A exploração do território do município verificou-se por volta de 1534, época em que foram doadas as capitanias hereditárias. Só a partir de 1619, foram implantados aldeamentos na região, próximo à praia denominada São Brás e em 1700, foi construída uma capela dedicada ao culto de Nossa Senhora da Guia, em local onde hoje é a sede do município.
De 1764 a 1818, o território da freguesia de Mangaratiba fez parte do município de Angra dos Reis e, posteriormente, a Itaguaí. Em 1831, foi elevada à categoria de vila, conquistando emancipação política, com a denominação de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba.
A exemplo do que aconteceu na quase totalidade dos municípios fluminenses, a escravatura exerceu um papel preponderante na formação econômica e social de Mangaratiba. Pelo seu porto transitavam mercadorias vindas de todas as regiões do Brasil e do mundo. Do interior de São Paulo e de Minas, afluíam os gêneros e artigos a serem exportados.
Mangaratiba também beneficiou-se do surto da expansão cafeeira como porto de escoamento da produção do Vale do Paraíba, por onde se chegava via picadas de tropeiros pela Serra do Mar, e como sede de grandes fazendas que se espraiavam até Paraty. Com o aumento da produção, tornou-se necessária a abertura de uma estrada mais larga, que foi inaugurada pelo Imperador D. Pedro II sob denominação “Estrada Imperial”.
A grande dificuldade de acesso terrestre permanente e a inauguração da Estrada de Ferro D. Pedro II, ligando o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba na segunda metade do século XIX, fez com que progressivamente minguasse a atividade comercial de Mangaratiba. A abolição da escravatura extinguiu a agricultura dos latifúndios locais, resultando em quadro de total abandono.
Em 1892, a freguesia de Mangaratiba e ilhas adjacentes foram incorporadas ao então município de São João Marcos, mas readquiriu sua autonomia municipal, no mesmo ano. Em 1910, o ramal de estrada de ferro, oriunda de Santa Cruz, chega a Itaguaí e, no ano seguinte, a Coroa Grande e Itacuruçá. Finalmente, em 1914, festejou Mangaratiba a chegada da primeira locomotiva que a traria de volta ao cenário econômico do Estado.
A construção do Rodovia Rio-Santos, a implantação de grandes empreendimentos hoteleiros de luxo e os passeios de escuna pelas ilhas da região, a partir de Itacuruçá, ajudaram a consolidar o turismo como principal fonte de renda do município.
O Crea-RJ parabeniza Mangaratiba por seus 193 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!
Fonte: Câmara Municipal de Mangaratiba