Crea-RJ participa do Seminário Nacional Cidades Sustentáveis

O Seminário Nacional Cidades Sustentáveis organizado pela Abea-RJ (Associação Brasileira de Engenheiras e Arquitetas do Estado do Rio de Janeiro), com o apoio do Crea-RJ, discute, no Clube de Engenharia, no Centro do Rio, o futuro das cidades do Brasil e do mundo. 

“Um evento multidisciplinar que discutiu o futuro das cidades, o futuro da sustentabilidade, o futuro da vida. Escolhemos alguns temas de relevância e tivemos grandes personalidades participando, desde técnicos a acadêmicos e pensadores. O evento realmente foi um sucesso e ficamos lisonjeadas pela receptividade do evento”, afirmou a engenheira civil Iara Nagle, presidente da Abea-RJ.

O presidente do Crea-RJ, engenheiro civil Miguel Fernández, participou da mesa de abertura e destacou que a discussão das cidades sempre esteve relacionada ao desenvolvimento da humanidade: “O setor das Engenharias é o setor que vai responder a esses desafios de poder permitir o adensamento urbano. Um adensamento que tem na palavra sustentabilidade o desafio de respeitar as questões ambientais, as questões sociais, e entender o que isso significa em termos de governo”

Jornalista, escritor e político com forte militância na defesa do meio ambiente, Fernando Gabeira apresentou, juntamente com a jornalista Miriam Duailibi, a palestra magna “A importância da transição das cidades para sustentabilidade e resiliência em um contexto de mudanças climáticas”.

“Os pobres são os mais prejudicados. Nós costumamos chamar de sociedade de risco, onde os pobres substituem os proletários. Os pobres são aqueles que sofrem tudo. Não só os pobres nas grandes cidades, como os países pobres também. Os pobres nas grandes cidades vivem nos lugares com mais risco e as sociedades mais ricas exportam o seu risco para as sociedades mais pobres”, analisou Gabeira.

O evento teve patrocínio da Finep e da Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea. “Apresentar soluções inovadoras que transformam as nossas cidades em ambientes mais verdes, sustentáveis e resilientes é de suma importância. E todas essas discussões estão intimamente ligadas”, afirmou a diretora administrativa da Mútua/RJ, engenheira civil Ana Paula Masiero. 

O então presidente do Clube de Engenharia (mandato 2021-2024), engenheiro civil Márcio Girão, recepcionou o evento. “Temos que reconstruir as cidades do ponto de vista de sustentabilidade, de resiliência, de todos esses termos importantes para a construção de uma nova sociedade”, ponderou.

O seminário reuniu líderes, políticos, pesquisadores e expoentes do setor apresentando sete mesas de palestras e debates.  

Um dos palestrantes foi Gustavo Mendanha, ex-prefeito da cidade de Aparecida de Goiânia: “vim falar um pouquinho sobre o case de cidade inteligente que nós enfrentamos na cidade de Aparecida de Goiânia, Goiás, investindo em tecnologia para mudar a vida das pessoas e, claro, também trabalhando um tema tão importante que é o meio ambiente a partir de uma parceria que nós fizemos idealizando um viveiro que hoje atende, não só a Prefeitura, mas toda a comunidade aparecidense”. 

Segundo Heloísa Borges, diretora de estudos de petróleo, gás e biocombustíveis da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), “é preciso pensar de forma integrada questões como mobilidade, uso dos resíduos do saneamento urbano, o melhor aproveitamento em termos de eficiência energética, edificação dos edifícios, mas também a questão da inclusão social, redução de desigualdade e acesso à energia das populações. E como que a gente faz um planejamento de cidades que também considere essas questões para garantia de uma transição energética que seja justa, equilibrada e inclusiva”.

O diretor executivo da AEERJ (Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro), Ícaro Moreno Jr, salienta: “o mundo hoje evoluiu muito na tecnologia. Mas a parte social, a parte de meio ambiente, a parte de gestão, está muito atrasada. Então, nós necessitamos cada vez mais dessa questão de transparência, questão de integridade, questão da sustentabilidade”. 

Já do ponto de vista do engenheiro Wagner Victer, gerente executivo da Petrobras, “estamos discutindo aspectos relacionados à energia e como eles podem se inserir em políticas públicas para a cidade. Eu acho que não teria ambiente melhor do que esse, fazer no Clube de Engenharia, em um momento tão oportuno, às vésperas do G20, estarmos executando essa discussão”.

Para Marília Melo, secretária de meio ambiente de MInas Gerais, “a gente precisa de fato pôr à mesa todas essas questões da grande complexidade que é remodelar as nossas cidades no Brasil, que já vivem com impactos muito importantes, seja da mudança do clima, seja do modelo de desenvolvimento de ocupação e uso do solo que foi uma escolha né dessas cidades”.

Crea-RJ participa do Seminário Nacional Cidades Sustentáveis