular consegue ver todas as informações técnicas da empresa e do profissional. A Cidade do Rock tem cerca de cem QR-Codes indicando todas as ARTs dos profissionais. Estive lá e fui o primeiro a instalar a primeira placa virtual. Isso traz mais garantias que tem um serviço profissional prestado por uma empresa com responsabilidade”, assegurou Fernández.
Indagado pelo jornalista Chico Otávio sobre o que é priorizado em termos de fiscalização, o presidente do Crea-RJ explicou que a ação deve ser levada em conta antes, durante e depois. Segundo ele, no período anterior ao início do evento se foca na segurança do trabalho dos profissionais do nosso setor.
“São várias as questões a serem observadas nesse quesito. Uma delas são os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que envolvem todos os equipamentos de segurança. Verificamos também se as empresas têm o profissional qualificado para determinado tipo de serviço, como a parte elétrica, de estruturas, de ignifugação, para prevenção contra incêndios, quando há shows pirotécnicos, tem o combate a incêndios e pânico. O Corpo de Bombeiros faz a avaliação do projeto, mas o Crea verifica se tem um profissional devidamente habilitado e responsável pelo serviço”, explicou Miguel Fernández.
Fernández lembrou ainda que o Crea-RJ terá fiscais durante todos os dias de realização do Rock in Rio.
“São muitas as intervenções que acontecem durante um evento e é importante que a gente esteja sempre atento e acompanhando. Depois tem toda a parte da desmobilização, que também representa um risco aos profissionais, além da questão do meio ambiente. Para onde vão os resíduos gerados? O Conselho vem trabalhando fortemente nisso”, disse o presidente do Crea.
Também participou da entrevista o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ), Sydney Meneses, que falou sobre o Plano Diretor do Rio e a importância de os candidatos nas eleições municipais estarem atentos às leis de ordenamento do território urbano. Sydney destacou que entre as questões mais importantes relativas à desordem urbana estão “a ocupação inadequada de calçadas e praças, a população de rua que ocupa todas as áreas da cidade e o problema da criminalidade”, o que inclui a ação nefasta das milícias. “Você tem hoje em áreas dominadas pelo crime organizado uma produção de construções sem controle e sem cumprir as leis”, observou Meneses.
O presidente do Crea-RJ, Miguel Fernández, lembrou também que firmou um inédito acordo de cooperação técnica com o CAU, que tem permitido uma parceria muito importante entre os dois conselhos para a discussão dos principais problemas urbanísticos do Rio. Um exemplo disso foi a associação inédita dos dois conselhos para a realização de um seminário sobre urbanismo que foi organizado pelo Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, no Rio, em agosto.
O presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, especialista em recursos hídricos, faz um diagnóstico da crise hídrica pela qual passa o Sistema Imunana-Laranjal, que abastece 2 milhões de pessoas que vivem na Grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e Paquetá. Ele defende que uma das soluções seria a realização de grande obra de infraestrutura, como uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul e a construção do chamado Túnel do Taquaril para ampliar a capacidade de abastecimento do Sistema Imunana-Laranjal.
Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ ganhou assento no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, onde vai levar o debate sobre a necessidade dessa grande obra.
“O novo problema que está sendo alardeado por indisponibilidade hídrica na região do sistema Imunana-Laranjal é um velho conhecido dos profissionais do setor, já diagnosticado no plano de segurança hídrica do Estado do Rio de Janeiro há muitos anos”, afirmou o presidente do Crea-RJ.
“A verdade é que, em anos de escassez hídrica, esse sistema sempre operou no seu limite e estamos vivendo agora no momento um ano de escassez hídrica em virtude dos eventos climáticos extremos. Se não chover nos próximos dias, faltará água na região da grande Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá, Paquetá”, prevê o engenheiro Miguel Fernández.
Ele lembra que o problema é grave devido à ausência de investimentos em décadas.
“É um sistema que opera da mesma forma desde 1950, em que aproveitou obras de dragagem, do antigo DNOS, para transpor uma água para aquela região e que nunca foi ampliada sua capacidade. As intervenções que estão sendo realizadas agora são paliativas; o que é necessário ser feito é uma grande intervenção para trazer uma nova fonte de água para região”, afirma Fernández.
Segundo o presidente do Crea-RJ, para lidar com o problema “existem diversas opções como, por exemplo, a dessalinização ou transpor água de outras fontes”. Para ele, a mais barata e viável já estudada é uma nova transposição do Rio Paraíba do Sul através de um túnel de aproximadamente 40 quilômetros que, além de resolver o problema de abastecimento de água da região resolveria também o problema do Polo Gaslub Itaboraí, que está sendo inaugurado agora e que também é um grande consumidor de água, o que agrava ainda mais a situação da região”.
O presidente do Crea-RJ assinala que o projeto do Túnel do Taquaril funcionaria também como fonte de energia renovável e sustentável “porque tem um desnível de cerca de 250 metros que pode também estar trazendo esse ganho efetivo para toda a região.”
Miguel Fernández destaca que a solução do Taquaril é a mais viável.
“É um projeto de Engenharia importante, que o Estado do Rio precisa, e que pode ser visto como uma espécie de novo Guandu, mas dessa vez para abastecer o outro lado da Baía de Guanabara”, afirma.
Fernández informou que, pela primeira vez, o Crea-RJ ganhou assento no Conselho estadual de recursos hídricos, “o que vai poder levar esse debate para os tomadores de decisão e instituições com capacidade de investimento para realização desse tipo de projeto.”
O grafeno é uma forma de carbono que consiste em uma única camada de átomos dispostos em uma estrutura bidimensional de favo de mel. É o material mais fino já descoberto, mas também é incrivelmente forte, sendo cerca de 100 vezes mais resistente que o aço. Além disso, o grafeno é um excelente condutor de calor e eletricidade e tem propriedades ópticas únicas, o que o torna transparente. Devido a essas características, tem potencial para ser usado em uma ampla gama de aplicações, desde eletrônicos até materiais compósitos e energia.
Produzido através de várias técnicas, cada uma com características distintas, a esfoliação mecânica, que é a remoção de camadas de grafite com fita adesiva, foi o primeiro método utilizado para isolar o grafeno, mas que não é adequado para produção em massa. A deposição química de vapor (CVD) é um processo no qual um ou mais precursores gasosos são introduzidos em uma câmara de reação, onde ocorrem reações químicas na superfície do substrato aquecido, resultando na deposição de um material sólido. Esse é considerado promissor para a fabricação em larga escala de grafeno de alta qualidade.
Outro método é a intercalação, que separa as camadas de grafite ao inserir moléculas ou íons entre elas. Por fim, a esfoliação química usa ácidos e oxidantes para esfoliar o grafite em camadas mais finas. Cada um desses métodos enfrenta desafios relacionados à qualidade do grafeno, eficiência do processo e escalabilidade para produção industrial.
Aplicações do grafeno
O grafeno é um material versátil com ampla possibilidade de aplicações potenciais. Na eletrônica, é utilizado em dispositivos como telas sensíveis ao toque e componentes eletrônicos flexíveis, aproveitando sua alta condutividade elétrica e transparência. No campo da energia, pode melhorar a eficiência de células solares e baterias e é usado em supercapacitores para armazenamento de energia rápido. Como aditivo em materiais compósitos, aumenta a resistência e a condutividade térmica e elétrica, ao mesmo tempo que reduz o peso dos materiais.
Na biomedicina, sua biocompatibilidade está sendo explorada para uso em dispositivos médicos e sensores. Além disso, é utilizado em membranas de filtragem para a purificação de água e outras aplicações de separação. O grafeno traz diversas vantagens para a indústria eletrônica: sua alta condutividade elétrica, que permite a criação de dispositivos mais eficientes e com maior velocidade de processamento; sua flexibilidade abre caminho para eletrônicos dobráveis e dispositivos vestíveis; sua transparência quase total o torna ideal para telas sensíveis ao toque e displays; por ser extremamente leve e resistente, pode levar à produção de dispositivos eletrônicos mais leves e duráveis; sua capacidade de dissipar calor eficientemente pode melhorar a vida útil e o desempenho dos eletrônicos.
Grafeno e nanotubos de carbono
Os nanotubos de carbono são estruturas cilíndricas formadas por átomos de carbono dispostos em uma rede hexagonal, semelhante à estrutura do grafeno. Eles podem ser classificados como de parede única (SWNTs) ou de parede múltipla (MWNTs), dependendo do número de camadas de grafeno enroladas para formar o tubo. Os nanotubos são conhecidos por suas propriedades de alta resistência à tração, condutividade elétrica e térmica e têm potencial para uso em diversas aplicações, incluindo eletrônicos, materiais compósitos e tecnologias emergentes.
Embora possuam semelhanças, as estruturas distintas do grafeno e dos nanotubos de carbono conferem a cada um propriedades únicas. O grafeno é uma única camada de átomos de carbono arranjados em uma estrutura hexagonal bidimensional. Já os nanotubos de carbono são formados por folhas de grafeno enroladas em forma de cilindros ocos, que podem ser de parede única ou múltipla. Eles possuem propriedades mecânicas impressionantes e uma resistência à tração muito alta, com condutividade elétrica que varia conforme a estrutura do nanotubo, podendo ser metálica ou semicondutora. Essas diferenças estruturais resultam em uma variedade de aplicações potenciais para cada material no campo da tecnologia e dos materiais compósitos.
O Crea-RJ é o Conselho Profissional que regulamenta o exercício tecnicamente habilitado dos profissionais da área tecnológica e entende que são as competências dos profissionais que o compõem as ferramentas para o avanço e o desenvolvimento. Técnica, ciência e pesquisa formam o tripé que mantêm a sociedade ativa, rumo ao futuro.
O setor agrícola é extremamente vulnerável às alterações climáticas, já que depende das condições ambientais favoráveis para garantir uma produção de excelência. Desta forma, a aplicação de conhecimentos e tecnologias meteorológicas podem minimizar os impactos negativos causados pelas mudanças climáticas.
Diante disso, por meio de uma palestra técnica, foram abordados os desafios provindos das mudanças climáticas no setor agrícola brasileiro. Quem ministra a palestra técnica "Os desafios e avanços da meteorologia na agricultura" é o meteorologista Luiz Felipe Rodrigues do Carmo,
A mediação é do coordenador adjunto da Câmara Especializada de Agronomia, meteorologista Anselmo Pontes.
O dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, trouxe a data para o calendário nacional, divulgando e conquistando parceiros em todo o Brasil. Em 2024, o tema é “Se precisar, peça ajuda!”, mas as diversas ações que já estão sendo desenvolvidas, seguem durante todos os outros meses.
Ao longo dos anos, tem sido possível observar uma evolução na conscientização da sociedade como um todo em relação ao assunto, com quebra de tabus e a abertura para se conversar abertamente sobre suicídio em diferentes ambientes sociais, como dentro da família, nas empresas, imprensa e poder público.
No mundo, uma em cada cem mortes é por suicídio!
Dados da Organização Mundial da Saúde - OMS mostram que, embora os números de suicídio estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas estão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde, em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil. 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio, no país.
As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil). Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.
Esteja aberto a ajudar
O tema ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda.
Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente.
Movimento no Brasil
O Centro de Valorização da Vida - CVV é parte fundamental desse processo. Uma das ONGs mais antigas do país, fundada em São Paulo em 1962, atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente.
Hoje, 3,5 mil voluntários, em cerca de cem postos, prestam serviço voluntário e gratuito 24 horas por dia, nos 365 dias do ano, aos que querem e precisam conversar sobre seus sentimentos, dores e descobertas, dificuldades e alegrias. De forma sigilosa e sem julgamentos, o voluntário do CVV busca ouvir aquele que liga com profundo respeito, aceitação, confiança e compreensão, valorizando a vida e, consequentemente, prevenindo o suicídio
Após a implantação do telefone 188, em 2015, por meio de acordo com o Ministério da Saúde que garante gratuidade da tarifação telefônica, já foram registrados cerca de 3 milhões de atendimentos por ano.
Todas as formas de acesso podem ser conferidas no site www.cvv.org.br, onde também é possível se informar sobre o Posto CVV mais próximo e como se tornar voluntário.
No dia 11 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Cerrado.
O Dia Nacional do Cerrado celebra a importância do bioma, que abrange mais de 25% do território nacional e contém em seu subsolo grandes reservas de água doce. É o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul.
Conhecido como a savana brasileira, o Cerrado possui uma grande biodiversidade, com mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves, além de abrigar duas das principais nascentes do país, a do Rio São Francisco e a do Rio Tocantins, sendo considerada a “caixa d’água do Brasil”.
Devido a sua localização estratégica, o Cerrado se encontra no centro dos grandes divisores de águas do Brasil, abrigando as cabeceiras de suas maiores bacias hidrográficas, sendo elas:
Bacia do Rio Araguaia: o principal rio dessa bacia é o Rio Araguaia, onde 81% dele encontra-se na região do Cerrado. Ele nasce na Serra de Caiapó, sendo um dos mais importantes sistemas de áreas úmidas da porção central do país.
Bacia do Rio São Francisco: o Rio São Francisco possui 90% de suas nascentes nas áreas compreendidas pelo Cerrado, porém, mais da metade das águas desta bacia encontra-se fora deste bioma.
Bacia do Rio Tocantins: o Rio Tocantins nasce na região do planalto de Goiás, na Serra dos Pirineus. É o segundo maior rio totalmente brasileiro, após o Rio São Francisco, podendo ser chamado também de Tocantins-Araguaia, após juntar-se ao Rio Araguaia, na região do “Bico do Papagaio”, localizado entre os estados de Tocantins, Maranhão e Pará. Assim, grande parte da bacia está situada dentro do bioma do Cerrado.
Bacia Periférica Amazônica: essa bacia compreende os Rios Madeira, Tapajós e Xingu. O Rio Xingu possui nascentes que abrangem a região do bioma Cerrado.
Bacia Hidrográfica do Rio Paraná: o Rio Paraná, que comporta a Usina Hidrelétrica de Itaipu, tem suas principais nascentes no Cerrado.
Bacia do Rio Paraguai: o Rio Paraguai tem suas principais nascentes advindas do Cerrado. Apesar disso, a maior parte desta bacia encontra-se no bioma Pantanal.
Bacia Periférica Atlântica: compreende as bacias do Rio Doce, Rio Jequitinhonha e Rio Pardo. Ela abrange partes do Brasil, da Bolívia, do Paraguai e da Argentina, se estendendo pelos estados brasileiros do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, regiões que fazem parte do Cerrado.
Bacia Periférica do Golfão Maranhense: situada na região que marca a transição entre o bioma Cerrado e o bioma Amazônia, os principais rios que compõem essa bacia são: Munim, Mearim, Pindaré e Itacuru. Na bacia do Rio Munim, encontra-se o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Além de compreender nove das doze bacias hidrográficas existentes no Brasil, o Cerrado também abrange uma região que abriga três aquíferos: Guarani, Bambuí e Urucuia. As águas provenientes do Cerrado abastecem esses aquíferos, desempenhando, então, um papel importante na alimentação dos recursos hídricos continentais. As florestas existentes no Cerrado possuem raízes profundas, capazes de captar água da chuva e abastecer esses aquíferos.
Aquífero Guarani: considerado a maior reserva subterrânea de água do mundo, sendo, portanto, um importante manancial para consumo de água. Ele se estende pelas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil.
Aquífero Bambuí: compreende a região da Bacia Sedimentar do São Francisco, abrangendo partes dos estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Bahia. Divide-se entre os biomas Cerrado e Caatinga.
Aquífero Urucuia: localiza-se na região compreendida pelo Cerrado, se estendendo pelos estados da Bahia, Tocantins, Goiás, Piauí, Maranhão e Minas Gerais.
No Dia Nacional do Cerrado, o Crea-RJ destaca a necessidade de preservação deste importante bioma brasileiro, enfatizando a urgência em reduzir drasticamente o desmatamento a fim de proteger as riquezas naturais e manter seu equilíbrio ecológico.