Com o objetivo de minimizar os impactos ambientais, estudantes de Engenharia da Computação do Instituto Politécnico (IPRJ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em parceria com a Universidade Veiga de Almeida (UVA), desenvolveram o Índice de Sustentabilidade Operacional de Aterros Sanitários - o ISOAS, um aplicativo para celular que auxilia a avaliação, fiscalização e manutenção de aterros sanitários. O software tem como público-alvo gestores, auditores e fiscais municipais e regionais no setor.
De acordo com o professor do IPRJ Anderson Namen, o ISOAS se baseia no índice desenvolvido pelo professor Carlos Eduardo Canejo, do Mestrado Profissional em Ciências do Meio Ambiente da UVA, em relação aos indicadores técnicos-ambientais, econômicos e sociais relacionados a um aterro sanitário.
O aplicativo
O ISOAS processa os indicadores com base em um modelo matemático que gera um valor percentual que representa o índice de sustentabilidade do aterro analisado. Cada faixa de valores percentuais recebe uma classificação de uma a cinco estrelas. Em sequência, o programa exibe as principais métricas e informações mais importantes, além de permitir a exportação de arquivos em formato de banco de dados para personalização pelo usuário.
Como o aterro sanitário precisa atender a uma série de normas, esses indicadores resultantes da análise podem sugerir ineficiências na gestão e até mesmo falhas no procedimento, segundo Namen. Ele também lembra que o professor Canejo utilizava planilhas para fazer esse trabalho nas visitas que realizava aos aterros para coleta de dados, um método pouco funcional para análises mais complexas. Assim, a necessidade de se ter um processo contínuo e centralizado em uma única base de dados otimiza na hora de avaliar o mesmo aterro mais de uma vez, por exemplo.
O desenvolvimento do ISOAS
Para a criação do ISOAS, houve a necessidade do levantamento das demandas, o que foi feito com a participação dos alunos de Engenharia da Computação do IPRJ e bolsistas do projeto Prodocência do Anderson Namen em conjunto com Carlos Eduardo Canejo: “A Engenharia de Computação na solução de problemas ambientais: construindo ferramentas computacionais e material didático contextualizado”.
Cinco estudantes do IPRJ, do 4º ao 8º período, participaram do projeto como desenvolvedores do aplicativo: Caio Nogueira Bindella, Carolina Vieira Dornelas, Gabrielle Ferreira de Oliveira, Gabriel Ackermann de Souza e Victor Luis Teixeira Reis. Eles participaram de todas as etapas, desde o levantamento de condições, da elaboração do software até as etapas de validação, com testes internos e externos, que foram realizados nos aterros de Campos e de Nova Friburgo.
Quem pode utilizar o ISOAS?
As empresas que fazem a gestão dos aterros sanitários podem fazer uso do aplicativo para realizar a autoavaliação de sustentabilidade operacional. O software também pode ser usado por consultores contratados por essas empresas ou por órgãos de fiscalização.
O aplicativo já está disponível para download no Android e pode ser acessado através do link: Google Play. A versão para a Apple está pronta, porém ainda não foi disponibilizada por questões operacionais.
Fonte: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)