Dia do(a) Engenheiro(a) Ambiental 

A Engenharia Ambiental é a área responsável por desenvolver técnicas e soluções voltadas à preservação do meio ambiente e à saúde pública, ao acompanhar a exploração dos recursos naturais, diminuindo seu impacto na natureza, tal como desmatamento, contaminação de bacias hidrográficas, erosão do solo e poluição da água e do ar, incluindo a poluição sonora. 

Os profissionais da Engenharia Ambiental são importantes para lidar com os impactos no contexto das mudanças climáticas, por promoverem medidas para reduzir o efeito do ser humano na natureza, com sustentabilidade e uso racional dos recursos disponíveis. Também administram sistemas de tratamento de esgoto, distribuição de água para o consumo, descarte correto do lixo, otimização de técnicas para a preservação do meio ambiente, avaliação de projetos e suas implicações ao ambiente que ele se encontra, laudos técnicos e planejamento energético. 

O curso de Engenharia Ambiental foi regulamentado pelo Ministério da Educação - MEC e as atividades desempenhadas pelos profissionais na área foram normatizadas pela Resolução Nº 447, de 22 de setembro de 2000, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). 

No dia 31 de janeiro é comemorado o Dia do(a) Engenheiro(a) Ambiental. A data foi escolhida devido ao Projeto de Lei n°615, de 2007, e em homenagem à primeira turma de graduação na Universidade Federal de Tocantins (UFT), em 1997.  

Graduação

O curso de Engenharia Ambiental confere o título de bacharelado e possui duração média de cinco anos. Os alunos que escolherem seguir essa carreira terão a oportunidade de estudar disciplinas que envolvem Biologia, Química, Física, Hidrologia, Geomorfologia, Hidrologia, Ecologia, Legislação e Planejamento Ambiental, como: Auditoria e Perícia Ambiental; Bioclimatologia; Cálculos; Eletricidade Aplicada; Geoprocessamento Ambiental; Gestão de Recursos Hídricos; Hidráulica; Microbiologia e outras que podem variar dependendo da instituição de ensino. 

Os estudantes também estarão preparados para atuar em indústrias, empresas de consultoria ambiental, assim como de energias e de saneamento, instituições de pesquisa para aprimoramento da profissão e a busca de novas soluções para reequilibrar os processos da natureza.    

Pós-graduação

A pós-graduação em Engenharia Ambiental, assim como o mestrado e o doutorado, oferece diversas oportunidades, tanto na área de pesquisa quanto na atuação no mercado de trabalho, inovando em tecnologia, ensino e sustentabilidade, capacitando profissionais para atuar nas mais diversas frentes, como: 

- Auditoria, Perícia e Licenciamento Ambiental: nesta especialização, os(as) engenheiros(as) se voltam para as questões legais, de licenciamento ambiental e perícia, estudando conceitos de Sustentabilidade Ambiental, Inovações Tecnológicas, Análise de Risco e Recuperação de Áreas Degradadas e Estudos de Conflitos Ambientais. 

- Educação Ambiental: área do desenvolvimento da educação e das ciências da natureza, seu foco é no desenvolvimento de políticas e ações educativas para a conservação ambiental. O(A) profissional vai aprender a avaliar políticas públicas em educação ambiental, como aplicar conceitos de sustentabilidade no cotidiano e analisar os impactos de intervenções humanas, tanto no que ele degrada quanto que é conservado. 

- Gestão Ambiental: esses profissionais avaliam os impactos de projetos e atividades, realizando editorias com estratégias de conservação e proteção. E a partir de seu conhecimento, tomam decisões nos projetos considerando os aspectos políticos, econômicos e sociais. Com a legislação ambiental, podem desenvolver estratégias direcionadas a causas específicas, contribuindo ainda mais na redução de riscos ao meio ambiente e no controle desses impactos. 

- Saneamento básico: necessário para a saúde da população e do desenvolvimento sustentável das cidades, esta área realiza o uso adequado dos recursos hídricos, buscando reduzir o consumo de água que não seja necessário; tratamento adequado dos efluentes, como esgotos, com objetivo de remover poluentes e sua localização no meio ambiente; a gestão integrada dos resíduos sólidos, potencializando a reciclagem e compostagem e prevenção da poluição do ar, água e solo, provenientes das atividades de saneamento. 

 

O Crea-RJ parabeniza todos(as) os(as) Engenheiros(as) Ambientais pelo trabalho desenvolvido, ao pensar tanto no bem-estar da sociedade em suas inovações e planejamentos de novos meios de viver - que impulsionam o seu conforto e seu desenvolvimento, quanto ao agir para minimizar o impacto no meio ambiente e respeitar os seus ciclos para a manutenção de todo ecossistema. 

Confira o vídeo!

Dia Mundial da Educação Ambiental

O Dia Mundial da Educação Ambiental é comemorado em 26 de janeiro e tem como objetivo promover a conscientização sobre a importância do assunto para o desenvolvimento sustentável. É uma oportunidade para reforçar a importância de incluir a educação ambiental nas escolas e outros espaços educativos, a fim de preparar as gerações futuras para enfrentar os desafios ambientais e mundiais.

A data é celebrada desde 1975, quando a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) realizou o Encontro Internacional de Educação Ambiental, em Belgrado, antiga Iugoslávia. Ao final do evento, a Carta de Belgrado foi elaborada, sendo o marco inicial para o desenvolvimento da educação ambiental. 

Para o cientista ambiental Adalberto Marcondes, diretor do Instituto Envolverde, Educação ambiental não é tema apenas para crianças, não é apenas aprender a fazer artesanato com recicláveis ou entender como os materiais devem ser separados no descarte do que ainda chamamos de lixo. “A educação ambiental do século 21 deve alcançar do ensino fundamental às universidades. Deve estar nas escolas de Engenharia que transformarão os produtos de baixo impacto e zero carbono em padrão para as indústria; nas faculdades de Medicina, que ensinarão como se alimentar e combater doenças a partir de vidas saudáveis; nas escolas de Jornalismo, que ensinarão que Meio Ambiente é tudo e não apenas páginas especiais em jornais dominicais”.

Agenda 2030 da ONU

A Agenda 2030 da ONU, um guia global para alcançarmos um Planeta mais sustentável até 2030, contém os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pelas Nações Unidas. Dentro dela, os ODSs 4, 11, 12, 13 e 15 estão relacionados com a educação ambiental e proteção do meio ambiente.

O ODS 4 visa garantir o acesso à uma educação de qualidade e inclusiva para todos, incluindo a educação ambiental. O ODS 11 e 12 busca tornar as cidades e comunidades mais sustentáveis e os padrões de produção e consumo mais responsáveis. O ODS 13 visa tomar medidas para combater as mudanças climáticas e seus impactos. E por fim o ODS 15 tem foco em proteger e restaurar as florestas, a biodiversidade e os ecossistemas.

Diante dos múltiplos desafios para promover a implementação da Agenda 2030, instituições e empresas privadas que investem na educação ambiental e em atitudes verdadeiramente sustentáveis, como a neutralização do carbono, destacam-se no mercado e contribuem para tornar tangíveis os recém mencionados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Primavera Silenciosa

A movimentação pelo Meio Ambiente, entretanto, foi impulsionada anos antes com o lançamento do  livro “Primavera Silenciosa” (Silent Spring), em outubro de 1962, da norte-americana Rachel Louise Carson. Bióloga marinha, escritora, cientista e ecologista, ala foi a primeira cientista a pensar no Meio Ambiente como algo holístico. Na obra, considerada uma das mais importantes do século XX, Rachel alerta sobre o perigo dos pesticidas, especialmente o DDT, aos seres vivos, à saúde humana e à natureza de maneira geral. 

Mulher e cientista num mundo masculino, seus primeiros trabalhos foram assinados como R.L. Carson para não revelar sua condição feminina e, consequentemente, atrair descrédito às suas pesquisas. Rachel anteviu, já nos anos 50, questões relevantes que se fazem presentes até hoje. Ela foi a primeira cientista a constatar que o uso de pesticidas agrícolas atinge todo o ecossistema (solo, águas, fauna e flora), entra na cadeia alimentar e termina por chegar às nossas mesas. 

“Primavera Silenciosa” provocou grande repercussão, quer no campo científico, quer no campo da ética e da política. Na época, o DDT era visto como um avanço tecnológico, sendo amplamente utilizado em lavouras, hortas e jardins nos Estados Unidos. O pioneirismo da autora custou-lhe uma perseguição implacável e uma campanha difamatória por parte dos fabricantes e usuários de DDT nos EUA. No Brasil, o uso do DDT foi proibido apenas em 2009 (Lei Nº 11.936/2009). Apesar da proibição do DDT, o uso de outros pesticidas ainda é intensamente realizado.

Carta de Belgrado

Embora redigido há quase 50 anos, o documento sintetiza, com relevante atualidade, todo o marco conceitual das questões ambientais e mostra que todo cenário já estava delineado, bem como, a forma como deveriam ter sido tratados os problemas e quais soluções eram relevantes. Leia a íntegra!

“Nossa geração tem testemunhado um crescimento econômico e um processo tecnológico sem precedentes, os quais, ao tempo em que trouxeram benefícios para muitas pessoas, produziram também sérias consequências ambientais e sociais. As desigualdades entre pobres e ricos nos países, e entre países, estão crescendo e há evidências de crescente deterioração do ambiente físico numa escala mundial. Essas condições, embora primariamente causadas por número pequeno de países, afetam toda a humanidade.

A recente Declaração das Nações Unidas para uma Nova Ordem Econômica Internacional atenta para um novo conceito de desenvolvimento – o que leva em conta a satisfação das necessidades e desejos de todos os cidadãos da Terra, pluralismo de sociedades e do balanço e harmonia entre humanidade e meio ambiente. O que se busca é a erradicação das causas básicas da pobreza, da fome, do analfabetismo, da poluição, da exploração e dominação. Não é mais aceitável lidar com esses problemas cruciais de uma forma fragmentária.

É absolutamente vital que os cidadãos de todo o mundo insistam a favor de medidas que darão suporte ao tipo de crescimento econômico que não traga repercussões prejudiciais às pessoas; que não diminuam de nenhuma maneira as condições de vida e de qualidade do meio ambiente. É necessário encontrar meios de assegurar que nenhuma nação cresça ou se desenvolva às custas de outra nação, e que nenhum indivíduo aumente o seu consumo às custas da diminuição do consumo dos outros.

Os recursos do mundo deveriam ser utilizados de um modo que beneficiasse toda a humanidade e proporcionasse a todos a possibilidade de aumentar a qualidade de vida.

Nós necessitamos de uma nova ética global – uma ética que promova atitudes e comportamentos para os indivíduos e sociedades, que sejam consonantes com o lugar da humanidade dentro da biosfera; que reconheça e responda com sensibilidade às complexas e dinâmicas relações entre a humanidade e a natureza, e entre os povos. Mudanças significativas devem ocorrer em todas as nações do mundo para assegurar o tipo de desenvolvimento racional que será orientado por esta nova ideia global. As mudanças que serão direcionadas para uma distribuição equitativa dos recursos da Terra e atender mais às necessidades dos povos.

Este novo tipo de desenvolvimento também deverá requerer a redução máxima dos efeitos danosos ao meio ambiente, a reutilização de materiais e a concepção de tecnologias que permitam que tais objetivos sejam alcançados. Acima de tudo. Deverá assegurar a paz através da coexistência e cooperação entre as nações com diferentes sistemas sociais.

A redução dos orçamentos militares e da competição na fabricação de armas poderá significar um ganho substancial de recursos para as necessidades humanas. O desarmamento deveria ser o objetivo final.

Estas novas abordagens para o desenvolvimento e a melhoria do meio ambiente exigem reordenações das prioridades regionais e a nacionais. As políticas de maximização de crescimento econômico, que não consideram suas consequências na sociedade e nos recursos disponíveis para a melhoria da qualidade de vida, precisam ser questionadas.

Antes que essas mudanças de prioridades sejam atingidas, milhões de indivíduos deverão ajustar as suas próprias prioridades e assumir uma ética global individualizada, refletindo no seu comportamento o compromisso para melhoria da qualidade do meio ambiente e da vida de todas as pessoas.

A reforma dos processos e sistemas educacionais é central para a constatação dessa nova ética de desenvolvimento e ordem econômica mundial. Governantes e planejadores podem ordenar mudanças e novas abordagens de desenvolvimento e podem melhorar as condições do mundo, mas tudo isso se constituíra em soluções de curto prazo se a juventude não receber um novo tipo de educação. Isto vai requerer um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre a escola e a comunidade entre o sistema educacional e a sociedade.

A Recomendação 96 da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano nomeia o desenvolvimento da Educação Ambiental como um dos elementos mais críticos para que se possa combater rapidamente a crise ambiental do mundo. Esta nova Educação Ambiental deve ser baseada e fortemente relacionada aos princípios básicos delineados na Declaração das Nações Unidas na Nova Ordem Econômicas Mundial.

É dentro desse que devem ser lançadas as fundações para um programa mundial de Educação Ambiental que possa tornar possível o desenvolvimento de novos conceitos e habilidades, valores e atitudes, visando a melhoria da qualidade ambiental e, efetivamente, a elevação da qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.”

 

O Dia Mundial da Educação Ambiental é uma oportunidade para reforçar a importância de se educar sobre o meio ambiente e humano e como desenvolver formas de protegê-lo. O Crea-RJ, consciente de seu papel diante da educação ambiental, trabalha para a conscientização de seus profissionais, a fim de promover a mudança nos padrões de produção, tornando-os sustentáveis, combatendo as mudanças climáticas e protegendo os ecossistemas.

 

 

Dia Internacional da Educação

“Se quisermos transformar o futuro, se quisermos mudar de direção, devemos repensar a educação. Isso significa elaborar um novo contrato social para a educação, como preconiza o Relatório da UNESCO sobre o Futuro da Educação, lançado em novembro passado. Necessitamos reparar as injustiças do passado e orientar a transformação digital acerca da inclusão e da equidade. E precisamos que a educação contribua de forma plena para o desenvolvimento sustentável – por exemplo, ao integrar a educação ambiental em todos os currículos e na formação de professores desta área”.

Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO

 

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de janeiro como o Dia Internacional da Educação, em comemoração ao papel da educação para a paz e o desenvolvimento.

Sem educação de qualidade inclusiva e equitativa e oportunidades ao longo da vida para todos, os países não conseguirão alcançar a igualdade de gênero e quebrar o ciclo de pobreza que tem deixado para trás milhões de crianças, jovens e adultos.

Atualmente, 258 milhões de crianças e jovens ainda não frequentam a escola; 617 milhões de crianças e adolescentes não sabem ler e fazer contas básicas; menos de 40% das meninas na África Subsaariana completam o ensino médio e cerca de quatro milhões de crianças e jovens refugiados estão fora da escola. Seu direito à educação está sendo violado e isso é inaceitável.

Educação e professores desempenham papel essencial no combate ao discurso de ódio, um fenômeno que cresceu como uma bola de neve nos últimos anos com a utilização das redes sociais, prejudicando a malha estrutural das sociedades. O mundo assiste a uma onda de conflitos violentos, paralelamente a um aumento alarmante da discriminação, racismo, xenofobia e discurso de ódio. 

O impacto de tais violências transcende qualquer fronteira baseada em geografia, gênero, raça, religião, política, offline e online. Um compromisso ativo com a paz é hoje mais urgente do que nunca: a educação é fundamental para este esforço, como aponta a Recomendação da UNESCO sobre Educação para a Paz, os Direitos Humanos e o Desenvolvimento Sustentável. A aprendizagem para a paz deve ser transformadora; além disso, ela deve ajudar a capacitar os estudantes com conhecimentos, valores, atitudes, competências e comportamentos necessários para se tornarem agentes da paz em suas comunidades.

O Crea-RJ celebra o Dia Internacional da Educação, entendendo que ela é o pilar fundamental para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico da sociedade. Nesta data, reforça seu compromisso em promover iniciativas que valorizem o conhecimento e a capacitação, especialmente nas áreas de engenharia, agronomia e geociências.

 

 

 

Parabéns ao município de São Francisco de Itabapoana, por seus 30 anos!

O território dos municípios de São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, quando da divisão do Brasil em capitanias hereditárias, passou a integrar a capitania de São Tomé, ou Paraíba do Sul, concedida em 1536 a Pero Góis da Silveira. Esse donatário se estabeleceu na área em 1539, escolhendo para implantação do núcleo original o lugar que considerou de solo fértil e abrigado do tempo e dos índios goitacases, que dominavam a região. 

Em 1630, foi fundado o povoado de São João Batista da Paraíba do Sul, atual sede do município de São João da Barra. O cultivo da cana-de-açúcar foi logo introduzido naquela área, mas o aldeamento não conseguiu progredir rapidamente devido aos ataques constantes dos indígenas. A região só voltou a ser efetivamente ocupada quando bandeirantes ergueram um pouso de tropas na capitania, em torno do qual a população começou a se aglomerar, edificando uma capela dedicada a São João Batista da Barra. O núcleo urbano foi elevado à condição de freguesia em 1644, ocasionando maior fluxo de colonizadores, o que permitiu o desenvolvimento da lavoura canavieira. 

Na década de 1670, a freguesia teve determinada sua autonomia, recebendo o nome de vila de São João da Praia do Paraíba do Sul. Porém, o município foi anexado à capitania do Espírito Santo em 1753, retornando à província fluminense somente em 1832. Com a Proclamação da República, o território passou a pertencer ao município de São João da Barra, sob denominação de sertão sanjoanense. Contudo, a elite local passou a ser cada vez mais atuante, tanto no campo político como no administrativo e no econômico. 

No ano de 1995, São Francisco de Itabapoana ganha sua autonomia, em face da edição da Lei nº 2.379, de 18 de janeiro. Desmembrado de São João da Barra, foi instalado em 1º de janeiro de 1997.

O Crea-RJ parabeniza São Francisco de Itabapoana por seus 30 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

Dia da Universidade

Em 18 de janeiro celebra-se o Dia da Universidade, data que homenageia as instituições responsáveis por oferecer ensino superior, pesquisa e extensão. As universidades são destaque na democratização ao acesso do conhecimento, contribuindo com a sociedade para seu desenvolvimento e sua transformação.

Segundo o Decreto Federal nº 5.773/06, as Instituições de Educação Superior (IES), seguindo com sua organização e respectivas prerrogativas acadêmicas, são credenciadas como: faculdades, centros universitários e universidades. A pesquisa realizada pelo Inep, com base em microdados do Censo da Educação Superior, mostra que o Brasil possui 2.595 instituições de ensino superior, compostas majoritariamente por faculdades, 75,8%; dentre as universidades, a maioria é pública, 56,1%. 

O Artigo 207 da Constituição Federal de 1988 diz que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão". Ainda, segundo o Artigo 52 da Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 (LDB), as universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão, que se caracterizam por:

- Produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural quanto regional e nacional;

- Um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; 

- Um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

Descobertas feitas por universidades brasileiras 

A ciência feita em território nacional ganha destaque nas universidades brasileiras, que também lideram pesquisas para o desenvolvimento da sociedade, impactando na melhoria da saúde e nos seus aspectos econômicos e políticos. Algumas das descobertas: medicamento contra náuseas (USP); vacina contra a cocaína (UFMG); pele de tilápia para queimaduras (UFC); terapia com LED (UFBA); protetor solar de maracujá (UFBA); Inteligência Artificial no Judiciário (UFCG) corante sustentável (UFRJ); sorvete como complemento alimentar em quimioterapia (UFSC); sensor para diagnóstico da doença de Alzheimer (UFSCar); automóvel robótico autônomo inteligente (Iara) (UFES).

Ensino, pesquisa e extensão

Ensino diz respeito às atividades voltadas para o aprendizado dos estudantes, como as horas específicas às aulas, laboratórios e atividades de monitoria a fim de fomentar a produção científica. A Lei n° 9.594, de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, onde o ensino superior possibilita “estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo”.

Pesquisa diz respeito às atividades que são desenvolvidas por intermédio de investigação sistemática, promovido pelo levantamento de informações, hipóteses e dados acerca de temáticas, dentro das áreas do conhecimento, a fim de analisar, interpretar e compreender dados. As ações desenvolvidas com o objetivo de fomentar as atividades de pesquisa dentro das universidades geralmente acontecem por meio da Iniciação Científica, Monografia e Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Estes trabalhos são consequência de  projetos realizados entre professores e alunos, visando a contribuir para a compreensão da realidade atual, a produção de novos conhecimentos e tecnologias, a promoção da ciência regional e inovação. 

Extensão é a parte que possibilita a união entre a comunidade acadêmica e as pessoas de fora da universidade, ou seja, a sociedade, promovendo o diálogo entre o conhecimento teórico e científico ao saber popular. O Plano Nacional de Extensão Universitária, elaborado pelo Fórum de Pró-Reitores das Universidades Públicas Brasileiras e pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação e do Desporto aponta que a “Extensão é uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trazem um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido àquele conhecimento”.  

O Crea-RJ comemora e reconhece a importância das Universidades para a democratização da educação e para a formação de indivíduos que estarão aptos não somente a executar determinada tarefa ou profissão, mas também a ver o mundo para além do óbvio, ajudando a construir um futuro onde todos possam estar incluídos e se desenvolvam no âmbito humano, social, político e econômico.

 

Fonte: Universidade Estadual do Pará (UEPA) e Universidade Federal do Norte de Tocantins (UFNT)

 

 

Aniversário de Nova Iguaçu e Paraíba do Sul

Parabéns ao município de Nova Iguaçu, por seus 192 anos!

Inicialmente, o município fazia parte da capitania de São Vicente, doada a Martim Afonso de Souza (1532) e que, com a expulsão dos franceses em 1565, recebeu a denominação de capitania do Rio de Janeiro. A colonização da região começa pela doação de sesmarias, e a do “Iguassu” coube a Brás Cubas, Antônio Vaz e Manoel Ribeiro, entre outros. Em 1637, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias). Alguns anos depois, foi fundada uma povoação denominada São João Batista de Trairaponga (atual São João de Meriti). 

Bem mais tarde, surge um templo no então chamado arraial de Maxambomba, recebendo a denominação de freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. Em 1833, a povoação de Iguaçu foi elevada à categoria de vila, alcançando emancipação dada pelo decreto geral de 15 de janeiro de 1833, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar, e sendo instalada em 29 de julho do mesmo ano. 

Em 1835, a Assembleia Legislativa da província, por meio da Lei nº 14, de 13 de abril de 1835, extinguiu o município, sendo o seu território dividido entre os municípios de Vassouras e Magé. Nova norma (Lei nº 40, de 7 de maio de 1836) determinou que as freguesias de Iguaçu, Macapicu, Jacutinga e Pilar ficassem provisoriamente integrando as terras de Niterói. Contudo, antes que aquele ano acabasse, o município foi restaurado pela mesma Assembleia Legislativa em 10 de dezembro, por meio da Lei nº 57. 

Ainda por alguns anos foi notável o progresso na região. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção da estrada de ferro, paradoxalmente, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens. As condições desfavoráveis que se observavam na antiga vila de Iguaçu fizeram com que, em 1891, se transferisse a sede do município para a localidade de Maxambomba, à margem da via férrea. 

Ao adquirir foros de cidade em 1916, seu nome foi mudado para Nova Iguaçu. A laranja aparece nas pautas das exportações desde o ano de 1891, mas o período áureo da citricultura foi o da década de trinta. De 1930 a 1940, Nova Iguaçu foi chamada de “cidade perfume”, pois as laranjeiras em floração perfumavam todo o roteiro das ferrovias. Com a Grande Guerra, as exportações foram interrompidas e os laranjais cederam lugar às atividades industriais. 

O território de Nova Iguaçu foi sucessivamente desmembrado para formação de novos municípios – casos de Duque de Caxias (que englobava São João de Meriti), em 1943; de Nilópolis, em 1947; Japeri, Belford Roxo e Queimados, nas décadas de 80 e 90, e Mesquita, em 2000.

O Crea-RJ parabeniza Nova Iguaçu por seus 192 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Parabéns ao município de Paraíba do Sul, por seus 192 anos!

A região onde hoje se encontra o município de Paraíba do Sul foi inicialmente povoada por várias tribos indígenas, sendo as mais populosas as dos coroados, barrigudos e puris. Em 1681, Garcia Rodrigues Paes, filho do bandeirante Fernão Dias, descobriu um remanso no rio Paraíba do Sul. Sabendo que o local era próximo ao Rio de Janeiro, viu a possibilidade de ali abrir um novo caminho que aproximasse o tráfego entre as minas de pedras preciosas descobertas pelo seu pai e o porto do Rio de Janeiro. 

Segundo documentação, em 1682, Garcia firma um contrato prometendo abrir “o mais direto caminho que pode haver entre as minas e o mar”, recebendo em troca terras e privilégios desde que fossem descobertos ouro e pedras preciosas. Após 15 anos, com a descoberta e exploração do ouro em Minas Gerais, iniciou a abertura do Caminho Novo. Com o intuito de encurtar o caminho e evitar as rampas de aclive, o sargento-mor Bernardo Soares Proença fez uma variante que, partindo do porto da Estrela, alcançava o Córrego Seco e ia acabar na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, atual Paraíba do Sul. 

A localidade conhecida por “meio da jornada” – em virtude da posição intermediária entre Minas Gerais e Rio de Janeiro – constituiu-se no primeiro núcleo do atual município. Seu desenvolvimento começou com o cultivo do milho, destinado à alimentação dos animais das tropas, e prosseguiu com o plantio de cana-de-açúcar. Mais tarde, em decorrência das condições favoráveis das terras, surgiu a lavoura do café, introduzindo um grande número de escravos e transformando a paisagem rural e urbana. 

Muitas fortunas se fizeram e os proprietários receberam títulos nobiliárquicos. O progresso determinou a elevação à categoria de freguesia em 1756 e, posteriormente, à de vila, com a criação do município de Paraíba do Sul. Sua emancipação ocorreu por meio do decreto geral de 15 de janeiro de 1833, e a instalação se deu quatro meses após, em 15 de abril do mesmo ano. A partir de então, grandes melhorias são trazidas para a região no que diz respeito à malha rodoviária.

Quanto à malha ferroviária, em 1867 é inaugurada a estação da estrada de ferro D. Pedro II, promovendo maior escoamento dos produtos agrícolas. Com a abolição da escravatura, a economia rural da região desviou-se para a pecuária de corte e leite, trazendo, no século XX, um período de estagnação, se não de decadência. Excetuam-se tentativas de reativação econômica como a implantação de indústria têxtil e a criação de uma estância hidromineral em Salutaris. Todavia, a zona de influência econômica transferiu-se da área de Paraíba do Sul e Vassouras para Três Rios, importante entroncamento rodoferroviário do Centro-Sul Fluminense.

O Crea-RJ parabeniza Paraíba do Sul por seus 192 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte para ambos os municípios: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

No dia 11 de janeiro, é celebrado o Dia do Combate da Poluição por Agrotóxicos. A data faz referência ao Decreto n° 98.816 de 11 de janeiro de 1990, que determina mais rigidez no registro, classificação, controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, assim como seus componentes e derivados. Também destaca a importância da conscientização para a sociedade sobre os danos à saúde e ao meio ambiente a partir de seu uso indiscriminado, demonstrando até outras formas de se produzir os alimentos. 

Na Agenda de 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU), uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é reduzir o uso de agrotóxicos para extinguir doenças e mortes causadas pelo seu uso em excesso e diminuir a contaminação e poluição do ar, água e solos. Na ODS 2 - Fome e Agricultura Sustentável, também colocam a necessidade de melhoria na nutrição e sustentabilidade, para haver o equilíbrio entre natureza e ação humana.

O que são os agrotóxicos?

Os agrotóxicos - também conhecidos como agroquímicos, pesticidas e defensivos agrícolas - são  produtos ou agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, manejo de florestas, nativas ou implantadas e de outros ecossistema,  como também de ambientes industriais, urbanos e hídricos. Esses produtos têm seu uso nas áreas agrícolas e não agrícolas. 

Os agrícolas são destinados ao uso de setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, tanto na limpeza de terrenos, preparação do solo,no depósito, quanto na otimização desses produtos nas pastagens e nas florestas plantadas. Esses registros são concedidos pelo Ministério da Agricultura e do Trabalho, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atendendo às diretrizes e determinações dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. 

Já os não agrícolas são direcionados para o uso na manipulação de florestas nativas e outros ecossistemas como em lagos e açudes. O seu registro é concedido pelo Ministério do Meio Ambiente (Ibama), também dentro das diretrizes do Mapa.  

Existem os seguintes tipos de agrotóxicos: inseticidas, que combatem e controlam insetos; os herbicidas, para ervas daninhas; desfoliantes para folhas indesejadas ou que não tenha o desenvolvimento correto; fumigantes para agir contra bactérias; fungicidas para fungos e os nematicidas como defesa no controle de vermes (nematoides) em plantas.

A sua classificação, utilizada para fins de registro e avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é baseada no grau de toxicidade das substâncias, variando da Categoria 1 (extremamente tóxico) a Categoria 5 (improvável de causar algum dano). Considera-se o contato por via oral, dérmica (de contato) e inalatória, indo da cor vermelha (perigosa), passando amarela (moderadamente tóxica), azul (nociva) a verde (zona segura). 

As vantagens desse método é que, devidamente aplicado, garante o controle de pragas e doenças que afetam as produções agrícolas, melhora o aspecto visual do produto a ser consumido e os preços desses produtos são mais baratos para o consumidor. Já as desvantagens são sérias, associadas ao desenvolvimento de doenças para os seres humanos e contaminação de alimentos, o que o torna nocivo para o âmbito político, econômico e social. 

E o que garante uma boa produtividade não é apenas o uso de agrotóxicos, porém um conjunto de fatores como uma boa qualidade do solo, o clima, sementes preparadas e tecnologias de plantio, destacando o uso de sensores, drones para monitorar até mesmo a incidência de pragas, imagens de satélite e estações meteorológicas. 

Impactos no meio ambiente e na saúde 

O seu uso indiscriminado e sem o devido acompanhamento de um profissional, pode causar danos aos ecossistemas e na saúde humana. No meio ambiente, o uso sem supervisão adequada pode acarretar em contaminação de solos - reduzindo a sua fertilidade ao longo do tempo, do ar e de recursos hídricos.

Os pesticidas hidrossolúveis podem alcançar águas superficiais (córregos, rios, lagos), por meio do escoamento de substâncias químicas a partir de plantas tratadas com agrotóxico e do solo já contaminado. Eles penetram no solo atingindo aquíferos, tornando-se um problema quando alcançam níveis mais profundos porque é mais difícil de descontaminar, podendo levar anos para restabelecer o equilíbrio ecológico. Em casos mais graves, podem causar a morte da biodiversidade marinha e terrestre. 

Os herbicidas são um tipo de pesticida que são mais presentes na terra, ficando concentrados em diferentes níveis, variando das interações da propriedade do solo e os agrotóxicos. O solo pode ficar infértil porque ele precisa de microorganismos benéficos que são destruídos pela contaminação. As leguminosas, por exemplo, precisam dessa base para transformar nitrogênio atmosférico em nitratos e os herbicidas cortam esse processo. 

E os agrotóxicos são bioacumulativos, o que significa que se um animal morrer contaminado, o outro que entrar em contato com ele, por meio da alimentação, também irá se contaminar. isso ocorre porque a composição permanece no corpo do animal, mesmo após a sua morte, o que facilita o processo de contaminação. 

Na saúde de seres humanos, ao entrar em contato direto com altas doses de agrotóxico, pode acontecer casos câncer, danos aos desenvolvimento do feto, imunossupressão, neurotoxicidade, esterilidade, paralisia e sintomas como vômitos, dores de cabeça, irritação de olhos e peles, dificuldade em respirar, taquicardia, convulsões, podendo até levar à morte. A exposição se dá pela inalação, contato dérmico ou oral, que pode ser durante o manuseio, preparo e aplicação do aditivo químico. No ambiente, o consumo de água e comida contaminada agrava esses riscos, como o ar quando este dispersa essas substâncias prejudiciais. 

Legislação no Brasil

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com 720 mil toneladas de pesticidas, essa quantidade representa por volta de 60% a mais do que a empregada pelos Estados Unidos, este ocupando o segundo lugar do ranking mundial. E a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chama atenção para a grande quantidade de agrotóxicos banidos em outros países que ainda são usados no Brasil. E 20 insumos utilizados no país são proibidos na União Europeia. 

E o Congresso Nacional derrubou parte do veto da presidência da República à recente Lei n° 14.785/2023, que altera o regime de produção, controle e uso de agrotóxicos no Brasil. Com a mudança, a responsabilidade exclusiva pelo registro e fiscalização de agrotóxicos em casos de reanálises de produtos recai totalmente sobre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sem o envolvimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)  e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 

No ano de 2002, foi publicado o Decreto Federal n° 4.074, que regulamenta o controle da destinação final de embalagens de agrotóxicos, bem como a criação do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos, de atuação junto à Anvisa, a quem compete avaliar os riscos decorrentes dos agrotóxicos e criar procedimentos técnico-científicos e administrativos nos processos de registro e adaptação de registro de agrotóxicos, entre outras atribuições.

Em 2001, foi criado o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) pela Anvisa, buscando prevenir avanços prejudiciais à saúde da população pela exposição aos agrotóxicos por meio de alimentos, desenvolvendo, em escala nacional, um serviço para monitorar e controlar, continuamente os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor

A Comissão Intersetorial de Nutrição e Alimentação do Conselho Nacional de Saúde (CIAN/CNS), em novembro de 2022, participou de um Ato Público no Supremo Tribunal Federal (STF) para entregar a Recomendação n° 017 que solicitava aos ministros a redução ou a isenção fiscal e tributárias a agrotóxicos.

Alternativas existentes 

A agroecologia é um processo de produção de alimentos que analisa todo ecossistema em que está relacionada a unidade produtiva. É uma ciência e prática interdisciplinar que considera as áreas de Saúde, Humanas, Sociais e Econômicas, indo além da perspectiva Agrária. Também consideram técnicas e saberes populares, incluindo princípios ecológicos e tradições culturais ao cultivo de alimentos. 

Nessa opção de cultivo, não se observa apenas o aspecto tradicional de produção e sim a integração das áreas de cultivo com as áreas de conservação, sendo utilizada já na agricultura familiar. Seus princípios são solidariedade, sustentabilidade, preservação da biodiversidade, igualdade, segurança alimentar e nutricional, como também a justiça social e ambiental. 

E em relação com a agricultura orgânica, apesar de parecerem semelhantes, é um modelo de produção de alimentos que não utiliza agrotóxicos e adubos químicos, sendo um subconjunto da agroecologia. O processo também leva em conta o comprometimento com as questões ambientais, entretanto a agricultura orgânica é um método de produção que segue normas específicas, se relaciona mais com monoculturas e independe de métodos culturais e hábitos locais. A agroecologia é uma ciência que tem como objetivo transformar a agricultura como um todo num sistema mais sustentável e democrático. 

Rachel Carson em defesa da sustentabilidade 

A cientista norte-americana Rachel Carson foi pioneira ao alertar sobre os riscos dos pesticidas, já no século XX, para a saúde humana, os perigos para os seres vivos e para a natureza como um todo.  As restrições da autora em relação aos pesticidas organoclorados mantiveram a sua aceitabilidade ao longo das últimas décadas, após a realização de experimentos e testes nas mais diversas disciplinas científicas.

Ela comprova que esses compostos podem causar disfunções orgânicas crônicas em mamíferos, além de incontáveis impactos ambientais de difícil previsão, controle, mensuração e reversão. Pesquisas sugerem, dentre outras conclusões, que: 

- As pragas agrícolas de fato têm desenvolvido resistência a concentrações cada vez mais altas dos diferentes pesticidas; 

- A depender de temperatura, acidez, umidade e quantidade de matéria orgânica, os organoclorados podem, sim, ficar retidos no ambiente por longos anos;

- A ampla e contínua utilização de praguicidas provocou a contaminação de rios, lençóis freáticos e de oceanos, de modo que se pode constatar a presença de pesticidas sintéticos nos locais mais improváveis, tais como na neve que precipita no Alasca ou no gelo da Antártida; 

- A contaminação dos cursos hídricos com pesticidas tem provocado dificuldades reprodutivas para determinadas espécies de peixe, tais como as trutas-do-mar;

- A ingestão de DDT enfraquece as cascas dos ovos das aves, o que, em todo o mundo, desde a década de 1980, tem reduzido drasticamente as populações de águias, falcões e açores.

Agrotóxicos e a Engenharia Agronômica 

A Engenharia Agronômica é fundamental no âmbito da segurança alimentar e nas questões relacionadas ao meio ambiente ao produzir sementes, aprimorar plantas cultivadas, reflorestamento, criação de irrigação e drenagem para fins agrícolas, captação e abastecimento de água, recuperar áreas degradadas e irrigação de plantações. São eles que acompanham de forma integral a cadeia de produção agroindustrial, desde o controle de qualidade dos solos, realizando vistorias, pesquisando recursos também na atmosfera, até a pós-colheita. 

Com isso, o(a) engenheiro(a) está apto com a legislação vigente sobre o uso de agrotóxicos e quais são as dimensões de seus impactos na natureza e na vida. Também realizam pesquisas para criar novas tecnologias que reduzam os impactos, no geral, com o uso de agrotóxicos e são os responsáveis por emitir receituários agronômicos, ou seja, documentos indispensáveis para a compra e utilização de agrotóxicos. 

 

O Crea-RJ reforça que apenas os(as) Engenheiros(as) Agrônomos(as) são tecnicamente habilitados para exercer a função de prescrever produtos agrotóxicos, tendo em vista a necessidade de minimizar riscos, fazendo seu uso de maneira racional.

 

Fontes: CNJ; INCA; Tropical Atlantic Interdisciplinary Laboratory on Physical, Biogeochemical, Ecological and Human Dynamics; Tribunal Superior do Trabalho (TST)

 

Parabéns ao município de Angra dos Reis, por seus 523 anos!

Uma das mais antigas cidades do Brasil, Angra dos Reis foi ‘descoberta’ pelo navegador André Gonçalves em 6 de janeiro de 1502, Dia dos Santos Reis, daí a origem do seu nome. Seu território era habitado pelos índios goianases. Os colonizadores chegaram em 1556, fixando-se junto a uma enseada. O núcleo foi reconhecido como freguesia em 1593 e, por ordem régia, elevado, em 1608, com o nome de Vila dos Reis Magos da Ilha Grande. 

Poucos anos depois, em 1617, o povoado mudou-se para o local onde hoje se assenta a cidade. O novo sítio, provavelmente, foi escolhido por nele já existir a casa conventual das carmelitas, erguida em 1593. O local da povoação antiga recebeu o nome de Vila Velha, conservado até hoje. Em 1626, deu-se início à construção da igreja matriz, a paróquia de N. Sª da Conceição da Ilha Grande, concluída em 1750. 

Em 1835, a povoação de N. Sª da Conceição, agora denominada Angra dos Reis, foi elevada à categoria de cidade. Apesar do relevo acidentado da região, a cultura da cana-de-açúcar constituiu a base da economia do município durante o século XVIII, juntamente com a pesca. Os embarcadouros naturais propiciaram o surgimento da atividade portuária que, tanto quanto a atividade pesqueira, seria de grande importância para o desenvolvimento local. 

A emergente cultura do café no vale do rio Paraíba do Sul teve nesses embarcadouros significativo ponto de apoio e, naquela época, o papel do porto começou a delinear a estrutura urbana do município. 

A partir da segunda metade do século XIX, a região de Angra dos Reis entra em decadência, cujo processo teve início com a queda nas exportações de café e o fim do tráfico de escravos, culminando com a construção da estrada de ferro D. Pedro II que, ao ligar o Rio de Janeiro a São Paulo pelo vale, isolou de vez a localidade. 

Entretanto, na década de 20 do século XX, objetivando maior desenvolvimento econômico local, foram realizadas obras no porto para possibilitar a integração com o ramal ferroviário da Rede Mineira de Viação. Outros marcos foram a abertura do trecho rodoviário ligando Angra dos Reis à estrada Rio-São Paulo, em 1945, a instalação dos estaleiros da Verolme, em Jacuecanga, em 1960, a do terminal marítimo da Petrobrás, em 1977, e a construção das usinas nucleares Angra I e II, em 1972 e 1985. 

Desde a abertura da rodovia BR-101, iniciada em 1972, o conjunto formado pelas numerosas praias e ilhas do litoral e pela mata atlântica preservada atrai investimentos para o setor de turismo e veraneio, dando origem ao crescimento do comércio e dos serviços. 

O Crea-RJ parabeniza Angra dos Reis por seus 523 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

 

Dia Mundial do Braile

Em 4 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial do Braile. Em 2018, a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu essa data para a comemoração, com o objetivo de homenagear o aniversário do francês Louis Braille (1809-1852), criador do sistema de escrita e leitura tátil para pessoas com deficiência visual. O método de alfabetização é composto por sinais gravados em relevos, que permitem o registro de letras, números e qualquer outro tipo de símbolo necessário para a comunicação.

O Dia Mundial do Braille tem por objetivo aumentar a conscientização sobre a importância do braille como meio de comunicação na plena realização dos direitos humanos para pessoas cegas e com deficiências visuais. É o reconhecimento de que a promoção dos direitos humanos e liberdades fundamentais no contexto do acesso à linguagem escrita é um pré-requisito essencial para a plena realização dos direitos humanos das pessoas cegas e deficientes visuais. 

A Organização Mundial da Saúde estima que globalmente cerca de 1,3 mil milhões de pessoas vivem com alguma forma de distúrbio de visão, estando mais propensas a uma vida com desvantagem e de pobreza. O impacto da perda da visão vai mais além do que o prevalecimento de cegueira e/ou a deficiência visual. Para os 39 milhões de pessoas cegas e os 253 milhões que têm deficiência visual, a perda de visão geralmente representa uma vida inteira de desigualdades. As pessoas com deficiência visual geralmente têm menos saúde e enfrentam barreiras à educação e no acesso ao emprego.

O Sistema Braile

O Sistema Braile nasceu na França, em 1825, por Louis Braille, e desde então continua sendo usado em todo o mundo por pessoas com deficiência visual. Trata-se da representação tátil de símbolos alfabéticos e numéricos que possibilitam a escrita e leitura, através da combinação de 1 a 6 pontos entre si. É lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos e tradicionalmente escrito em papel relevo. Por ser uma linguagem universal, pode ser adaptado a diversos alfabetos. Além de livros e publicações especializadas, é possível encontrar informações no sistema braile em elevadores, museus, cardápios de restaurante, entre outros.

O Braile no Brasil

No Brasil, o método foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de cegos do país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos – atual Instituto Benjamin Constant. No dia 8 de abril, aniversário de José Álvares de Azevedo, é comemorado o Dia Nacional do Braille.

Além de pioneira na educação para cegos, o IBC foi responsável pela produção dos primeiros livros em braile no país. E o Sistema Braile continua sendo valorizado no Instituto Benjamin Constant, não só na alfabetização de crianças. A gráfica do IBC, por exemplo, produz material para diversas instituições. Em 2020, foram mais de dois milhões de folhas impressas em braile e milhares de materiais especializados distribuídos para todo o Brasil. Vale ressaltar, ainda, a realização do primeiro estágio supervisionado de revisor de braile e a avaliação de quase 300 livros para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em ações desenvolvidas pelo Departamento Técnico-Especializado (DTE).

Ações de inclusão

A atenção com as necessidades dos deficientes visuais tornou-se pauta para a apresentação de projetos de lei. O PL 1.550/2019, que prevê que bares, lanchonetes e restaurantes ofereçam pelo menos um exemplar do cardápio em braile (ou QR codes para permitir a conversão do menu em áudio via celular), foi aprovado pelo Senado em 2021 e segue em análise na Câmara dos Deputados. 

Já o PL 757/2021, ainda em análise no Senado, propõe tornar obrigatória a transcrição em sistema braile — em embalagens e placas de produtos ofertados ou comercializados — de informações sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, bem como sobre os riscos que possam apresentar à saúde e à segurança dos consumidores. 

Outro Projeto de Lei que segue na Câmara do Deputados é o PL 3.277/2021, que visa a  garantir às pessoas cegas ou com baixa visão a transcrição de peças processuais para o braile. Além disso, de acordo com a proposta, o cego terá direito ao acesso a documentos de testamento, em forma de leitura em voz alta ou em braile.

O Crea-RJ reafirma seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, reconhecendo o papel transformador do sistema Braile na educação, na comunicação e no acesso à informação. Neste dia, destacamos a importância de promover ambientes acessíveis e de valorizar iniciativas que garantam a plena participação de todos nos diversos campos do conhecimento, fortalecendo o princípio de que a inclusão é essencial para o progresso humano.

 

Fontes: ONU e Agência Senado

 

 

Parabéns ao município de Bom Jesus do Itabapoana, por seus 86 anos!

Diz a tradição deste município que, por volta de 1842, chegou às terras onde hoje se acha localizada a cidade de Bom Jesus do Itabapoana, em busca de terrenos virgens adaptáveis aos tratos agrícolas, o mineiro Antônio José da Silva Nenem. Ele procedia de Bom Jesus da Vista Alegre, lugarejo de Minas Gerais, de onde trouxe, em sua companhia, a esposa, dois filhos e alguns empregados, desde logo se dedicando ao desbravamento do local, construindo moradia e fazendo plantações. 

Campo Alegre foi o primeiro nome dado à povoação nascente, em homenagem à Vista Alegre que, para trás, o pioneiro deixara. Mais tarde, como pela proximidade com o rio Itabapoana, foi mudado para Bom Jesus do Itabapoana. Com o decorrer dos anos, fortes correntes populacionais foram atraídas pela perspectiva de explorar terras férteis, fazendo com que o governo criasse, em 1862, a freguesia de Bom Jesus do Itabapoana nos limites de Campos, que, posteriormente, passou à jurisdição de Itaperuna. Pelo Decreto nº 150, de 24 de novembro de 1890, o município alcança sua emancipação, que pouco durou devido a sua extinção pelo Decreto nº 1, de 8 de maio de 1892. 

Em virtude do seu desenvolvimento, Bom Jesus do Itabapoana tornou-se ponta de trilho do ramal da estrada de ferro Leopoldina e centralizou a produção de grande zona cafeeira, cuja área de abrangência se estendia por vasta faixa capixaba. Além disso, o próprio rio Itabapoana propiciava certa independência econômica local em relação à sede Itaperuna, fator relevante para que a autonomia fosse restabelecida pelo Decreto nº 633, de 14 de dezembro de 1938, e definitivamente instalado em 1º de janeiro de 1939. 

O sítio urbano ocupa o vale do rio Itabapoana, ao longo da margem direita, com topografia relativamente movimentada. Com a erradicação do café e o deslocamento da população rural para o núcleo, o processo de urbanização se acelerou e a área ocupada ultrapassou os limites do perímetro urbano legal, tanto em função da pressão demográfica como em decorrência da falta de controle urbanístico adequado. 

A proximidade da sede municipal com a cidade de Bom Jesus do Norte, no estado do Espírito Santo, caracteriza processo de conurbação. Na realidade, a cidade capixaba comporta-se como bairro de Bom Jesus do Itabapoana, função consolidada pela dependência socioeconômica de sua população em relação ao núcleo principal fluminense.

O Crea-RJ parabeniza  Bom Jesus do Itabapoana por seus 86 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro