Parabéns ao município de Resende, por seus 223 anos!
As terras do atual município de Resende se tornaram conhecidas no Século XVIII, quando a febre do ouro e dos diamantes possibilitou o desbravamento dos atuais Estados do Rio, São Paulo e Minas Gerais.
O povoado que se ergueu próximo ao Rio Paraíba no século XVIII, passou a ser considerado Vila de Resende, em 1801, em referência ao Conde de Resende, que era o Vice-Rei do Brasil naquela época. Resende tinha apenas 4 mil habitantes. Na década de 1840, o café já constituía a grande riqueza, promovendo desenvolvimento e levando a vila a ser elevada à cidade. A população naquela época era de cerca de 19 mil pessoas, sendo 9.814 livres e 8.663 escravos.
Nessa época, o café era levado para o Porto de Angra dos Reis no lombo de burros, demorando cerca de oito dias nesse percurso e no mesmo período teve início a navegação pelo Rio Paraíba. Mais de 60 barcas levavam o café dos armazéns de Sant'Ana dos Tocos, de Campo Belo (hoje Itatiaia) e de Resende até Barra do Piraí, onde era feita a baldeação para os trens da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Central do Brasil.
A chegada da Estrada de Ferro D. Pedro II, em 1873, acabou, em pouco tempo, com a navegação no Rio Paraíba. A riqueza gerada pelo café não se apresentava apenas nos aspectos materiais, como as novas edificações urbanas, mas influenciou diretamente os costumes e ideias, deixando para trás a rusticidade dos tempos de pioneirismo para gerar uma nova mentalidade e estilo de vida.
Com a proibição do tráfico de escravos e a improdutividade da terra por utilização à exaustão, vários cafeicultores transferiram-se para o Oeste Paulista (hoje região de Ribeirão Preto e adjacências), onde as vantagens de um solo virgem a baixo preço estimulavam o risco. O êxodo resendense com destino ao novo Eldorado do café foi o responsável pela queda populacional verificada no final do século XIX.
Os baixos preços das terras dos cafezais abandonados trouxeram criadores de gado de Minas Gerais, iniciando a pecuária, atividade econômica que viria a substituir o café. No início do século XX, Resende já aparece como responsável por um terço da produção leiteira do Estado do Rio de Janeiro e como segundo produtor de manteiga e queijo.
Indústrias começaram a ser instaladas em Resende na primeira metade do século XX, e, em 1940, a Academia Militar das Agulhas Negras é implantada na cidade. Mais tarde, a construção da Rodovia Presidente Dutra facilitou o acesso e a comunicação entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, além de outros grandes centros.
O Crea-RJ parabeniza Resende por seus 223 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!
Fonte: IBGE
Parabéns ao município de Vassouras, por seus 167 anos!
Os primeiros colonizadores que chegaram ao território do atual município de Vassouras, na região dos rios Paraibuna e Paraíba, integravam a expedição de Garcia Rodrigues Paes Leme, que abriu o Caminho Novo das Minas e fixou residência na margem esquerda do rio Paraíba. Daí em diante, ele e seus sucessores, entre os quais o sargento-mor Bernardo Soares Proença, prosseguiram na construção do caminho que ligaria Minas à cidade do Rio de Janeiro, entre 1700 e 1725. O povoado foi fundado em 1782, quando o açoriano Francisco Rodrigues Alves e seu sócio receberam uma sesmaria repleta de arbustos que seriam empregados na confecção de vassouras.
Localizada no Vale do Paraíba, era uma região privilegiada, cortada pelos caminhos de ligação entre Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro que, no período econômico do ouro, serviam ao escoamento do produto para o império português. O povoamento se intensificou em 1812, quando, para impedir a invasão de contrabandistas, D. João VI ordenou a construção da Estrada do Comércio, que levava a Minas e Goiás. No início do século XIX, a região progrediu ainda mais, com o cultivo de cana-de-açúcar e, posteriormente, de café, levando a Província do Rio de Janeiro a ser o primeiro grande exportador do produto, no Brasil.
Em 1828, foi erguida a Capela de Nossa Senhora da Conceição à margem da Estrada da Polícia que se dirigia à Valença e Minas Gerais. O povoado foi elevado à categoria de vila, em 1833, e à cidade em 1857. Na década de 1850, Vassouras viveu um período de intensa vida social, quando surgiram casarios, palacetes, hotéis e colégios que guardam a memória dessa fase próspera, quando passou a ser chamada "Cidade dos Barões".
O cenário urbano é marcado pelos jardins da Praça Barão do Campo Belo, um dos principais cartões postais de Vassouras, com a Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, palmeiras imperiais e Chafariz Monumental. Outros imóveis completam a arquitetura das ruas de entorno: a Casa da Cultura, a Casa do Barão de Itambé, o Lar Barão do Amparo. Aos fundos da Igreja da Matriz, na Praça Sebastião Lacerda, está a casa das 14 janelas, o Chafariz D. Pedro II e as figueiras centenárias. Na Rua Barão de Vassouras, estão o prédio do antigo Banco Comercial e Agrícola, o Mercado Nova União e a antiga casa da família Teixeira Leite (atual Mara Palace Hotel).
O Crea-RJ parabeniza Vassouras por seus 167 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região!
Fonte: IPHAN