Crea-RJ recebe homenagem da Escola Politécnica da UFRJ

A Escola Politécnica (Poli) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) completou 150 anos de existência em 2024 e homenageou pessoas e instituições que contribuíram significativamente para sua trajetória, em evento realizado no último dia 28 de novembro, na sede do Clube de Engenharia. 

O Crea-RJ foi homenageado com a medalha especial comemorativa, cunhada pela Casa da Moeda, que foi entregue a 50 instituições que contribuíram de maneira especial para o desenvolvimento da Engenharia brasileira e da própria Poli, no último século e meio. O 2º Diretor-Administrativo do Conselho, engenheiro de Produção e de Segurança do Trabalho Livio Marco Assis de Almeida, compareceu à solenidade para receber a distinção. 

Para ele, a Escola Politécnica é um marco na formação de profissionais que transformaram o Brasil ao longo desses anos, consolidando uma base técnica e científica essencial para o desenvolvimento do país. “Receber, em nome do Crea-RJ, a medalha comemorativa pelos 150 anos da Escola Politécnica da UFRJ foi uma grande honra e um momento de grande significado. Esta condecoração é mais que um reconhecimento ao Conselho, é a representação da parceria histórica entre as instituições, no que diz respeito à construção e ao fortalecimento da Engenharia brasileira”, afirmou emocionado.

Detalhes da medalha 

Na medalha há imagens em destaque do antigo prédio da Escola Politécnica da UFRJ, situado no Largo São Francisco, onde atualmente funcionam os institutos de História e de Filosofia e Ciências Sociais, e também de Visconde de Rio Branco, juntamente com as seguintes legendas: 150 anos do primeiro estabelecimento civil para o ensino de Engenharia; Visconde do Rio Branco; e Escola Polytechnica, com as datas de 1874 e 2024.

A fundação 

Fundada em 1792, a unidade acadêmica nasceu como Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho do Rio de Janeiro, um centro de formação de Engenharia para militares. Em 25 de abril de 1874, foi transformada, por um decreto imperial, em Escola Polytechnica do Rio de Janeiro (então, grafada com “y” e “h”), passando a oferecer formação à sociedade civil. Com a criação da UFRJ, em 1920, a Escola Politécnica integrou seu núcleo inicial, ao lado da Faculdade Nacional de Direito e da Faculdade de Medicina. 

Cooperação para a educação

Na ocasião, foi oficializado um termo de cooperação com o Instituto Patrimonial Reditus, criado por ex-alunos da Poli. O acordo contempla o financiamento de projetos acadêmicos, a concessão de bolsas para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica e a implementação de programas de mentoria e orientação. A parceria com a UFRJ busca ampliar esses programas e fortalecer o impacto positivo das iniciativas no âmbito acadêmico.

Confira o vídeo com a fala do diretor Livio Almeida

Crea-RJ marca presença na 7ª Feira de Oportunidade em Campos dos Goytacazes

Nos dias 25 e 26 de novembro de 2024, o Crea-RJ participou da 7ª Feira de Oportunidade (FOP), realizada no campus do Instituto Federal Fluminense (IFF) em Campos dos Goytacazes. Reconhecida como a maior feira de estágios e empregos do interior do Rio de Janeiro, o evento reuniu mais de 20 mil visitantes e cerca de 60 expositores, entre empresas, instituições de ensino e organizações públicas.

Com o objetivo de estreitar a relação entre escola, empresa e comunidade, a FOP é um espaço de integração entre o setor produtivo, a comunidade acadêmica e profissionais especializados. Este ano, além dos estandes, o evento contou com uma programação diversificada de palestras e apresentações culturais.

Estande do Crea-RJ promove orientação profissional

O Crea-RJ participou com um estande dedicado a orientar os formandos sobre a importância e as exigências legais para o exercício profissional. Durante os dois dias de evento, a equipe do Conselho abordou temas como, por exemplo, a obrigatoriedade do registro profissional no Crea-RJ para atuar nas áreas abrangidas pelo sistema Confea/Crea; a emissão e preenchimento de Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs); e o funcionamento do Sistema Crea-RJ, incluindo o papel das Câmaras Especializadas e sua atuação na fiscalização do exercício profissional.

Aproximação com futuros profissionais

Para o coordenador da Regional Norte, Sebastião Petrucci, a participação do Crea-RJ na FOP reforça o compromisso da instituição com a valorização e o fortalecimento da atuação dos futuros engenheiros e demais profissionais da área tecnológica. 

“Há um grande desconhecimento da parte dos formandos sobre o papel do Conselho e seu funcionamento como um todo. A oportunidade de participarmos com o estande foi fundamental para podermos falar com os estudantes, buscando reduzir a desinformação, além de oferecer suporte e conteúdos relevantes para o início da vida profissional” afirmou.

Ele destacou, ainda, o valor da programação para além dos estandes, que contou com palestras que trataram de temas como IA e impactos na empregabilidade, novas leis do Direito, sobre o futuro do emprego, sobre a diversidade de operações do Porto do Açu, além de tutoriais desde a confecção do curriculum vitae até a entrevista de emprego.

           

 

 

Parabéns ao município de Cardoso Moreira, por seus 35 anos!

A origem do município de Cardoso Moreira encontra-se ligada à de Campos, município ao qual pertencia até recentemente, como sede distrital. 

Cardoso Moreira pertenceria à freguesia de Santo Antônio de Guarulhos, criada por meio de alvará de 3 de janeiro de 1759, com território compreendido entre os vales dos rios Muriaé e Itabapoana. 

A ocupação mostrou-se lenta, sendo seus primeiros habitantes criadores de gado. A região progrediu com a cultura da cana-de-açúcar, que se expandiu pelos aluviões entre o rio Paraíba do Sul e a lagoa Feia. 

Em fins de 1700, registaram-se mais de 20 engenhos produzindo açúcar e aguardente na região de Cachoeiras do Muriaé, onde está hoje Cardoso Moreira. Estes fazendeiros precisavam de um meio de escoar sua produção. Deste modo se organizaram para a construção de um ramal da estrada de ferro até Carangola, no estado de Minas Gerais. 

Com o advento da conclusão da 1ª seção da estrada de ferro, o distrito, que inicialmente se chamava Taquaraçu, e depois Porto do Braga, passou a se chamar Cardoso Moreira em homenagem ao comendador José Cardoso Moreira, um dos fundadores da ferrovia. 

Uma das peculiaridades da cultura canavieira na planície campista era a existência, ao lado dos latifúndios, de grande número de pequenas propriedades. Esse fato talvez possa explicar a relativa rapidez com que se recuperou a agricultura do município após a Lei Áurea. 

A grande riqueza da região no século XIX pode ser creditada à expansão da produção açucareira, inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde substituídos por usinas de açúcar. Várias dessas antigas usinas foram absorvidas pelas maiores, concentrando-se a produção em menor número de estabelecimentos. 

A pecuária sempre manteve papel importante na economia da região, e o café foi responsável pela prosperidade dos antigos distritos de Cardoso Moreira e Italva, onde hoje predomina o gado leiteiro. 

O Crea-RJ parabeniza Cardoso Moreira por seus 35 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Reforma Agrária no Brasil: Estatuto da Terra completa seis décadas

No dia 30 de novembro, o Estatuto da Terra - Lei n° 4.504/1964, que regulamenta a Reforma Agrária no Brasil, completa 60 anos. O texto fundamenta a execução e a promoção da política agrícola no país Brasil, regulando direitos e obrigações sobre os imóveis rurais. Trata-se do conjunto de medidas para promover a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, atendendo aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade. 

Sancionado durante a ditadura militar, o Estatuto da Terra traz as marcas da sua complexidade histórica. Sua elaboração não ignora os debates em torno da necessidade da distribuição de terras que remontam à década de 50, à formação das ligas camponesas, até à própria proposta do governo deposto de João Goulart, integrando as “reformas de base”.

Foi a lei que definiu, por exemplo, a função social da terra como o cumprimento de requisitos simultâneos: favorecer o bem-estar das famílias que nela trabalham e vivem, manter produtividade satisfatória, conservar os recursos naturais e observar as disposições legais das relações de trabalho. Esta perspectiva foi adotada, posteriormente, na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 186, e é o preceito norteador das desapropriações para fins de reforma agrária.

Pelo Estatuto, é dever do poder público criar as condições de acesso dos trabalhadores rurais à propriedade da terra e zelar pelo cumprimento da função social – atribuições assumidas na esfera federal pelo Incra desde sua criação, em 1970. Para a execução da reforma agrária, previa um fundo nacional e a realização de planos periódicos, nacionais e regionais.

A lei também dispôs sobre a colonização oficial e particular, servindo como base para a ocupação de áreas do Norte do país, em sintonia com a política de modernização agrícola e integração territorial preconizadas no período da ditadura, que previa a ocupação dos “grandes vazios” no território brasileiro.

Outros conceitos importantes, fundamentadores até hoje do ordenamento do território nacional, como a noção de imóvel rural, propriedade familiar, módulo rural, entre outros, também estão presentes no Estatuto. Em seu artigo 46, a lei registra a necessidade de levantamento de informações para a elaboração do cadastro dos imóveis rurais em todo o país – o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), mantido pelo Incra e criado em 1972.

Falar do Estatuto da Terra, portanto, é falar da missão do Incra. O dia provoca não apenas uma recuperação histórica, mas uma reflexão de futuro sobre a importância da governança fundiária e a atualidade da reforma agrária.

Para o Crea-RJ, cuja responsabilidade inclui a regulamentação e fiscalização do exercício legal das profissões da Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal e outras áreas afins, o Estatuto da Terra representa um desafio constante. São ela que, por meio de conhecimento técnico e compromisso com o bem-estar da sociedade e a preservação ambiental, traduzem em ações concretas os princípios de conservação, sustentabilidade e desenvolvimento defendidos pelo Estado.

A proteção e o uso racional dos recursos naturais, a segurança alimentar e o combate às mudanças climáticas são hoje grandes desafios para a sociedade brasileira e o Crea-RJ segue comprometido em apoiar e valorizar os profissionais que, diariamente, dedicam-se a essa missão.  

Acesse o Estatuto da Terra

Confira o vídeo!

 

 

Fonte: Incra

 

 

6º Seminário de Fiscalização do Crea-RJ

O Crea-RJ vai promover o 6º Seminário de Fiscalização, que acontecerá de 4 a 6 de dezembro e vai reunir Coordenadores Regionais, Agentes de Fiscalização e Coordenadores das Câmaras Especializadas para discutir o novo modelo de fiscalização do Conselho.

O evento visa a implementar uma abordagem sistêmica e integrada às ações de fiscalização, alinhando-as à nova legislação que regula a área e às crescentes demandas dos órgãos de controle, como o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Com as mudanças na legislação e as exigências dos órgãos reguladores, o Seminário busca atualizar os participantes sobre as diretrizes de fiscalização e assegurar que as práticas do Crea-RJ estejam em conformidade com o planejamento estratégico do Sistema Confea/Crea, atendendo às demandas das Câmaras Especializadas e à gestão de resultados.

Além disso, o seminário vai reunir subsídios para a elaboração do Planejamento de Fiscalização de 2025, em conformidade com o Planejamento Estratégico, a legislação do Sistema Confea/Crea e as demandas das Câmaras Especializadas, considerando seus respectivos planos de ação. O encontro pretende, ainda, promover a gestão de resultados com foco na elaboração do Relatório de Gestão do Crea-RJ, do Confea e do Tribunal de Contas da União (TCU). Também será um momento para disseminar aos Agentes de Fiscalização as demandas que integrarão o planejamento das atividades fiscalizatórias para o próximo exercício.

 

 

Câmara Especializada de Engenharia Florestal apresentará Relatório de Desempenho 2024

Com o objetivo de garantir transparência e prestar contas à sociedade, a Câmara Especializada de Engenharia Florestal (CEEF) do Crea-RJ realizará um evento híbrido para apresentar o Relatório de Desempenho no Exercício de 2024.

No início do ano, a CEEF elaborou seu Plano Anual de Ação (PAA) em consonância com o Art. 64 do Regimento Interno do Crea-RJ e, ao longo do período, cumpriu as atividades propostas. Entre as ações realizadas, destacam-se a elaboração de uma Norma de Fiscalização para a atividade de “Poda Urbana” e a participação direta na criação da Norma de Fiscalização conjunta sobre “Desinsetização, Desratização e Descupinização”. Além disso, a CEEF desenvolveu atividades adicionais, ampliando ainda mais seu impacto.

O encontro, que contará com a presença de representantes da Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro (APEFERJ) e de profissionais da área, será realizado no dia 5 de dezembro (quinta-feira), às 9h30, no Auditório 1 do  4º andar da sede do Crea-RJ. Para participar de forma on-line, acesse meet.google.com/hyb-pvgh-aiv

 

 

Dia do(a) Engenheiro(a) e do(a) Técnico(a) do Segurança do Trabalho

No dia 27 de novembro, é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a) e do(a) Técnico(a) de Segurança do Trabalho. Esses(as) profissionais são responsáveis por prevenir riscos, doenças (físicas e psicológicas) no ambiente de trabalho e de reduzir os impactos ao meio ambiente. Apesar de terem o mesmo objetivo, possuem diferenças nas atribuições e competências. 

A data foi escolhida neste dia devido à Lei 7.410, de 27 de novembro de 1985, ao regularizar as duas profissões. 

Engenharia de Segurança do Trabalho

O(A) Engenheiro(a) de Segurança do Trabalho é aquele(a) que desenvolve programas de prevenção e supervisão em instalações, máquinas e equipamentos, podendo emitir laudos técnicos ao identificar e corrigir possíveis erros que colocam a integridade de funcionários em perigo. Estudam aspectos ergonômicos (associação entre saúde, bem-estar e segurança aplicada à ambientes laborais), psicológicos e médicos. 

Também são encarregados no controle de poluição, na higiene ocupacional e no saneamento; projetam sistemas de proteção contra incêndios; vistoriam e indicam níveis de exposição a agentes que causam danos à saúde como poluentes atmosféricos, calor, barulhos, radiação e alterações na pressão, esta quando sai das Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP).

O curso de Engenharia de Segurança do Trabalho é uma pós-graduação para engenheiros ou arquitetos que buscam se especializar nessa área após a sua graduação, com até dois anos de duração, e as atividades desempenhadas por esses profissionais foram normatizadas pela Resolução N° 359, Art. 4°, de 31 de julho de 1991 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).

Técnica de Segurança do Trabalho

O(A) Técnico(a) é voltado para a área mais prática e funcional. Ele inspeciona a aplicação e o cumprimento das medidas preventivas de riscos, assim como as normas para manutenção da segurança. Assinatura de laudos - como o do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA), de acidentes de trabalho e de insalubridade - e avaliações ambientais são realizadas somente pelo Engenheiro. 

Não é necessário ensino superior para ingressar nesse curso. O requisito é ter o ensino fundamental completo e estar cursando o ensino médio. A duração pode variar de um ano e meio a dois anos.   

Como funciona a colaboração 

Na elaboração estratégica e na implementação de medidas de segurança, o(a) Técnico(a) e o(a) Engenheiro juntam suas habilidades e conhecimentos adquiridos para desenvolver esse ambiente mais seguro e estável. Promovem a conscientização e criam programas de segurança, independente dos níveis dos cargos de cada trabalhador, engajando esses funcionários a seguirem as práticas para continuarem protegidos. 

Ambos possuem o mesmo objetivo ao reduzir acidentes, melhorar e manter a saúde dos funcionários, conforme a legalidade vigente, evitando multas e penalidades para as empresas. 

E com condições justas e decentes de trabalho, há a melhoria no rendimento, o trabalho não é interrompido devido a acidentes e os funcionários não ficam apreensivos, aumentando a produtividade e eficiência operacional. 

O Crea-RJ parabeniza todos(as) Engenheiros(as) e Técnicos(as) de Segurança do Trabalho que olham as pessoas como parte principal no progresso de instituições e empresas, ao zelar por um lugar seguro e saudável. A implementação de novas tecnologias passa, antes de tudo, pelo cuidado com o outro, o fazendo se sentir seguro e realizado dentro de sua profissão.

Confira o vídeo!

Nota de pesar: engenheiro florestal Angelo Greco

O Crea-RJ lamenta profundamente o falecimento do engenheiro florestal Angelo Greco. Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, onde também lecionou, Greco dedicou sua vida à valorização e ao desenvolvimento da Engenharia Florestal.

Profissional atuante, contribuiu para o fortalecimento do Sistema Confea/Crea e Mútua, exercendo o cargo de Conselheiro do Crea-RJ por diversos mandatos e de presidente da Associação Profissional dos Engenheiros Florestais do Estado do Rio de Janeiro (APEFERJ).

Neste momento de luto, o Crea-RJ se solidariza com os familiares, amigos e colegas, prestando suas mais sinceras condolências.

O velório será hoje, dia 26/11 (terça-feira), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, a partir das 9h. O sepultamento está previsto para o meio dia.

Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência Contra a Mulher

Uma vida sem violência é direito das mulheres

A data de 25 de novembro é marcada como o Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. 

A violência doméstica é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial” Lei Maria da Penha, artigo 5º. A violência doméstica afeta significativamente a vida das mulheres em todo o mundo. No Brasil, a cada 7.2 segundos uma mulher é vítima DE VIOLÊNCIA FÍSICA. (Fonte: Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha). Em 2013, 13 mulheres morreram todos os dias vítimas de feminicídio. Cerca de 30% foram mortas por parceiro ou ex. (Fonte: Mapa da Violência 2015). O assassinato de mulheres negras aumentou (54%) enquanto o de brancas diminuiu (9,8%). (Fonte: Mapa da Violência 2015). 

A expressão máxima da violência contra a mulher é o óbito. As mortes de mulheres decorrentes de conflitos de gênero, ou seja, pelo fato de serem mulheres, são denominados feminicídios. Estes crimes são geralmente perpetrados por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros, e decorrem de situações de abusos no domicílio, ameaças ou intimidação, violência sexual, ou situações nas quais a mulher tem menos poder ou menos recursos do que o homem. 

O que é feminicídio?

Feminicídio é um crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como o assassinato de mulheres. Intenção ou propósito do ato que está sendo dirigido às mulheres especificamente porque são mulheres.

Tipos de violência 

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; 

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional, diminuição da autoestima, que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 

IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. (Art. 7º Lei Maria da Penha).

Violência de Gênero: violência em que o sexo da vítima é determinante

As mulheres representam a grande maioria das usuárias dos serviços socioassistenciais, sendo as mulheres negras o público majoritário atendido pela Assistência Social (IPEA, 2011). Sobre o total geral de beneficiários titulares do Programa Bolsa Família, 93% dos beneficiários titulares são mulheres, o que denota quem são os que da política de assistência social necessitam. (DATA SOCIAL, 2015). 

A Proteção Social Básica, em seu caráter preventivo, protetivo e proativo, qualifica a oferta de seus serviços trabalhando na lógica da matricialidade familiar no território. É a partir da escuta qualificada no atendimento às mulheres, seja nos grupos do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias (PAIF) e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que é possível trabalhar a prevenção à todas as formas de violência contra elas, contribuindo para o fortalecimento de sua autonomia e protagonismo na família, na comunidade, formando uma rede de cuidado e apoio entre elas. 

Tanto o fortalecimento de vínculos entre as mulheres da comunidade quanto o desenvolvimento e fortalecimento de autonomia feminina contribui para a prevenção a situações de violência. Os temas de violência contra as mulheres e direitos das mulheres podem ser regularmente abordados nos grupos do PAIF e do SCFV. 

Censo SUAS 2016 – CREAS

Conforme os dados do Censo SUAS de 2016, 92,5% dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS atendem mulheres adultas em situação de violência física, no âmbito do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI). Para comparar, apenas 53,5% atendem homens adultos na mesma situação; 

76,7% dos CREAS atendem mulheres adultas em situação de abuso sexual, no âmbito do PAEFI. Somente 38% atendem homens adultos na mesma situação. 

56,2% dos CREAS atendem mulheres adultas em situação de exploração sexual, no âmbito do PAEFI. Apenas 34% atendem homens adultos na mesma situação. 

32,5% dos CREAS atendem mulheres adultas em situação de tráfico de pessoas, no âmbito do PAEFI. 

59,7% dos CREAS atendem mulheres adultas em situação de discriminação em decorrência da orientação sexual, no âmbito do PAEFI. 

57,6% dos CREAS atendem mulheres adultas em situação de discriminação em decorrência da raça/etnia, no âmbito do PAEFI.

Registro Mensal de Atendimento (RMA) 2016 – CREAS

Do total de pessoas vítimas de violência ou violações de direitos que ingressaram na PAEFI, 54% são mulheres, correspondendo à média da população brasileira. Se detalharmos por situações de violações, evidencia-se que em casos de violência sexual (abuso e exploração sexual) contra crianças e adolescentes, a maioria das vítimas são as meninas (77%). 

Foram registrados 27.967 atendimentos no PAEFI a mulheres adultas (18 a 59 anos) vítimas de violência intrafamiliar (física, psicológica ou sexual). 

No Brasil, em média, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2015). 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas — independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social (ONU).

A Cultura do estupro no Brasil – cultura da “objetificação” sexual das mulheres. É uma cultura que utiliza o corpo das mulheres para apresenta-las, deixando-as privadas de um protagonismo em relação a sua própria sexualidade. 

A causa do dia 25 de novembro não é apenas a da mulher mutilada, a da que sofre humilhação velada por se decretar livre em um país que se diz civilizado, nem a da negra, que muitas vezes suporta a dupla rejeição, tanto por seu sexo quanto por sua cor. Essa causa é humanitária. Mais do que nomear a causa, é hora de colocá-la em prática, de despertar a consciência e não aceitar qualquer forma de violência motivada pela existência de um órgão genital. 

O Crea-RJ entende o quanto é necessária a discussão de políticas públicas de equidade de gênero e de combate ao machismo institucional, que promovam não só a igualdade de oportunidades de trabalhos, mas também de ambientes propícios para a segurança e o desenvolvimento das competências e potencialidades femininas.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social – MDS // Secretaria Nacional de Assistência Social—SNAS

 

Crea-RJ vai entregar Prêmio de Trabalhos Científicos e Tecnológicos para 115 autores do estado do Rio de Janeiro

O Crea-RJ realiza no próximo dia 3 de dezembro, terça-feira, às 15h, a cerimônia de entrega do XII Prêmio de Trabalhos Científicos e Tecnológicos 2024. Na ocasião, serão contemplados 81 trabalhos e/ou projetos de conclusão de curso, de 115 autores, de 15 instituições de ensino, referentes ao ano de 2023. São monografias, dissertações e teses apresentadas em instituições de nível superior – na graduação, mestrado e doutorado, com valor acadêmico e/ou potencial mercadológico, nas áreas de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia. 

 O objetivo é valorizar estudantes e seus professores e/ou orientadores, reconhecendo os esforços daqueles que contribuem para a construção do acervo científico e tecnológico dessas áreas, em espaços de referência para a produção de novos conhecimentos. Já foram premiados, até esta 12ª edição, 1.406 autores, nos níveis de doutorado, mestrado, superior e nível médio, e mais de 110 instituições de ensino. É importante salientar que a seleção dos trabalhos foi feita pelas próprias instituições de ensino.  

 O evento será presencial, no Clube de Engenharia (Av. Rio Branco, 124, auditório – 25º andar) e contará com a presença do presidente do Crea-RJ, Miguel Fernandez e autoridades acadêmicas, além de professores, coordenadores de curso e Conselheiros e diretores do Conselho. Haverá também transmissão ao vivo pelo canal YouTube da WebTV do Crea-RJ.

Os autores dos trabalhos e/ou projetos premiados, assim como os professores, orientadores, coorientadores e avaliadores dos trabalhos receberão certificado de menção honrosa, durante a solenidade de premiação. As instituições de ensino participantes receberão troféu e certificado de reconhecimento.

 O tema da edição deste ano é O Desafio da Mudança Climática para o Futuro da Engenharia. Neste momento de questões urgentes relacionadas às mudanças climáticas, é imperativo a criação e a busca de soluções para um desenvolvimento mais sustentável. Assim, o Prêmio Crea-RJ de Trabalhos Científicos e Tecnológicos 2024 teve como objetivo premiar enfoques de inovação aliados à sustentabilidade, a fim de promover o progresso duradouro em equilíbrio com o planeta e voltado para o bem-estar das gerações futuras. 

O evento é exclusivo para os premiados, convidados e os integrantes do corpo docente dos trabalhos que foram indicados pelas instituições de ensino.