“Não deixe de contratar profissionais registrados”. Alerta para quem planeja construir ou fazer reformas é feito na Tupi pelo presidente do Crea-RJ

Em entrevista ao radialista Francisco Barbosa, da Super Rádio Tupi, nesta quinta-feira, dia 6 de setembro, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), engenheiro Miguel Fernández, reforçou a importância de que quem precisa fazer uma construção ou obra de reforma em casa deve contratar profissionais e empresas registrados no Crea para prevenir-se de qualquer problema.

“Aquele cidadão que quer contratar profissional e empresa para fazer sua obra tem que buscar contratar profissional ou empresa registrados, com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), pois isso é a garantia de segurança para ele. Às vezes, ele bota na obra um dinheiro muito significativo que pode depois se tornar num problema permanente na edificação. Quem não enfrenta, por exemplo, problemas de umidade porque a obra foi mal executada? A própria ART pode servir como modelo de contrato desse profissional ou empresa. Não deixe de contratar profissionais registrados”, destacou o presidente do Crea-RJ, acrescentando que o profissional registrado pode ser localizado com a ajuda do Conselho, por meio de agendamento feito no setor de atendimento do Crea, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30m, na sede da entidade (Rua Buenos Aires 40, no Centro) ou pelo site (https://www.crea-rj.org.br/atendimento/).

Fernández deu entrevista de dez minutos no estúdio do Programa Francisco Barbosa, veterano radialista e um dos líderes de audiência da Super Rádio Tupi (96.5 FM), que desde 2022 funciona na Rua Santa Luzia, no Centro do Rio. O programa de debates é apresentado de segunda a sexta, das 11h às 12h e, aos sábados, das 10h às 12h. Fundada pelo jornalista Assis Chateaubriand em 25 de setembro de 1935, a Tupi completa este mês 89 anos, um a menos que o Crea-RJ, fundado por Getúlio Vargas, em 1934. 

Durante a entrevista, Miguel Fernández explicou aos ouvintes o que é e como funciona o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio, que reúne cerca de 110 mil profissionais do Sistema Confea/Crea e 20 mil empresas em todo o estado.

“O Crea-RJ é um conselho pluriprofissional, que reúne engenheiros, agrônomos e profissionais das geociências, com o objetivo de fortalecer essas profissões e garantir o exercício legal, dando, assim, segurança à sociedade de que haverá profissionais registrados e qualificados para executar obras e serviços”, afirmou Fernández, que é um dos presidentes mais novos eleitos para o cargo que ocupa desde janeiro deste ano.

“O cargo de presidente do Crea é honorífico e voluntário. Normalmente os presidentes são profissionais mais seniores. Mas aceitei o desafio com a proposta de trazer o Crea para o século XXI, deixando de ter uma lógica apenas cartorial para passar a ser um ente pujante na defesa desses profissionais, ajudando assim no desenvolvimento do nosso estado porque é um setor produtivo que gera riquezas”, destacou o presidente do Conselho.

Indagado por Barbosa como o Crea pode contribuir para que o Rio “cresça de forma segura e ordenada”, Miguel Fernández respondeu que o Conselho está envolvido na discussão de propostas para a execução de políticas habitacionais que contribuam para conter o crescimento desordenado das favelas. Fernández lembrou que no dia 20 de agosto o Crea-RJ e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio (CAU/RJ) se associaram na realização de um seminário sobre urbanismo que foi organizado pelo Fórum Global de Inovação e Tecnologia em Sustentabilidade, no Rio.

“Há mais de 40 anos, sai governo, entra governo, e é sempre o mesmo modelo cujo resultado tem sido o aumento das construções irregulares. Nossa proposta é semelhante a que  foi aplicada em Singapura e defendemos o case de sucesso que foi o conjunto habitacional da Cruzada São Sebastião. Essas propostas precisam ganhar projeção para que possamos dar um novo norte nessa questão”, afirmou Fernández.