Aniversário de Nova Iguaçu e Paraíba do Sul

Parabéns ao município de Nova Iguaçu, por seus 192 anos!

Inicialmente, o município fazia parte da capitania de São Vicente, doada a Martim Afonso de Souza (1532) e que, com a expulsão dos franceses em 1565, recebeu a denominação de capitania do Rio de Janeiro. A colonização da região começa pela doação de sesmarias, e a do “Iguassu” coube a Brás Cubas, Antônio Vaz e Manoel Ribeiro, entre outros. Em 1637, foi criada a freguesia de Nossa Senhora do Pilar (atual Duque de Caxias). Alguns anos depois, foi fundada uma povoação denominada São João Batista de Trairaponga (atual São João de Meriti). 

Bem mais tarde, surge um templo no então chamado arraial de Maxambomba, recebendo a denominação de freguesia de Santo Antônio de Jacutinga. Em 1833, a povoação de Iguaçu foi elevada à categoria de vila, alcançando emancipação dada pelo decreto geral de 15 de janeiro de 1833, compreendendo territórios das freguesias de São João de Meriti e Nossa Senhora do Pilar, e sendo instalada em 29 de julho do mesmo ano. 

Em 1835, a Assembleia Legislativa da província, por meio da Lei nº 14, de 13 de abril de 1835, extinguiu o município, sendo o seu território dividido entre os municípios de Vassouras e Magé. Nova norma (Lei nº 40, de 7 de maio de 1836) determinou que as freguesias de Iguaçu, Macapicu, Jacutinga e Pilar ficassem provisoriamente integrando as terras de Niterói. Contudo, antes que aquele ano acabasse, o município foi restaurado pela mesma Assembleia Legislativa em 10 de dezembro, por meio da Lei nº 57. 

Ainda por alguns anos foi notável o progresso na região. Somente pela metade do século XIX começou seu período de decadência. A construção da estrada de ferro, paradoxalmente, provocou o surgimento de povoações, vilas e cidades às suas margens. As condições desfavoráveis que se observavam na antiga vila de Iguaçu fizeram com que, em 1891, se transferisse a sede do município para a localidade de Maxambomba, à margem da via férrea. 

Ao adquirir foros de cidade em 1916, seu nome foi mudado para Nova Iguaçu. A laranja aparece nas pautas das exportações desde o ano de 1891, mas o período áureo da citricultura foi o da década de trinta. De 1930 a 1940, Nova Iguaçu foi chamada de “cidade perfume”, pois as laranjeiras em floração perfumavam todo o roteiro das ferrovias. Com a Grande Guerra, as exportações foram interrompidas e os laranjais cederam lugar às atividades industriais. 

O território de Nova Iguaçu foi sucessivamente desmembrado para formação de novos municípios – casos de Duque de Caxias (que englobava São João de Meriti), em 1943; de Nilópolis, em 1947; Japeri, Belford Roxo e Queimados, nas décadas de 80 e 90, e Mesquita, em 2000.

O Crea-RJ parabeniza Nova Iguaçu por seus 192 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Parabéns ao município de Paraíba do Sul, por seus 192 anos!

A região onde hoje se encontra o município de Paraíba do Sul foi inicialmente povoada por várias tribos indígenas, sendo as mais populosas as dos coroados, barrigudos e puris. Em 1681, Garcia Rodrigues Paes, filho do bandeirante Fernão Dias, descobriu um remanso no rio Paraíba do Sul. Sabendo que o local era próximo ao Rio de Janeiro, viu a possibilidade de ali abrir um novo caminho que aproximasse o tráfego entre as minas de pedras preciosas descobertas pelo seu pai e o porto do Rio de Janeiro. 

Segundo documentação, em 1682, Garcia firma um contrato prometendo abrir “o mais direto caminho que pode haver entre as minas e o mar”, recebendo em troca terras e privilégios desde que fossem descobertos ouro e pedras preciosas. Após 15 anos, com a descoberta e exploração do ouro em Minas Gerais, iniciou a abertura do Caminho Novo. Com o intuito de encurtar o caminho e evitar as rampas de aclive, o sargento-mor Bernardo Soares Proença fez uma variante que, partindo do porto da Estrela, alcançava o Córrego Seco e ia acabar na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, atual Paraíba do Sul. 

A localidade conhecida por “meio da jornada” – em virtude da posição intermediária entre Minas Gerais e Rio de Janeiro – constituiu-se no primeiro núcleo do atual município. Seu desenvolvimento começou com o cultivo do milho, destinado à alimentação dos animais das tropas, e prosseguiu com o plantio de cana-de-açúcar. Mais tarde, em decorrência das condições favoráveis das terras, surgiu a lavoura do café, introduzindo um grande número de escravos e transformando a paisagem rural e urbana. 

Muitas fortunas se fizeram e os proprietários receberam títulos nobiliárquicos. O progresso determinou a elevação à categoria de freguesia em 1756 e, posteriormente, à de vila, com a criação do município de Paraíba do Sul. Sua emancipação ocorreu por meio do decreto geral de 15 de janeiro de 1833, e a instalação se deu quatro meses após, em 15 de abril do mesmo ano. A partir de então, grandes melhorias são trazidas para a região no que diz respeito à malha rodoviária.

Quanto à malha ferroviária, em 1867 é inaugurada a estação da estrada de ferro D. Pedro II, promovendo maior escoamento dos produtos agrícolas. Com a abolição da escravatura, a economia rural da região desviou-se para a pecuária de corte e leite, trazendo, no século XX, um período de estagnação, se não de decadência. Excetuam-se tentativas de reativação econômica como a implantação de indústria têxtil e a criação de uma estância hidromineral em Salutaris. Todavia, a zona de influência econômica transferiu-se da área de Paraíba do Sul e Vassouras para Três Rios, importante entroncamento rodoferroviário do Centro-Sul Fluminense.

O Crea-RJ parabeniza Paraíba do Sul por seus 192 anos, celebrando todos os profissionais do Sistema Confea/Crea que atuam no município, trabalhando pelo desenvolvimento da região! 

 

Fonte para ambos os municípios: TCE/RJ - Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro

 

Aniversário de Nova Iguaçu e Paraíba do Sul