O Crea-RJ, por meio de sua Comissão de Educação e do Crea Júnior RJ, realizou, no dia 17 de outubro, o 1º Simpósio das Instituições de Ensino Superior de Engenharia, Agronomia e Geociências no auditório do Ibmec da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“Esse evento é uma homenagem ao Dia do Professor e ele tem como objetivo principal trazer alguns temas como ESG, Atribuição profissional, soft skills, assuntos de grande relevância no mercado profissional. É uma iniciativa que visa mais uma vez aproximar o nosso Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Academia”, afirmou a Coordenadora da Comissão de Educação do Crea-RJ, engenheira Gisele Saleiro.
Para o 1º vice-presidente do Crea-RJ, engenheiro Alberto Balassiano, “é fundamental que, na área de Engenharia, tenha primeiro um ensino de qualidade. Se hoje existe uma evasão é porque, de uma certa forma, os empregos ficaram bastante prejudicados. Então, isso é outra luta à qual o Crea-RJ vai se somar, não só pela qualidade do ensino, mas para que a gente consiga novamente fazer com que os empregos da Engenharia voltem a ser uma realidade nesse país”.
A engenheira Cláudia Morgado, Diretora da Escola Politécnica da UFRJ, compôs a mesa de abertura e abordou o ensino da Engenharia do ponto de vista da universidade pública.
“Temos um alunado hoje com diversas carências, hipossuficiência econômica e que, mais do que qualquer outro aluno da história, precisa ter um ambiente na universidade com acesso a computadores, com softwares mais sofisticados, enfim, a extensão que precisa ser polarizada. E a gente tem que trazer os grandes desafios da engenharia para serem discutidos dentro da escola. Isso tudo é muito lindo, no entanto, precisa de investimento”, analisou Claudia Morgado.
“A formação do engenheiro e a curricularização da extensão” foi o tema da primeira palestra do dia, ministrada pela engenheira Adriana Tonini, presidente da Abenge - Associação Brasileira de Educação em Engenharia. “São temáticas bem pertinentes que a partir de 2018 foi colocado que todos os currículos têm que ter 10% da carga horária de extensão. Então, falar como é que seria essa extensão que eu acho super importante e necessária, tendo em vista que é a extensão que faz com que o aluno tenha o contato com a sociedade”.
A seguir, o conselheiro federal e membro da Comissão de Educação do Confea, o engenheiro Luiz Lucchese, falou sobre os desafios da atribuição profissional.
“É fundamental que levemos essas preocupações ao Ministério da Educação, ao Legislativo e ao Executivo. O Brasil precisa da Engenharia. E precisamos de mais engenheiros e melhores alunos para cumprirmos a nossa missão”.
Na parte da manhã, foram apresentadas, ainda, palestras sobre o Programa Mulher, o Programa Crea-Jr RJ e sobre a Integração dos atores para o fortalecimento da Engenharia, Agronomia e Geociências.
“A gente precisa que todos os atores deem as mãos realmente. E esses atores envolvem não só o nosso sistema propriamente, mas instituições de ensino e o próprio mercado profissional, empresas, setor público. E quem precisa fazer essa ponte e quem deve fazer essa ponte são as entidades de classe”, avaliou Diego Luiz, presidente da Arjeas.
Na parte da tarde, a programação incluiu palestras sobre os desafios da Engenharia na era da inteligência artificial; ESG e soft skills.
O publicitário e jornalista Felipe Fox, Coordenador da Assessoria de Marketing e Comunicação do Crea-RJ apresentou a primeira palestra da tarde. “A importância da Inteligência Artificial hoje é incontestável no cenário em que nós vivemos. Nós sabemos que a cada dia ela está mais presente na nossa vida e mais presente nas nossas profissões. E quando nós pensamos no âmbito do Crea-RJ, como é que nós conseguimos trazer essas novas tecnologias para a vida das classes como a engenharia, a agronomia e as geociências? Esse é o grande desafio desta palestra de hoje”.
ESG, sigla que vem do inglês Environmental, Social and Governance e traduzindo significa Ambiental, Social e Governança, foi o tema da palestra do engenheiro Felipe Brasil, subsecretário estadual de agricultura do Rio de Janeiro. “Essa sigla tão importante trata da questão ambiental, da questão de governança e também da questão social. Atualmente, em função do Pacto Global, o ESG tem sido adotado por todas as instituições, corporações e organizações que têm preocupações com as questões ambientais e sociais”.
Já o diretor executivo do Sistema Firjan, o administrador de empresas Alexandre dos Reis, abordou o tema soft skills. “É um assunto fundamental e estratégico porque não pode ter essa tripla hélice sem soft skills. Ela tem que estar rodando na mesma direção, senão não vamos conseguir entregar para a sociedade profissionais capacitados, com competência e quem está contratando não vai conseguir contratar alguém com as suas competências desejadas”.
Ao final, o Coordenador Acadêmico de Engenharia, Tecnologia e Computação do Ibmec, engenheiro Ubiratan Oliveira, anfitrião do simpósio ao lado do reitor do Ibmec, administrador Samuel Barros, fez um balanço do evento. “Foi uma honra receber esse primeiro simpósio de instituições de ensino. Espero que essa aproximação se torne cada vez maior entre o Sistema Confea/Crea e Mútua e a nossa instituição de ensino”.
Foi um dia de troca de experiências, de atualização profissional, e de reflexão sobre os desafios contemporâneos para lidar com as demandas de um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
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